31/12/2011

Informação de NUNC COEPI

A partir de amanhã poderá fazer a Leitura Espiritual diária em NUNC COEPI
Está aconselhada a leitura espiritual diária de duração mais ou menos 15 minutos. Inclui leitura do Novo Testamento [1] e textos devidamente aprovados.

Não abandones a tua leitura espiritual.

A leitura tem feito muito santos.

(S. josemaria, Caminho 116)




[1] Seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em: “NOVO TESTAMENTO”, Editorial A. O. - Braga

Trabalho

De nenhuma forma o trabalho foi um castigo, pelo contrário, «dignidade de vida e um dever imposto pelo Criador, já que o homem foi criado ut operaretur. O trabalho é um meio pelo qual o homem se torna participante da criação e, portanto, não só é digno, seja qual for, como é um instrumento para conseguir a perfeição humana - terrena - e a perfeição sobrenatural». 

(Carta, 1954.05.31)

Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus





Eu creio,


logo existo!


jma

Criança

      Reflectindo
Porque se diz que as crianças são aptas para o Reino do Céus? Talvez porque normalmente não têm malícia, nem sabem enganar, nem se atrevam a enganar-se; desconhecem a luxúria; não apetecem as riquezas e ignoram a ambição. Mas a virtude de tudo isto não consiste no desconhecimento do mal, mas na sua repulsa; não consiste na impossibilidade de pecar, mas sim em não consentir no pecado. Portanto, o Senhor não se refere à infância como tal, mas sim à inocência que as crianças têm na sua simplicidade.

(stº ambrósio, Comentário ao Evangelho de S. Lucas, 18, 17) 

Música e entretenimento

 Rossini - William Tell - Herbert von Karajan 

New Year Eve's concert 1983


selecção ALS

Evangelho do dia e comentário

Tempo de Natal I Semana

6º Dia da Oitava do Natal 31 de Dezembro


Evangelho: Jo 1, 1-18

1 No princípio existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por Ele; e sem Ele nada foi feito. 4 N'Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens, 5 e a luz resplandeceu nas trevas, mas as trevas não O receberam. 6 Apareceu um homem enviado por Deus que se chamava João. 7 Veio como testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele.8 Não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. 9 O Verbo era a luz verdadeira, que vindo a este mundo ilumina todo o homem. 10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, mas o mundo não O conheceu. 11 Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. 12 Mas a todos os que O receberam, àqueles que crêem no Seu nome, deu poder de se tornarem filhos de Deus; 13 eles que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. 14 E o Verbo fez-Se carne, e habitou entre nós; e nós vimos a Sua glória, glória como de Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade. 15 João dá testemunho d'Ele e clama: «Este era Aquele de Quem eu disse: O que há-de vir depois de mim é mais do que eu, porque existia antes de mim». 16 Todos nós participamos da Sua plenitude, e recebemos graça sobre graça; 17 porque a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade foram trazidas por Jesus Cristo.18 Ninguém jamais viu a Deus; o Unigénito de Deus, que está no seio do Pai, Ele mesmo é que O deu a conhecer.

Comentário:

Quando deparamos com esta página do evangelho de S. João, talvez sejamos tentados a ler apressadamente ou, até, passar adiante.

Mas pode dizer-se que ela é como que uma síntese da doutrina cristã, já que nela se contêm, os princípios e fundamentos da Fé.

Talvez o melhor seja, mesmo, ficar por aqui propondo uma segunda leitura, talvez mais interiorizada, destas palavras de S. João.

(ama, comentário sobre Jo 1, 1-18, 2010.12.31)

Evangelho do dia e comentário


Tempo de Natal I Semana

6º Dia da Oitava do Natal 31 de Dezembro


Evangelho: Jo 1, 1-18

1 No princípio existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por Ele; e sem Ele nada foi feito. 4 N'Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens, 5 e a luz resplandeceu nas trevas, mas as trevas não O receberam. 6 Apareceu um homem enviado por Deus que se chamava João. 7 Veio como testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele.8 Não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. 9 O Verbo era a luz verdadeira, que vindo a este mundo ilumina todo o homem. 10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, mas o mundo não O conheceu. 11 Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. 12 Mas a todos os que O receberam, àqueles que crêem no Seu nome, deu poder de se tornarem filhos de Deus; 13 eles que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. 14 E o Verbo fez-Se carne, e habitou entre nós; e nós vimos a Sua glória, glória como de Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade. 15 João dá testemunho d'Ele e clama: «Este era Aquele de Quem eu disse: O que há-de vir depois de mim é mais do que eu, porque existia antes de mim». 16 Todos nós participamos da Sua plenitude, e recebemos graça sobre graça; 17 porque a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade foram trazidas por Jesus Cristo.18 Ninguém jamais viu a Deus; o Unigénito de Deus, que está no seio do Pai, Ele mesmo é que O deu a conhecer.

