Mt VI, 25 – 34; VII, 1 – 11
Confiança na Providência de Deus
25
«Por isso vos digo: Não vos inquieteis quanto à vossa vida, com o que haveis de
comer ou beber, nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir.
Porventura não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o
vestido? 26 Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em
celeiros; e o vosso Pai celeste alimenta-as. Não valeis vós mais do que elas?
27 Qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à
duração de sua vida? 28 Porque vos preocupais com o vestuário? Olhai como
crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam! 29 Pois Eu vos digo: Nem
Salomão, em toda a sua magnificência, se vestiu como qualquer deles. 30 Ora, se
Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao
fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé? 31 Não vos
preocupeis, dizendo: ‘Que comeremos, que beberemos, ou que vestiremos?’ 32 Os
pagãos, esses sim, afadigam-se com tais coisas; porém, o vosso Pai celeste bem
sabe que tendes necessidade de tudo isso. 33 Procurai primeiro o Reino de Deus
e a sua justiça, e tudo o mais se vos dará por acréscimo. 34 Não vos
preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã já terá as suas
preocupações. Basta a cada dia o seu problema.»
Não julguemos o próximo
1«Não
julgueis, para não serdes julgados; 2pois, conforme o juízo com que julgardes,
assim sereis julgados; e, com a medida com que medirdes, assim sereis medidos.
3 Porque reparas no argueiro que está na vista do teu irmão, e não vês a trave
que está na tua vista? 4 Como ousas dizer ao teu irmão: ‘Deixa-me tirar o
argueiro da tua vista’, tendo tu uma trave na tua? 5 Hipócrita, tira primeiro a
trave da tua vista e, então, verás melhor para tirar o argueiro da vista do teu
irmão.» 6 «Não deis as coisas santas aos cães nem lanceis as vossas pérolas aos
porcos, para não acontecer que as pisem aos pés e, acometendo-vos, vos
despedacem.»
Eficácia da oração
7
«Pedi, e ser-vos-á dado; procurai, e encontrareis; batei, e hão-de abrir-vos. 8
Pois, quem pede, recebe; e quem procura, encontra; e ao que bate, hão-de abrir.
9 Qual de vós, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? 10 Ou, se lhe
pedir peixe, lhe dará uma serpente? 11 Ora bem, se vós, sendo maus, sabeis dar
coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está no Céu dará
coisas boas àqueles que lhas pedirem.»
JESUS CRISTO
NOSSO SALVADOR
Iniciação à
Cristologia
Capítulo V
CRISTO
ENQUANTO HOMEM CHEIO DE GRAÇA E DE VERDADE
2. A graça e
a santidade de Cristo
f) A
santidade de vida e a ausência de pecado em Jesus Cristo
Jesus é
santo também no sentido operativo e moral, enquanto viveu livremente em todo o
momento a união sobrenatural com seu Pai pelo amor. A perfeição de graça e de
caridade que possuía, levavam-no a identificar completamente a sua vontade
humana com a vontade santa de Deus, no grande e no pequeno. Ele próprio
confessa: «Eu faço sempre o que agrada a meu pai» (Jo 8,29; cf. 4,34).
E está
livre de todo o pecado: «vem o príncipe deste mundo (Satanás), mas não tem nada
em mim» (Jo 14,30; cf. Pd 2,22). Por isso o Magistério da Igreja, unindo-se à
Sagrada Escritura, ensinou em muitas ocasiões esta realidade: Cristo é
«semelhante a nós em tudo, excepto no pecado» (Heb 4,15; cf. 7,26-27)[1].
O
Magistério da Igreja também assinalou que Jesus esteve livre do pecado original
e que não sofreu a desordem da concupiscência, consequência desse pecado; de
modo que n’Ele a sensibilidade estava sempre perfeitamente subordinada à razão[2].
Mas há mais:
os teólogos sustentam que Cristo não só não teve nenhum pecado de facto, mas
que, além disso, era impecável. A
razão é óbvia: as acções são da pessoa; e se Cristo pudesse pecar, seria Deus
quem pecaria, e teria que negar-se a si mesmo. Além do mais, Jesus Cristo
enquanto homem, como veremos, gozava da visão intuitiva de Deus, que supõe
também a impossibilidade de rejeitar o Bem infinito.
Vicente Ferrer Barriendos
(Tradução
do castelhano por ama)
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