(Cfr. Lc 8, 49-56)
A missão do Papa é
uma missão divina porque emana do próprio Jesus Cristo, com um mandato preciso
e claro.
O que Jesus disse a
Pedro não foram generalidades mais ou menos abrangentes, algo vago, indefinido.
É, portanto, claro
que um cristão tem o dever de acatar as directrizes emanadas desde a Cátedra de
Pedro.
Seja quem for o
homem que a ocupe, ele é sempre o Vigário de Cristo na terra e, a palavra
“vigário” significa exactamente, aquele que substitui alguém.
Na sua viagem no
mar da vida, Jairo, encontra-se com a tempestade.
O drama da doença,
da morte eminente da sua filha querida.
É um personagem
importante [2], mas perante a
gravidade da situação sabe, no mais íntimo do seu coração que só um milagre
podia curar a filha e alguém lhe terá dito que, Jesus, poderia fazer esse
milagre.
Talvez tenha ouvido
falar dos milagres recentes que Ele fizera.
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
[1] «Segundo os textos
evangélicos, a missão pastoral do Romano Pontífice, sucessor de Pedro, comporta
uma missão doutrinal. Como pastor universal, o Papa tem a missão de anunciar a
doutrina revelada e de promover em toda a Igreja a verdadeira fé em Cristo.
Pedro é o primeiro daqueles Apóstolos aos quais Jesus disse: Como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a
vós (Jo 20,21; Cfr. 17,18). Como pastor universal, Pedro deve
actuar em nome de Cristo e em sintonia com Ele em toda a ampla área humana na
qual Jesus quis que se pregasse o Seu Evangelho e se anunciasse a verdade
salvífica: No mundo inteiro. Contudo, o Bispo de Roma, como cabeça do colégio
episcopal por vontade de Cristo, é o primeiro pregoeiro da fé, ao que corresponde
a tarefa de ensinar a verdade revelada e de mostrar as suas aplicações no
comportamento humano. Ele é o primeiro responsável pela difusão da fé no mundo.
O sucessor de Pedro cumpre esta missão doutrinal mediante uma série contínua de
intervenções orais e escritas que constituem o exercício ordinário do
magistério como ensinamento das verdades em que é preciso acreditar e aplicar
na vida (fidem et mores). Os actos que expressam tal magistério podem ser mais
ou menos frequentes e tomar formas diferentes segundo as necessidades dos
tempos, as exigências de situações concretas, as possibilidades e meios
disponíveis, os métodos e as técnicas de comunicação. Mas, uma vez que derivam
de uma intenção explícita ou implícita de se pronunciar em matéria de fé e
costumes, remetem-se ao mandato recebido por Pedro e revestem-se da autoridade
que Cristo lhe conferiu. Ao cumprir esta tarefa, o sucessor de Pedro expressa
de forma pessoal, mas com autoridade institucional, a “regar da fé”, à qual
devem ater-se os membros da Igreja universal – simples fiéis, catequistas,
professores de religião, teólogos –, ao procurar o sentido dos conteúdos
permanentes da fé cristã, inclusive em relação com as discussões que surgem
dentro e fora da comunidade eclesial sobre diversos pontos ou sobre todo o conjunto
da doutrina. É verdade que dentro da Igreja, todos, e de forma especial os
teólogos, estão chamados a realizar este trabalho de contínuo esclarecimento e
explicação. Mas a missão de Pedro e dos seus sucessores consiste em estabelecer
e afirmar com autoridade o que a Igreja recebeu e acreditou desde o princípio,
o que os apóstolos ensinaram, o que a Sagrada Escritura e a tradição cristã
fixaram como objecto de fé e como norma cristã de vida.
Também os outros pastores da Igreja, os bispos sucessores dos apóstolos, são
confirmados pelo sucessor de Pedro na sua comunhão de fé com Cristo e no
cumprimento fiel da sua missão. Deste modo, o magistério do bispo de Roma
assinala a todos uma linha de clareza e unidade que, especialmente em tempos de
máxima comunicação e discussão, como o nosso, resulta imprescindível. O Romano
Pontífice (…) tem a missão de proteger o povo cristão contra os erros no campo
da fé e da moral, o dever de guardar o depósito da fé (Cfr. 2 Tim 4,7).
Ai daquele que se assustasse ante as críticas e as incompreensões! O seu papel
é dar testemunho de Cristo, da Sua palavra, da Sua lei e do Seu amor. Mas à
consciência da sua responsabilidade no campo doutrinal e moral, o Romano
Pontífice deve acrescentar o compromisso de ser, como Jesus, «manso e humilde de coração» (Mt
11,29)» são joão paulo ii, Audiência
Geral, 10.03.1993.
[2] À frente da sinagoga estava o arqui-sinagogo, que
tinha como missão manter a ordem nas reuniões de sábado e nas festas, dirigir
as orações, os cânticos e designar o que devia explicar a Sagrada Escritura.
Era assistido na sua missão por um conselho, e tinha ao seu serviço um ajudante
encarregado das funções materiais. (Cfr. Bíblia Sagrada, Anotada pela Faculdade
de Teologia da Universidade de Navarra, Comentários).
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