24/02/2020

THALITA KUM 111


THALITA KUM 111

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Coração Amantíssimo de Jesus


Chamá-lo de “amantíssimo” é até uma redundância, porque, em se tratando de Jesus, o Coração é, evidentemente, pleno de amor, de misericórdia e de bondade. Estas inesgotáveis riquezas, conforme a expressão de São Paulo [1], como que transbordam, jorram sobre toda a humanidade. Este é o tema da nossa reflexão.
Ao considerarmos o Coração de Cristo, não estamos a referir-nos ao órgão físico, embora ele o tenha também, enquanto integrante de sua natureza humana. A propósito, considero melhores as imagens que não retractam esse Coração saliente sobre o peito, mas só o insinuam, através do Lado perfurado pela lança. Aqui, tomamos o coração como centro explicativo da pessoa. Quando se diz que uma pessoa “tem bom coração”, isto traduz a essência do que ela é. Portanto, aprofundar o conhecimento sobre o Coração de Jesus significa adentrar a sua própria “personalidade”.
É interessante notar que essa devoção nasce no momento em que o Coração de Jesus é trespassado, no alto do Calvário, segundo nos narra o evangelista São João. [2]
Mais tarde, chega às primitivas comunidades, é aprofundada pelos antigos Santos Padres e estende-se ao longo da Idade Média. Quando os Cruzados foram à Terra Santa, onde tiveram maior contacto com a humanidade de Cristo e com os detalhes da Sua vida, aproximaram-se mais directamente ao Seu Coração. Sobre Ele deixaram-nos reflexões lindas e profundas, tanto teológicas, quanto exegéticas e espirituais.
Nos séculos posteriores, foram surgindo Congregações, Associações e Movimentos inspirados, exactamente, no mistério central do amor de Cristo, que é o Seu Coração. Além disso, centenas e centenas de obras sociais pautaram as suas iniciativas, segundo o modelo da misericórdia que emana desse Coração.

(AMA, reflexões).






[1] Cfr. Ef 3, 8
[2] Cfr. Jo 19,34-35

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