Comentário:

Quando deparamos com esta página do evangelho de S. João, talvez sejamos tentados a ler apressadamente ou, até, passar adiante.

Mas pode dizer-se que ela é como que uma síntese da doutrina cristã, já que nela se contêm, os princípios e fundamentos da Fé.

Talvez o melhor seja, mesmo, ficar por aqui propondo uma segunda leitura, talvez mais interiorizada, destas palavras de S. João.

(ama, comentário sobre Jo 1, 1-18, 2010.12.31)

Música e repouso

 Rossini - L'italiana in Algeri

selecção ALS

Deus humilha-se

Textos de São Josemaria Escrivá

E, em Belém, nasce o nosso Deus: Jesus Cristo! Não há lugar na pousada: num estábulo. – E Sua Mãe envolve-O em paninhos e reclina-O no presépio (Lc 11, 7) . Frio. – Pobreza. – Sou um escravozito de José. – Que bom é José! Trata-me como um pai a seu filho. – Até me perdoa, se estreito o Menino entre os meus braços e fico, horas e horas, a dizer-Lhe coisas doces e ardentes!... E beijo-O – beija-O tu – e embalo-O e canto para Ele e chamo-Lhe Rei, Amor, meu Deus, meu Único, meu Tudo!... Que lindo é o Menino... e que curta a dezena! (Santo Rosário, mistérios gozosos, 3)

Começa por estar nove meses no seio de sua Mãe, como qualquer outro homem, com extrema naturalidade. Sabia o Senhor de sobra que a Humanidade padecia de uma urgente necessidade d'Ele. Tinha, portanto, fome de vir à terra para salvar todas as almas; mas não precipita o tempo; vem na Sua hora, como chegam ao mundo os outros homens. Desde a concepção ao nascimento, ninguém, salvo S. José e Santa Isabel, adverte esta maravilha: Deus veio habitar entre os homens!
O Natal também está rodeado de uma simplicidade admirável: o Senhor vem sem aparato, desconhecido de todos. Na Terra, só Maria e José participam na divina aventura. Depois, os pastores, avisados pelos Anjos. E mais tarde os sábios do Oriente. Assim acontece o facto transcendente que une o Céu à Terra, Deus ao homem!
Como é possível tanta dureza de coração que cheguemos a acostumar-nos a estes episódios? Deus humilha-Se para que possamos aproximar-nos d'Ele, para que possamos corresponder ao seu Amor com o nosso amor, para que a nossa liberdade se renda, não só ante o espectáculo do seu poder, como também ante a maravilha da sua humildade.
Grandeza de um Menino que é Deus! O Seu Pai é o Deus que fez os Céus e a Terra, e Ele ali está, num presépio, quia non erat eis locus in diversorio, porque não havia outro sítio na Terra para o dono de toda a Criação! (Cristo que passa, 18)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

30/12/2011

Fez-se Homem para nos redimir

Textos de São Josemaria Escrivá


Pasma ante a magnanimidade de Deus: fez-se Homem para nos redimir, para que tu e eu – que não valemos nada, reconhece-o! – o tratemos com confiança. (Forja, 30)

Lux fulgebit hodie super nos, quia natus est nobis Dominus – Hoje brilhará sobre nós a luz, porque nos nasceu o Senhor! Eis a grande novidade que comove os cristãos e que, através deles, se dirige à Humanidade inteira. Deus está aqui! Esta verdade deve encher as nossas vidas. Cada Natal deve ser para nós um novo encontro especial com Deus, deixando que a sua luz e a sua graça entrem até ao fundo da nossa alma.

