Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
31/05/2018
Evangelho e comentário
Santíssimo Corpo e
Sangue de Cristo
Evangelho: Mc 14, 12-16. 22-26
12
No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava o cordeiro pascal, os discípulos
perguntaram a Jesus: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a
Páscoa?». 13 Jesus enviou dois discípulos e disse-lhes: «Ide à cidade. Virá ao
vosso encontro um homem com uma bilha de água. Segui-o 14 e, onde ele entrar,
dizei ao dono da casa: «O Mestre pergunta: Onde está a sala, em que hei-de
comer a Páscoa com os meus discípulos?». 15 Ele vos mostrará uma grande sala no
andar superior, alcatifada e pronta. Preparai-nos lá o que é preciso». 16 Os
discípulos partiram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus lhes tinha
dito e prepararam a Páscoa.
22
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, recitou a bênção e partiu-o, deu-o aos
discípulos e disse: «Tomai: isto é o meu Corpo». 23 Depois tomou um cálice, deu
graças e entregou-lho. E todos beberam dele. 24 Disse Jesus: «Este é o meu
Sangue, o Sangue da nova aliança, derramado pela multidão dos homens. 25 Em
verdade vos digo: Não voltarei a beber do fruto da videira, até ao dia em que
beberei do vinho novo no reino de Deus». 26 Cantaram os salmos e saíram para o
monte das Oliveiras.
Comentário:
Jesus
Cristo quer que tudo se cumpra como está determinado nos planos da Redenção,
por isso mesmo, usa a precaução que se impõe para que não se saiba onde vai
celebrar a Páscoa com os Doze.
Convém
até que um deles não saiba de antemão, onde será.
Todos
os factos, episódios e acontecimentos que antecedem a Paixão são importantes
mas, neles, avulta a Última Ceia porque justamente será durante a mesma que
Cristo, depois da saída de Judas, instituirá o Sacerdócio ao dar aos Seus
Apóstolos a faculdade de repetirem para todo o sempre o milagre da Consagração
Eucarística.
De
facto, é onde o Senhor decide com uma generosidade e humildade que nos espanta,
ficar para sempre connosco para ser o nosso alimento, o Viático para a Vida
Eterna.
(ama,
comentário sobre Mc 14, 12-16. 22-26, 2012.05.03)
FESTA DO CORPO DE DEUS
Hoje
a Igreja celebra a grande festa do Corpo de Deus que remonta ao século XIII
instituída pelo papa Urbano IV.
O
sentido desta festa é a consideração e o culto à presença real de Cristo na
Eucaristia. São Tomás de Aquino compôs especialmente para esta festa dois
belíssimos hinos, dos quais, talvez o mais conhecido seja o "Adorote devote" [i] que é
costume de muitos cristãos recitarem ás 5ªs Feiras durante as acções de graças
da Sagrada Comunhão.
Não
havemos de parar na nossa admiração pela misericórdia de Jesus Cristo em ficar
connosco - para sempre - oculto no Sacrário das Igrejas da terra.
Ali
está Ele, esperando por nós, por uma pequena visita durante o dia ou, se o não
pudermos fazer, um elevar do nosso pensamento até ao sacrário mais próximo,
dizendo-lhe, no interior do nosso coração o que o Anjo de Portugal ensinou aos
Pastorinhos de Fátima:
«Meu Deus, eu
creio, adoro, espero e amo-Te; peço-vos perdão para os que não creem, não
adoram, não esperam e não Vos amam»
(AMA, Palestra, Porto,
19.06.2003)
[i] Adoro-te com amor Deus escondido, que
sob estas espécies és presente, dou-te o meu coração, inteiramente em Tua
contemplação desfalecido. A vista, o tacto, o gosto nada sabem, só no que o ouvido
sabe se há-de crer, creio em tudo o que o Filho de Deus veio dizer, nada mais
verdadeiro pode ser que a própria palavra da Verdade. Na Cruz estava oculta a
divindade, aqui também o está a humanidade e, contudo, eu creio e confesso que
ambas estão aqui na realidade e que o que pedia o bom ladrão eu peço.
Não
vejo as chagas como Tomé, mas confesso-te, meu Deus e meu Senhor, faz-me ter
cada vez mais fé, uma esperança maior e mais amor. Oh memorial morte do Senhor,
oh vivo pão que ao homem dás a vida, que a minha alma sempre de ti viva, que
sempre lhe seja doce o teu sabor. Oh doce pelicano, oh bom Jesus, lava-me com o
Teu Sangue, a mim, imundo, com esse Sangue do qual uma só gota pode salvar do
pecado todo o mundo. Jesus a Quem contemplo oculto agora, dá-me o que eu desejo
ansiosamente: ver-te face a face na Tua Glória e na Glória contemplar-te
eternamente.
