(Cfr. Lc 8, 49-56)
Na sequência do
Evangelho de S. Mateus, Jesus tinha vindo de Gerasa e, decerto, os
acontecimentos extraordinários, os dois mil porcos precipitados no mar como
“preço”, da cura do endemoninhado [1], teriam chegado ao
seu conhecimento.
Também poderá ter
ouvido falar do filho da viúva de Naim, ressuscitado em pleno cortejo fúnebre.
Vai, portanto, ter
com Ele à praia, não espera que o chame, adianta-se e decide-se.
A situação é grave,
a tormenta violentíssima…
Uma atitude de
enorme humildade, de profunda entrega.
Cair aos pés de
Jesus é “meio caminho andado” para alcançar a misericórdia que se implora.
Que tem de mais
ajoelharmo-nos?
Não é Ele o Criador
e Senhor de todas as coisas?
Esta passagem tão
linear deve fazer-nos pensar na facilidade com que, por vezes, nos aproximamos
de Jesus.
Por exemplo, em
frente do Sacrário, onde Ele está presente em Corpo, Alma e Divindade como nos
comportamos?
Ajoelhamos reverentemente
ou, se não o podemos fazer, detemo-nos sem pressas e fazemos uma vénia
conveniente, sentida, própria de quem se sabe servo quem cumprimenta o seu
Senhor?
E como O recebemos
na Sagrada Comunhão?
Aproximamo-nos com
respeito, com profundo recolhimento interior?
Se Ele se nos
entrega em Corpo, Alma e Divindade para nosso alimento, não será para nós
bastante recebê-lo como alimento?
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.