Detemo-nos diante do Menino, de Maria e de José; estamos contemplando o Filho de Deus revestido da nossa carne... Vem-me à lembrança a viagem que fiz a Loreto, em 15 de Agosto de 1951, para visitar a Santa Casa por motivo muito íntimo. Celebrei lá a Santa Missa. Queria dizê-la com recolhimento mas não tinha contado com o fervor da multidão. Não tinha calculado que nesse grande dia de festa muitas pessoas dos arredores viriam a Loreto – com a bendita fé dessa terra e com o amor que têm à Madona. E a sua piedade, considerando as coisas – como diria? – só do ponto de vista das leis rituais da Igreja, levava-as a manifestações não muito correctas.
E assim, enquanto eu beijava o altar, nos momentos prescritos pelas rubricas da Missa, três ou quatro camponeses beijavam-no ao mesmo tempo. Distraía-me mas estava emocionado. E também me atraía a atenção a lembrança de que naquela Santa Casa – que a tradição assegura ser o lugar onde viveram Jesus, Maria e José – na mesa do altar tinham gravado estas palavras: Hic Verbum caro factum est. Aqui, numa casa construída pelas mãos dos homens, num pedaço de terra em que vivemos, habitou Deus! (Cristo que passa, 12)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Informação de NUNC COEPI

A partir de 01 de Janeiro poderá fazer a Leitura Espiritual diária em NUNC COEPI

Está aconselhada a leitura espiritual diária de duração mais ou menos 15 minutos. Inclui leitura do Novo Testamento [1] e textos devidamente aprovados.

Não abandones a tua leitura espiritual.

A leitura tem feito muito santos.

(S. josemaria, Caminho 116)




[1] Seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em: “NOVO TESTAMENTO”, Editorial A. O. - Braga

Criação

      Reflectindo
Criaste-nos, Senhor, para Vós, e o nosso coração está inquieto enquanto em Vós não repousa.

(stº. agostinho, Confissões, 1, 1, 1) 

Ante o apostolado: "Eu não sirvo" 3

Praticamente cada dia, estamos sob a tentação de desconfiar da eficácia do nosso apostolado, devido à evidência das nossas fragilidades e misérias. Todos carregamos com nosso próprio "aguilhão da carne", que a nossa vaidade e orgulho julga incompatível com o poder do Espírito que opera em nós. No dia em que aceitamos que Deus se serve - e necessita - das nossas debilidades e incompetências para exercer o seu poder como protagonista do apostolado, a fim de que ninguém se envaideça senão no Senhor, nesse dia começamos a ser verdadeiramente apóstolos e a pôr a nossa confiança em Deus. O Senhor da graça não necessita de instrumentos "superdotados", mas seguidores que reconhecem humildemente a sua própria pequenez, e que confiam no poder de Deus que nela se revela.

Com humildade, afrontemos a tarefa encomendada. Rezemos muito encomendando ao Senhor o apostolado e os seus frutos. E por nossa parte, façamos todo o que esteja na nossa mão para o fazer bem, com delicadeza, com entrega e sacrifício, e além disso, na medida do possível, capacitando-nos sempre mais e melhor para bem desenvolver o trabalho apostólico.

Javier Sánchez Martínez [i], trad ama



[i] Javier Sánchez Martínez, sacerdote da diocese de Córdoba, ordenado a 26 de Junho de 1999. Exerceu o ministério sacerdotal em varias paróquias, nol Centro de Orientación Familiar de Lucena (Córdoba) e como capelão de Mosteiros. Pregou retiros, jornadas anuais de Exercícios espirituais a leigos e religiosas e participado em diversos cursos de formação litúrgica; publicou artigos em revistas e colaborado em rádios e TV locais. É vigário paroquial da Asunción y de Santa Clara em Palma del Río (Córdoba) e está terminando a licenciatura em Teologia na Facultad de San Dámaso (Madrid)".