Temas para reflectir e meditar
Desprendimento
Não nos bastaria viver desprendidos das coisas, se não renunciássemos também a nós próprios.
Mas... aonde iremos fora de nós?
Quem é o que renuncia, se a si mesmo se deixa?
Não nos bastaria viver desprendidos das coisas, se não renunciássemos também a nós próprios.
Mas... aonde iremos fora de nós?
Quem é o que renuncia, se a si mesmo se deixa?
Sabei que é diferente a nossa situação enquanto caídos no pecado e enquanto formados por Deus.
Fomos criados numa forma e encontramo-nos noutra diferente por causa de nós mesmos.
Renunciemos a nós próprios, naquilo em que nos convertemos pelo pecado e mantenhamo-nos como fomos constituídos pela graça.
Assim, se o que foi soberbo, convertendo-se a Cristo, se torna humilde, já renunciou a si mesmo; se um luxurioso se converte a uma vida continente, também renunciou a si próprio, naquilo que era antes; se um avarento deixa de o ser e, em vez de se apoderar do alheio, começa a ser generoso com o que lhe pertence, certamente se negou a si próprio.
Fomos criados numa forma e encontramo-nos noutra diferente por causa de nós mesmos.
Renunciemos a nós próprios, naquilo em que nos convertemos pelo pecado e mantenhamo-nos como fomos constituídos pela graça.
Assim, se o que foi soberbo, convertendo-se a Cristo, se torna humilde, já renunciou a si mesmo; se um luxurioso se converte a uma vida continente, também renunciou a si próprio, naquilo que era antes; se um avarento deixa de o ser e, em vez de se apoderar do alheio, começa a ser generoso com o que lhe pertence, certamente se negou a si próprio.
(São Gregório Magno, In Evangelia Homíliae, XXXII, trad do cast. ama)
Leitura espiriitual
Segundo a edição de 1562
PRÓLOGO
CAPÍTULO 30
11.
Hame acaecido y me acuerdo ser un día antes de la víspera de Corpus Christi,
fiesta de quien yo soy devota, aunque no tanto como es razón. Esta vez duróme
sólo hasta el día, que otras dúrame ocho y quince días, y aun tres semanas, y
no sé si más, en especial las Semanas Santas, que solía ser mi regalo de
oración.
Me
acaece que coge de presto el entendimiento por cosas tan livianas a las veces,
que otras me riera yo de ellas; y hácele estar trabucado en todo lo que él
quiere y el alma aherrojada allí, sin ser señora de sí ni poder pensar otra
cosa más de los disparates que él la representa, que casi ni tienen tomo ni
atan ni desatan; sólo ata para ahogar de manera el alma, que no cabe en sí. Y
es así que me ha acaecido parecerme que andan los demonios como jugando a la pelota
con el alma, y ella que no es parte para librarse de su poder.
No
se puede decir lo que en este caso se padece. Ella anda a buscar reparo, y
permite Dios no le halle. Sólo queda siempre la razón del libre albedrío, no
clara. Digo yo que debe ser casi tapados los ojos, como una persona que muchas
veces ha ido por una parte, que, aunque sea noche y a oscuras, ya por el tino
pasado sabe adónde puede tropezar, porque lo ha visto de día, y guárdase de
aquel peligro. Así es para no ofender a Dios, que parece se va por la
costumbre. Dejemos aparte el tenerla el Señor, que es lo que hace al caso.
12.
La fe está entonces tan amortiguada y dormida como todas las demás virtudes,
aunque no perdida, que bien cree lo que tiene la Iglesia, mas pronunciado por
la boca, y que parece por otro cabo la aprietan y entorpecen para que, casi
como cosa que oyó de lejos, le
parece
conoce a Dios.
El
amor tiene tan tibio que, si oye hablar en El, escucha como una cosa que cree
ser el que es porque lo tiene la Iglesia; mas no hay memoria de lo que ha
experimentado en sí.
Irse
a rezar, no es sino más congoja, o estar en soledad; porque el tormento que en
sí se siente, sin saber de qué, es incomportable.
A
mi parecer, es un poco del traslado del infierno. Esto es así, según el Señor
en una visión me dio a entender; porque el alma se quema en sí, sin saber quién ni por dónde le
ponen fuego, ni cómo huir de él, ni con qué le matar.
Pues
quererse remediar con leer, es como si no se supiese. Una vez me acaeció ir a
leer una vida de un santo para ver si me embebería y para consolarme de lo que
él padeció, y leer cuatro o cinco veces otros tantos renglones y, con ser
romance, menos entendía de ellos a la postre que al principio, y así lo dejé.
Esto me acaeció muchas veces, sino que ésta se me acuerda más en particular.
13.
