24/11/2019

THALITA KUM 18


THALITA KUM 18

(Cfr. Lc 8, 49-56)

Na sequência do Evangelho de S. Mateus, Jesus tinha vindo de Gerasa e, decerto, os acontecimentos extraordinários, os dois mil porcos precipitados no mar como “preço”, da cura do endemoninhado [1], teriam chegado ao seu conhecimento.

Também poderá ter ouvido falar do filho da viúva de Naim, ressuscitado em pleno cortejo fúnebre.

Vai, portanto, ter com Ele à praia, não espera que o chame, adianta-se e decide-se.

A situação é grave, a tormenta violentíssima…

«Cai-lhe aos pés» [2], diz expressamente o Evangelho.
Uma atitude de enorme humildade, de profunda entrega.

Cair aos pés de Jesus é “meio caminho andado” para alcançar a misericórdia que se implora.

Que tem de mais ajoelharmo-nos?
Não é Ele o Criador e Senhor de todas as coisas?

Esta passagem tão linear deve fazer-nos pensar na facilidade com que, por vezes, nos aproximamos de Jesus.
Por exemplo, em frente do Sacrário, onde Ele está presente em Corpo, Alma e Divindade como nos comportamos?

Ajoelhamos reverentemente ou, se não o podemos fazer, detemo-nos sem pressas e fazemos uma vénia conveniente, sentida, própria de quem se sabe servo quem cumprimenta o seu Senhor?

E como O recebemos na Sagrada Comunhão?
Aproximamo-nos com respeito, com profundo recolhimento interior?

Se Ele se nos entrega em Corpo, Alma e Divindade para nosso alimento, não será para nós bastante recebê-lo como alimento? 

(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)




[1] Cfr. Lc 8, 26-39.
[2] Mc 5, 22.

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