Evangelho do dia e comentário

Tempo de Natal I Semana

5º Dia da Oitava do Natal 30 de Dezembro


Evangelho: Lc 2, 22-40

22 Depois que se completaram os dias da purificação de Maria, segundo a Lei de Moisés, levaram-n'O a Jerusalém para O apresentar ao Senhor 23 segundo o que está escrito na Lei do Senhor: “Todo o varão primogénito será consagrado ao Senhor”, 24 e para oferecerem em sacrifício, conforme o que também está escrito na Lei do Senhor: “Um par de rolas ou dois pombinhos”. 25 Havia então em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem era justo e piedoso; esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. 26 Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte sem ver primeiro o Cristo do Senhor. 27 Foi ao templo conduzido pelo Espírito. E, levando os pais o Menino Jesus, para cumprirem as prescrições usuais da Lei a Seu respeito, 28 ele tomou-O nos braços e louvou a Deus, dizendo: 29 «Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz segundo a Tua palavra; 30 porque os meus olhos viram a Tua salvação, 31 que preparaste em favor de todos os povos; 32 luz para iluminar as nações, e glória de Israel, Teu povo». 33 O Seu pai e a Sua mãe estavam admirados das coisas que d'Ele se diziam. 34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, Sua mãe: «Eis que este Menino está posto para ruína e ressurreição de muitos em Israel e para ser sinal de contradição. 35 E uma espada trespassará a tua alma. Assim se descobrirão os pensamentos escondidos nos corações de muitos». 36 Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada. Tinha vivido sete anos com o seu marido, após o seu tempo de donzela, 37 e tinha permanecido viúva até aos oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia com jejuns e orações. 38 Ela também, vindo nesta mesma ocasião, louvava a Deus e falava de Jesus a todos os de Jerusalém que esperavam a redenção. 39 Depois que cumpriram tudo, segundo o que mandava a Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. 40 O Menino crescia e fortificava-Se, cheio de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.

Comentário:

São Lucas detém-se com alguma demora, nestes episódios da vida de Jesus, que, só Maria Santíssima lhe poderia ter transmitido com tanta abundância de pormenores.

São relato de acontecimentos normais e correntes naqueles tempos e, ao participar neles a Sagrada Família age com toda a simplicidade das restantes famílias da sua terra, em nada sobressai, nada se evidencia de peculiar.

Exemplo de humildade e discrição que podemos - e devemos - imitar.

(ama, comentário sobre Lc 2, 22-40, 2011.02.03)

Gospel

 You Raise Me Up - Secret Garden feat - Brian Kennedy


selecção ALS

29/12/2011

Desejar a morte


Muitas vezes penso que seria uma 

comodidade morrer cedo. Não desejo 

a morte: devemos desejar viver 

muitos anos, e trabalhar. 


(Carta, 1948.10.15, nr. 11)

Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus



Que a tua Palavra, Senhor,


seja o mapa para a minha vida.



jma

Coração de Jesus

      Reflectindo
Quem não amará o Seu coração tão ferido? Quem não dará amor por amor? Quem não abraçará um Coração tão puro? Nós, que somos de carne, pagaremos amor com amor, abraçaremos o Ferido que encontrámos, Aquele a quem os ímpios atravessaram as mãos e os pés, o lado e o Coração. Peçamos-Lhe que Se digne prender o nosso coração com o vínculo do seu amor, feri-lo com uma lança, pois é ainda duro e impenitente.

(s. boaventura, Vitis Mystica, 3 11) 

O amor manifesta-se com factos

Textos de São Josemaria Escrivá


Vai até Belém, aproxima-te do Menino, baila com Ele, diz-lhe muitas coisas vibrantes, aperta-o contra o coração... Não estou a falar de infantilidades: falo de amor! E o amor manifesta-se com factos: na intimidade da tua alma, bem o podes abraçar! (Forja, 345)

É preciso ver o Menino, nosso Amor, no seu berço. Olhar para Ele, sabendo que estamos perante um mistério. Precisamos de aceitar o mistério pela fé, aprofundar o seu conteúdo. Para isso necessitamos das disposições humildes da alma cristã: não pretender reduzir a grandeza de Deus aos nossos pobres conceitos, às nossas explicações humanas, mas compreender que esse mistério, na sua obscuridade, é uma luz que guia a vida dos homens.
Ao falar diante do presépio sempre procurei ver Cristo Nosso Senhor desta maneira, envolto em paninhos sobre a palha da manjedoura, e, enquanto ainda menino e não diz nada, vê-Lo já como doutor, como mestre. Preciso de considerá-Lo assim, porque tenho de aprender d'Ele. E para aprender d'Ele é necessário conhecer a sua vida: ler o Santo Evangelho, meditar no sentido divino do caminho terreno de Jesus.
Na verdade, temos de reproduzir na nossa, a vida de Cristo, conhecendo Cristo à força de ler a Sagrada Escritura e de a meditar, à força de fazer oração, como agora estamos fazendo diante do presépio.
É preciso entender as lições que nos dá Jesus já desde menino, desde recém-nascido, desde que os seus olhos se abriram para esta bendita terra dos homens. Jesus, crescendo e vivendo como um de nós, revela-nos que a existência humana, a vida corrente e ordinária, tem um sentido divino. (Cristo que passa, nn. 13–14)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Novo Ministro do Interior de Espanha: Entrevista