Tener, pues, conversación con nadie, es peor. Porque un espíritu tan disgustado
de ira pone el demonio, que parece a todos me querría comer, sin poder hacer
más, y algo parece se hace en irme a la mano, o hace el Señor en tener de su
mano a quien así está, para que no diga ni haga contra sus prójimos cosa que
los perjudique y en que ofenda a Dios.
Pues
ir al confesor, esto es cierto que muchas veces me acaecía lo que diré, que,
con ser tan santos como lo son los que en este tiempo he tratado y trato, me
decían palabras y me reñían con una aspereza, que después que se las decía yo
ellos mismos se espantaban y me decían que no era más en su mano. Porque, aunque
ponían muy por sí de no lo hacer otras veces (que se les hacía después lástima
y aún escrúpulo), cuando tuviese semejantes trabajos de cuerpo y de alma, y se determinaban
a consolarme con piedad, no podían. No decían ellos malas palabras -digo en que
ofendiesen a Dios-, mas las más disgustadas que se sufrían para confesor.
Debían pretender mortificarme, y aunque otras veces me holgaba y estaba para
sufrirlo, entonces todo me era tormento.
Pues
dame también parecer que los engaño, e iba a ellos y avisábalos muy a las veras
que se guardasen de mí, que podría ser los engañase. Bien veía yo que de
advertencia no lo haría, ni les diría mentira, mas todo me era temor. Uno
medijo una vez, como entendió la tentación, que no tuviese pena, que aunque yo
quisiese engañarle, seso tenía él para no dejarse engañar. Esto me dio mucho
consuelo.
14.
Algunas veces - y casi ordinario, al menos lo más continuo – en acabando de comulgar
descansaba; y aun algunas, en llegando al Sacramento, luego a la hora quedaba
tan buena, alma y cuerpo, que yo me espanto. No parece sino que en un punto se
deshacen todas las tinieblas del alma y, salido el sol, conocía las tonterías
en que había estado.
Otras,
con sola una palabra que me decía el Señor, con sólo decir:
No
estés fatigada; no hayas miedo - como ya dejo otra vez dicho -quedaba del todo
sana, o con ver alguna visión, como si no hubiera
tenido
nada. Regalábame con Dios; quejábame a El cómo consentía tantos tormentos que
padeciese; mas ello era bien pagado, que casi siempre eran después en gran
abundancia las mercedes.
No
me parece sino que sale el alma del crisol como el oro, más afinada y
clarificada, para ver en sí al Señor. Y así se hacen después pequeños estos
trabajos con parecer incomportables, y se desean tornar a padecer, si el Señor
se ha de servir más de ello. Y aunque haya mas tribulaciones y persecuciones,
como se pasen sin ofender al Señor, sino holgándose de padecerlo por El, todo
es para mayor ganancia, aunque como se han de llevar no los llevo yo, sino harto
imperfectamente.
15.Otras
veces me venían de otra suerte, y vienen, que de todo punto me parece se me
quita la posibilidad de pensar cosa buena ni desearla hacer, sino un alma y
cuerpo del todo inútil y pesado; mas no tengo con esto estotras tentaciones y
desasosiegos, sino un disgusto, sin entender de qué, ni nada contenta al alma.
Procuraba hacer buenas obras exteriores para ocuparme medio por fuerza, y conozco
bien lo poco que es un alma cuando se esconde la gracia.
No
me daba mucha pena, porque este ver mi bajeza me daba alguna satisfacción.
16.
Otras veces me hallo que tampoco cosa formada puedo pensar de Dios ni de bien
que vaya con asiento, ni tener oración, aunque esté en soledad; mas siento que
le conozco. El entendimiento e imaginación entiendo yo es aquí lo que me daña,
que la voluntad buena me parece a mí que está y dispuesta para todo bien. Mas este
entendimiento está tan perdido, que no parece sino un loco furioso que nadie le
puede atar, ni soy señora de hacerle estar quedo un credo. Algunas veces me río
y conozco mi miseria, y estoyle mirando y déjole a ver qué hace; y -gloria a
Dios- nunca por maravilla va a cosa mala, sino indiferentes: si algo hay que
hacer aquí y allí y acullá. Conozco más entonces la grandísima merced que me
hace el Señor cuando tiene atado este loco en perfecta contemplación. Miro qué
sería si me viesen este desvarío las personas que me tienen por buena. He
lástima grande al alma de verla en tan mala compañía. Deseo verla con libertad,
y así digo al Señor: «¿cuándo, Dios mío, acabaré ya de ver mi alma junta en vuestra
alabanza, que os gocen todas las potencias? ¡No permitáis, Señor, sea ya más
despedazada, que no parece sino que cada pedazo anda por su cabo!».
