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O cristão é, ante o mundo e
no mundo, alter Christus, ipse Christus,
outro Cristo, o mesmo Cristo: estabelece-se assim uma certa polaridade na vida
da Igreja e de cada crente entre o sim e o todavia não, entre o momento
presente – ocasião de acolher a graça – e a plenitude final; tensão que tem muitas
consequências para a vida do cristão e para a compreensão do mundo.
Esta realidade confirma a
distinção que existe entre a ordem natural e a ordem sobrenatural.
A vida sobrenatural, baseada
na fé e na graça de Deus, enxerta-se na alma do cristão, ainda que não tenha
informado plenamente todos os aspectos da sua existência.
O cristão vive metido em Deus
e para Deus, e esforça-se por comunicar os bens divinos aos demais homens.
Na vida futura, a graça, ou
vida sobrenatural, converter-se-á em glória, e o homem alcançará uma imortalidade
completa na ressurreição dos mortos.
Na vida presente, em troca,
ainda que esteja aperfeiçoada pela graça, a existência humana possui leis próprias,
que hão-de de aplicar-se nos diferentes âmbitos: pessoal, familiar, social e
político.
A vida sobrenatural acolhe,
aperfeiçoa e leva à plenitude a natureza, sem a anular nem a substituir.
(cont)
(p. o'callaghan, CRISTO, 5 de Diciembre de 2008, trad. ama)
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