O novo ministro de Interior explica o seu reencontro com Deus depois de anos a virar-Lhe as costas

No seu gabinete no Congresso de Deputados há um enorme retrato de Tomás Moro, santo a quem João Paulo II pedia que se encomendassem os políticos para obter fortaleza, paciência, perseverança e bom humor. (…) Os que o conhecem bem dizem que o  Jorge de "agora" nada tem que ver com o de “antes”. Ele fala de conversão.

-O sua conversão foi ao modo de Santo Paulo ou ao de Santo Agostinho?
-Foi, guardando as distâncias, más agostiniana que paulina, no sentido de que não foi instantânea, mas que resisti muito.

-Vinha do ateísmo?
-Não.

-Então, do agnosticismo.
-Tampouco. Eu não negava Deus, simplesmente vivia como se não existisse, só me lembrava dele nos momentos difíceis. Era isso a que chamam um católico não praticante.

- Isso não é uma contradição?
-É. Mas eu vivia nessa contradição. A minha fé era uma fé morta porque era uma fé sem obras.

-Que mudou tudo?
-A convicção plena de que a minha vida só fazia sentido à luz de Deus. A partir desse momento, Ele começou a ter más presença na minha vida. É neste sentido não que falo de conversão.

-Em que consiste a sua vida com Deus?
-Digamos que o meu plano de vida está muito próximo da espiritualidade do Opus Dei: ir à missa todos os dias, rezar o Rosário, fazer uns tempos de oração, outro de leitura espiritual...

-Lê muito?
-Muito. Depois da minha conversão dei-me conta que o meu deficit em formação religiosa, moral e ética era importante. Tinha que recuperar o tempo perdido e a dedicar-me à leitura ajudou.

-O autor que más o marcou?
-São muitos, mas se tenho de mencionar um que quedar, elejo Vittorio Messori, a quem me unem tantas coisas. O providencialismo, por exemplo. Messori analisa os acontecimentos tendo em conta que Deus é o Senhor da Historia, do Tempo, da Cronologia. A mim também me atrai esse tipo de visão dos factos que se incorpora no que se chama Teologia da Historia.

-E o livro?
-Mencionarei três, ainda que haja muitos mais. O regresso do filho pródigo, de Henry Nouwen, A história de uma alma, de Santa Teresinha de Lisieux, e As confissões, de Santo Agostinho. Li-os pela primeira vez em 1997.

-É o ano de o seu caminho de regresso?
-1997 foi o ano em que o Senhor me disse: “Chegámos até aqui. Ou sim ou sopas”. Mas o meu caminho de regresso começou em 1991.

-Seis anos antes.
-Eu disse que a minha conversão foi mais agostiniana que paulina, pois tive muito que pedir.

-O que se passou em 1991?
-Encontrava-me em viajem oficial nos Estados Unidos, convidado pelo Departamento de Estado. Num fim-de-semana levaram-nos a Las Vegas. Ali, por meio de um grande amigo, que sem dúvida foi um instrumento da providência de Deus, Ele veio manifestamente ao meu encontro. O lembro-o e penso em São Paulo “Onde abundou o pecado, superabundou a Graça”.

-É fácil ter Deus presente no Congresso dos Deputados?
-Ainda pareça que Lhe tenhamos fechado a porta, ainda que às vezes não O queiramos ver ou escutar, tenho a íntima convicção de que Deus está muito presente no Congresso. As Cortes são o órgão legislativo do Estado e Deus, o grande legislador do universo.

-Como vive a política?
-Como um magnífico campo para o apostolado, a santificação e o serviço aos outros, como minha vocação pessoal e específica, o lugar donde Deus quer que esteja. Para um católico, dedicar-se à política, aqui e agora, é um desafio apaixonante.

