Estamos de facto atentos aos que vivem nesta premente situação?
Numa bela casa, confortável e acolhedora não viverá alguém que conhecemos e que não tem ninguém com quem conversar uns minutos que seja?
Que tenha de vencer uma natural atitude de abandono e - não poucas vezes - de desleixo com a sua própria pessoa?
Qualquer um pode ajudar!
É absolutamente verdade.
Por exemplo pedindo a esse que se encarregue de um
pequeno serviço, uma tarefa simples e, talvez até, irrelevante, mas que além de
lhe dar uma ocupação também e sobretudo o fará sentir-se útil.
Mas o quê? Que posso pedir?
Tanta coisa! Escrever ou copiar um texto, e enviar umas mensagens, procurar umas informações, avaliar uma ideia, um projecto... de acordo, claro está, com as capacidades de cada um. Se não nos ocorre nada inventamos sempre com o cuidado de deixar transparecer que o que pedimos é importante para nós, mesmo que não o seja assim tanto.
As pessoas de mais idade têm algo de inestimável valor: a experiência de vida, o conhecimento empírico e ajustado das realidades da vida e, também, uma apurada noção que lhes permite distinguir o sonho da realidade.
No fim e ao cabo talvez tenhamos muito a ganhar!
Nada do que façamos com espírito de misericórdia ficará sem retorno.
Em primeiro lugar - talvez - a satisfação íntima de
ter feito algo bom e meritório; depois o agradecimento - mesmo que não expresso
por grandes palavras - daquele que foi objecto da nossa acção; e, sem dúvida
alguma, a alegria do Senhor.
Talvez que esta "alegria do Senhor" se traduza numa autêntica ajuda para conseguirmos uma melhoria pessoal na nossa vida.
Pequenos actos, como os grandes, nunca ficam sem
retorno.
Não disse Ele que o dar um simples copo de água
ficaria esquecido pelo nosso Pai, Deus?
Pois consideremos que esse "copo de água"
poderá ser "decisivo" na sentença que lavrará quando nos julgar.
Algumas vezes deixamo-nos embalar no quimérico sonho de deparar com uma circunstância ou ocasião ideais para - então sim! - fazer-mos algo grande, de suma importância e mérito.
Essa atitude coloca-nos numa situação delicada e muito
perigosa: podemos deixar passar, sem dar por isso, a oportunidade de manifestar
apoio, auxílio, solidariedade, numa palavra, misericórdia, a alguém que se
cruza connosco nos caminhos da vida.
Pode muito bem acontecer que tal situação não volte a
repetir-se e termos falhado definitivamente no que era nossa obrigação dever
fazer. [1]
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