06/05/2016

Antigo testamento / Génesis 44

Génesis 44

A taça de prata no saco

1 José deu as seguintes ordens ao administrador de sua casa: "Enche as bagagens desses homens com todo o mantimento que puderem carregar e coloca a prata de cada um na boca da sua bagagem.

2 Depois coloca a minha taça, a taça de prata, na boca da bagagem do mais novo, juntamente com a prata paga pelo trigo". E ele fez tudo conforme as ordens de José.

3 Assim que despontou a manhã, despediram os homens com os seus jumentos.

4 Ainda não se tinham afastado da cidade, quando José disse ao administrador da sua casa: "Vai atrás daqueles homens e, quando os alcançares, diz-lhes: Por que retribuístes o bem com o mal?

5 Não é esta a taça que o meu senhor usa para beber e para fazer adivinhações? Vós cometeste uma grande maldade!"

6 Quando ele os alcançou, repetiu-lhes essas palavras.

7 Mas eles responderam-lhe: "Por que o meu senhor diz isso? Longe dos seus servos fazer tal coisa!

8 Nós trouxemos-lhe de volta, da terra de Canaã, a prata que encontramos na boca da nossa bagagem. Como roubaríamos prata ou ouro da casa do teu senhor?

9 Se algum dos teus servos for encontrado com ela, morrerá; e nós, os demais, seremos escravos do meu senhor".

10 E disse ele: "Concordo. Somente quem for encontrado com ela será meu escravo; os demais estarão livres".

11 Cada um deles descarregou depressa a sua bagagem e abriu-a.

12 O administrador começou então a busca, desde a bagagem do mais velho até a do mais novo. E a taça foi encontrada na bagagem de Benjamim.

13 Diante disso, eles rasgaram as suas vestes. Em seguida, todos puseram a carga de novo nos seus jumentos e retornaram à cidade.

14 Quando Judá e os seus irmãos chegaram à casa de José, ele ainda lá estava. Então eles lançaram-se ao chão perante ele.

15 E José perguntou-lhes: "Que foi que fizeram? Não sabeis que um homem como eu tem poder para adivinhar?"

16 Respondeu Judá: "O que diremos ao meu senhor? Que podemos falar? Como podemos provar a nossa inocência? Deus trouxe à luz a culpa dos teus servos. Agora somos escravos do meu senhor, como também aquele que foi encontrado com a taça".

17 Disse, porém, José: "Longe de mim fazer tal coisa! Somente aquele que foi encontrado com a taça será meu escravo. Os demais podem voltar em paz para a casa do vosso pai".

18 Então Judá dirigiu-se a ele, dizendo: "Por favor, meu senhor, permite-me dizer-te uma palavra. Não se acenda a tua ira contra o teu servo, embora sejas igual ao próprio faraó.

19 O meu senhor perguntou a estes seus servos se ainda tínhamos pai e algum outro irmão.

20 E nós respondemos: Temos um pai já idoso, cujo filho mais novo nasceu na sua velhice. O irmão deste já morreu, e ele é o único filho da mesma mãe que restou, e o seu pai o ama muito.

21 "Então disseste aos teus servos que o trouxessem a ti para que os teus olhos pudessem vê-lo.

22 E nós respondemos ao meu senhor que o jovem não poderia deixar o seu pai, pois, caso o fizesse, o seu pai morreria.

23 Todavia disseste aos teus servos que, se o nosso irmão mais novo não viesse connosco, nunca mais veríamos a tua face.

24 Quando voltamos ao teu servo, a meu pai, contamos-lhe o que o meu senhor tinha dito.

25 "Quando o nosso pai nos mandou voltar para comprar um pouco mais de comida, nós lhe dissemos: 'Só poderemos voltar para lá, se o nosso irmão mais novo for connosco. Pois não poderemos ver a face daquele homem, a não ser que o nosso irmão maisnovo esteja connosco'.

26 "O teu servo, meu pai, disse-nos então: Sabeis que a minha mulher me deu apenas dois filhos.

27 Um deles foi-se, e eu disse: Com certeza foi despedaçado. E, até hoje, nunca mais o vi.

28 Se agora também levarem este de mim, e algum mal lhe acontecer, a tristeza que me causarão fará com que os meus cabelos brancos desçam à sepultura'.

29 "Agora, pois, se eu voltar ao teu servo, a meu pai, sem levar o jovem connosco, logo que meu pai, que é tão apegado a ele, perceber que o jovem não está connosco, morrerá. Os teus servos farão o seu velho pai descer os seus cabelos brancos à sepultura com tristeza.

30 "Além disso, o teu servo garantiu a segurança do jovem a seu pai, dizendo-lhe: 'Se eu não o trouxer de volta, suportarei essa culpa diante de ti pelo resto da minha vida!'

31 "Por isso agora te peço, por favor, deixa o teu servo ficar como escravo do meu senhor no lugar do jovem e permite que ele volte com os seus irmãos.

32 Como poderei eu voltar para meu pai sem levar o jovem comigo? Não! Não posso ver o mal que sobreviria a meu pai".

 (Revisão da versão portuguesa por ama)









Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.