Há uns anos um professor de filosofia contou que depois de uma aula recheada com a argumentação de alguns alunos acerca das práticas homossexuais considerando-as algo natural e aceitável e, portanto, passível de ser legislado, já francamente incomodado com o assunto, lhe saiu uma consideração final: “que fique bem claro, para todos, que nem o ânus nem a boca são órgãos sexuais do corpo humano e que, portanto, defender o contrário é, no mínimo aberrante!”
A dureza crua da argumentação só se aceita por ser verdade insofismável e indiscutível.
De facto, sexualidade, para muitos, deixou de ser uma propriedade natural do ser humano destinada a altíssimos fins de colaboração com o Criador, para passar a ser tão só uma consideração mais ou menos vaga da satisfação do desejo, da utilização sem qualquer regra ou limites, das sensações, estímulos e prazer que se obtêm na exploração do libido sensual. ([i])
Não iremos muito além neste tema já que parece estar fora do âmbito destes escritos. De facto a contenção e moderação da sexualidade, dando-lhe os fins apropriados para que existe não supõe nem conceitos nem teorias sobre o assunto. Quem converte este tema em eixo em torno do qual gira a sua vida, submetendo-se às prisões e cadeias que prendem um ser humano aos instintos e impulsos sem nenhuma tentativa de moderação ou sequer comando das acções, não está, com certeza, interessado em considerar temas ligados à “Melhoria Pessoal e à Vida Interior”.
Esta Melhoria Pessoal de que vimos falando não é algo intemporal ou mirífico, alguma coisa que se tenha como um ideal mas que se vai deixando relegado para segundas oportunidades já que haverá coisas mais importantes a fazer entretanto. Não senhor! A melhoria pessoal é o que de mais íntimo e humano o homem poderá ter como desejo de evolução que é, deve ser, inato a todo o ser humano. Sabemos muito bem, cada um dos seres humanos, aquilo em que podemos melhorar e conseguir melhores resultados.
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[i] Santo Agostinho foi o primeiro a distinguir três tipos de desejos: a libido sciendi, desejo de conhecimento, a libido sentiendi, desejo sensual em sentido mais amplo, e a libido dominendi, desejo de dominar.
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