-Como a vivia antes?
-Como uma actividade que me apaixonava. Mas estava instalado no relativismo, e quando não há convicções tudo é cálculo político, interesses partidários.

-Antes falava de providencialismo. Não acredita no azar?
-Na vida as coisas não sucedem porque sim ou graças aos amigos ou por esperto que se seja; tudo isto são causas segundas, mediações humanas, que, respeitando a liberdade de cada um, respondem aos desígnios de Deus. Voltando a Santo Agostinho e guardando de novo as distâncias, se penso no que me aconteceu antes da minha conversão, posso dizer como o de Hipona nas suas Confissões: “Ah, Senhor, eras Tu”.

(jorge fernández díaz, trad ama)

Ante o apostolado: "Eu não sirvo" 2

A desculpa da incapacidade provém do espírito de soberba, como sei o apostolado devesse os seus frutos ou êxitos aos grandes talentos do cristão; é acreditar que o "êxito" depende dos nossos tesouros, dos nossos grandes méritos ou qualidades. Todavia, Deus, na sua misericórdia, chama a cada um desde a sua própria fragilidade: conta com cada um como ele é. Nada provém de nós: o apóstolo é instrumento e receptáculo da graça que comunica aos outros. Daí provem a sua grandeza, do reconhecimento humilde do próprio ser e deixar a Deus ser Deus.
O Maligno dir-nos-á que somos incapazes, e, no fundo, crescerá o espírito de soberba. Somente nos resta confiar que o Senhor actuará por nosso meio, pondo nós o melhor de nós mesmos.

Javier Sánchez Martínez [i], trad ama


[i] Javier Sánchez Martínez, sacerdote da diocese de Córdoba, ordenado a 26 de Junho de 1999. Exerceu o ministério sacerdotal em varias paróquias, nol Centro de Orientación Familiar de Lucena (Córdoba) e como capelão de Mosteiros. Pregou retiros, jornadas anuais de Exercícios espirituais a leigos e religiosas e participado em diversos cursos de formação litúrgica; publicou artigos em revistas e colaborado em rádios e TV locais. É vigário paroquial da Asunción y de Santa Clara em Palma del Río (Córdoba) e está terminando a licenciatura em Teologia na Facultad de San Dámaso (Madrid)".

Evangelho do dia e comentário

Tempo de Natal I Semana

4º Dia da Oitava do Natal 29 de Dezembro


Evangelho: Lc 2, 22-35

22 Depois que se completaram os dias da purificação de Maria, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para O apresentar ao Senhor 23 segundo o que está escrito na Lei do Senhor: “Todo o varão primogénito será consagrado ao Senhor”, 24 e para oferecerem em sacrifício, conforme o que também está escrito na Lei do Senhor: “Um par de rolas ou dois pombinhos”. 25 Havia então em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem era justo e piedoso; esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. 26 Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte sem ver primeiro o Cristo do Senhor. 27 Foi ao templo conduzido pelo Espírito. E, levando os pais o Menino Jesus, para cumprirem as prescrições usuais da Lei a Seu respeito, 28 ele tomou-o nos braços e louvou a Deus, dizendo: 29 «Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz segundo a Tua palavra; 30 porque os meus olhos viram a Tua salvação, 31 que preparaste em favor de todos os povos; 32 luz para iluminar as nações, e glória de Israel, Teu povo». 33 O Seu pai e a Sua mãe estavam admirados das coisas que d'Ele se diziam. 34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, Sua mãe: «Eis que este Menino está posto para ruína e ressurreição de muitos em Israel e para ser sinal de contradição. 35 E uma espada trespassará a tua alma. Assim se descobrirão os pensamentos escondidos nos corações de muitos».

Comentário:

Bem-aventurado Simeão que soubeste reconhecer Quem ali era   apresentado!

Foram os olhos da alma, da esperança, da fé e da confiança que tal te permitiram.

Não eras nenhum imperador ou rei, sábio ou letrado mas tão só um homem com uma confiança total no Senhor.

Ajuda-nos a todos a ter essa confiança que dá a luz necessária aos nossos olhos para ver, sempre, em qualquer circunstância, o nosso Senhor.

(ama, comentário sobre Lc 2, 22-35, 2010.12.29)