(Cfr. Lc 8, 49-56)
Coração Amantíssimo de
Jesus
Chamá-lo
de “amantíssimo” é até uma redundância, porque, em se tratando de Jesus, o
Coração é, evidentemente, pleno de amor, de misericórdia e de bondade. Estas
inesgotáveis riquezas, conforme a expressão de São Paulo [1],
como que transbordam, jorram sobre toda a humanidade. Este é o tema da nossa
reflexão.
Ao
considerarmos o Coração de Cristo, não estamos a referir-nos ao órgão físico,
embora ele o tenha também, enquanto integrante de sua natureza humana. A
propósito, considero melhores as imagens que não retractam esse Coração
saliente sobre o peito, mas só o insinuam, através do Lado perfurado pela
lança. Aqui, tomamos o coração como centro explicativo da pessoa. Quando se diz
que uma pessoa “tem bom coração”, isto traduz a essência do que ela é.
Portanto, aprofundar o conhecimento sobre o Coração de Jesus significa adentrar
a sua própria “personalidade”.
É
interessante notar que essa devoção nasce no momento em que o Coração de Jesus
é trespassado, no alto do Calvário, segundo nos narra o evangelista São João. [2]
Mais
tarde, chega às primitivas comunidades, é aprofundada pelos antigos Santos
Padres e estende-se ao longo da Idade Média. Quando os Cruzados foram à Terra
Santa, onde tiveram maior contacto com a humanidade de Cristo e com os detalhes
da Sua vida, aproximaram-se mais directamente ao Seu Coração. Sobre Ele deixaram-nos
reflexões lindas e profundas, tanto teológicas, quanto exegéticas e espirituais.
Nos séculos posteriores, foram surgindo
Congregações, Associações e Movimentos inspirados, exactamente, no mistério
central do amor de Cristo, que é o Seu Coração. Além disso, centenas e centenas
de obras sociais pautaram as suas iniciativas, segundo o modelo da misericórdia
que emana desse Coração.
(AMA, reflexões).
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