23/11/2019

THALITA KUM 17


THALITA KUM 17

(Cfr. Lc 8, 49-56)

A missão do Papa é uma missão divina porque emana do próprio Jesus Cristo, com um mandato preciso e claro.

O que Jesus disse a Pedro não foram generalidades mais ou menos abrangentes, algo vago, indefinido.

Não! [1]

É, portanto, claro que um cristão tem o dever de acatar as directrizes emanadas desde a Cátedra de Pedro.
Seja quem for o homem que a ocupe, ele é sempre o Vigário de Cristo na terra e, a palavra “vigário” significa exactamente, aquele que substitui alguém.

Na sua viagem no mar da vida, Jairo, encontra-se com a tempestade.
O drama da doença, da morte eminente da sua filha querida.
É um personagem importante [2], mas perante a gravidade da situação sabe, no mais íntimo do seu coração que só um milagre podia curar a filha e alguém lhe terá dito que, Jesus, poderia fazer esse milagre.
Talvez tenha ouvido falar dos milagres recentes que Ele fizera.

(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)




[1] «Segundo os textos evangélicos, a missão pastoral do Romano Pontífice, sucessor de Pedro, comporta uma missão doutrinal. Como pastor universal, o Papa tem a missão de anunciar a doutrina revelada e de promover em toda a Igreja a verdadeira fé em Cristo. Pedro é o primeiro daqueles Apóstolos aos quais Jesus disse: Como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós (Jo 20,21; Cfr. 17,18). Como pastor universal, Pedro deve actuar em nome de Cristo e em sintonia com Ele em toda a ampla área humana na qual Jesus quis que se pregasse o Seu Evangelho e se anunciasse a verdade salvífica: No mundo inteiro. Contudo, o Bispo de Roma, como cabeça do colégio episcopal por vontade de Cristo, é o primeiro pregoeiro da fé, ao que corresponde a tarefa de ensinar a verdade revelada e de mostrar as suas aplicações no comportamento humano. Ele é o primeiro responsável pela difusão da fé no mundo. O sucessor de Pedro cumpre esta missão doutrinal mediante uma série contínua de intervenções orais e escritas que constituem o exercício ordinário do magistério como ensinamento das verdades em que é preciso acreditar e aplicar na vida (fidem et mores). Os actos que expressam tal magistério podem ser mais ou menos frequentes e tomar formas diferentes segundo as necessidades dos tempos, as exigências de situações concretas, as possibilidades e meios disponíveis, os métodos e as técnicas de comunicação. Mas, uma vez que derivam de uma intenção explícita ou implícita de se pronunciar em matéria de fé e costumes, remetem-se ao mandato recebido por Pedro e revestem-se da autoridade que Cristo lhe conferiu. Ao cumprir esta tarefa, o sucessor de Pedro expressa de forma pessoal, mas com autoridade institucional, a “regar da fé”, à qual devem ater-se os membros da Igreja universal – simples fiéis, catequistas, professores de religião, teólogos –, ao procurar o sentido dos conteúdos permanentes da fé cristã, inclusive em relação com as discussões que surgem dentro e fora da comunidade eclesial sobre diversos pontos ou sobre todo o conjunto da doutrina. É verdade que dentro da Igreja, todos, e de forma especial os teólogos, estão chamados a realizar este trabalho de contínuo esclarecimento e explicação. Mas a missão de Pedro e dos seus sucessores consiste em estabelecer e afirmar com autoridade o que a Igreja recebeu e acreditou desde o princípio, o que os apóstolos ensinaram, o que a Sagrada Escritura e a tradição cristã fixaram como objecto de fé e como norma cristã de vida. Também os outros pastores da Igreja, os bispos sucessores dos apóstolos, são confirmados pelo sucessor de Pedro na sua comunhão de fé com Cristo e no cumprimento fiel da sua missão. Deste modo, o magistério do bispo de Roma assinala a todos uma linha de clareza e unidade que, especialmente em tempos de máxima comunicação e discussão, como o nosso, resulta imprescindível. O Romano Pontífice (…) tem a missão de proteger o povo cristão contra os erros no campo da fé e da moral, o dever de guardar o depósito da fé (Cfr. 2 Tim 4,7). Ai daquele que se assustasse ante as críticas e as incompreensões! O seu papel é dar testemunho de Cristo, da Sua palavra, da Sua lei e do Seu amor. Mas à consciência da sua responsabilidade no campo doutrinal e moral, o Romano Pontífice deve acrescentar o compromisso de ser, como Jesus, «manso e humilde de coração» (Mt 11,29)» são joão paulo ii, Audiência Geral, 10.03.1993.
[2] À frente da sinagoga estava o arqui-sinagogo, que tinha como missão manter a ordem nas reuniões de sábado e nas festas, dirigir as orações, os cânticos e designar o que devia explicar a Sagrada Escritura. Era assistido na sua missão por um conselho, e tinha ao seu serviço um ajudante encarregado das funções materiais. (Cfr. Bíblia Sagrada, Anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, Comentários).

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