Esto
paso muchas veces. Algunas bien entiendo le hace harto al caso la poca salud
corporal. Acuérdome mucho del daño que nos hizo el primer pecado, que de aquí
me parece nos vino ser incapaces de gozar tanto bien en un ser, y deben ser los
míos, que, si yo no hubiera tenido tantos, estuviera más entera en el bien.
Publicações em 31 Maio
NOTA de AMA:
Se quiser, e para evitar duplicações, pode comunicar os seus reenvios para: ontiano@gmail.com
Publicações em 31 de Maio 2018:
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NUNC COEPI tem como único objectivo o trabalho apostólico de informação e formação Cristã seguindo as recomendações do Magistério da Igreja Católica.
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Publicações em 31 de Maio 2018:
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Participar na Santa Missa.
Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.
Lembrar-me:
Comunhões espirituais.
Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
30/05/2018
Leitura espiritual
Segundo a edição de 1562
PRÓLOGO
CAPÍTULO 31
7.
Vino una persona a mí que había dos años y medio que estaba en un pecado
mortal, de los más abominables que yo he oído, y en todo este tiempo ni le
confesaba ni se enmendaba, y decía misa. Y aunque confesaba otros, éste decía
que cómo le había de confesar, cosa tan fea. Y tenía gran deseo de salir de él
y no se podía valer a sí. A mí hízome gran lástima; y ver que se ofendía Dios
de tal manera, me dio mucha pena. Prometíle de suplicar mucho a Dios le remediase
y hacer que otras personas lo hiciesen, que eran mejores que yo, y escribía a
cierta persona que él me dijo podía da las cartas. Y es así que a la primera se
confesó; que quiso Dios (por las muchas personas muy santas que lo habían
suplicado a Dios, que se lo había yo encomendado) hacer con esta alma esta misericordia,
y yo, aunque miserable, hacía lo que podía con harto cuidado.
Escribióme
que estaba ya con tanta mejoría, que había días que no caía en él; mas que era
tan grande el tormento que le daba la tentación, que parecía estaba en el
infierno, según lo que padecía; que le encomendase a Dios. Yo lo torné a
encomendar a mis Hermanas, por cuyas oraciones debía el Señor hacerme esta merced,
que lo tomaron muy a pechos. Era persona que no podía nadie atinar en quién
era. Yo supliqué a Su Majestad se aplacasen aquellos tormentos y tentaciones, y
se viniesen aquellos demonios a atormentarme a mí, con que yo no ofendiese en
nada al Señor.
Es
así que pasé un mes de grandísimos tormentos. Entonces eran estas dos cosas que
he dicho.
8.
Fue el Señor servido que le dejaron a él. Así me lo escribieron, porque yo le
dije lo que pasaba en este mes. Tomó fuerza su alma y quedó del todo libre, que
no se hartaba de dar gracias al Señor y a mí, como si yo hubiera hecho algo,
sino que ya el crédito que tenía de que el Señor me hacía mercedes le
aprovechaba. Decía que cuando se veía muy apretado, leía mis cartas y se le
quitaba la tentación, y estaba muy espantado de lo que yo había padecido y cómo
se había librado él. Y aun yo me espanté y lo sufriera otros muchos años por
ver aquel alma libre. Sea alabado por todo, que mucho puede la oración de los
que sirven al Señor, como yo creo lo hacen en esta casa estas hermanas; sino
que, como yo lo procuraba, debían los demonios indignarse más conmigo, y el Señor por mis pecados lo permitía.
9.
En este tiempo también una noche pensé me ahogaban; y como echaron mucha agua
bendita, vi ir mucha multitud de ellos, como quien se va desempeñando. Son tantas
veces las que estos malditos me atormentan y tan poco el miedo que yo ya los
he, con ver que no se pueden menear si el Señor no les da licencia, que cansaría
a vuestra merced y me cansaría si las dijese.
10.
Lo dicho aproveche de que el verdadero siervo de Dios se le dé poco de estos
espantajos que éstos ponen para hacer temer.
Sepan
que, a cada vez que se nos da poco de ellos, quedan con menos fuerza y el alma
muy más señora. Siempre queda algún gran provecho, que por no alargar no lo
digo.
Sólo
diré esto que me acaeció una noche de las ánimas: estando en un oratorio,
habiendo rezado un nocturno y diciendo unas oraciones muy devotas -que están al
fin de él- muy devotas que tenemos en nuestro rezado, se me puso sobre el libro
para que no acabase la oración. Yo me santigüé, y fuese. Tornando a comenzar, tornóse.
Creo fueron tres veces las que la comencé y, hasta que eché agua bendita, no
pude acabar. Vi que salieron algunas almas del purgatorio en el instante, que
debía faltarlas poco, y pensé si pretendía estorbar esto.
Pocas
veces le he visto tomando forma y muchas sin ninguna forma, como la visión que
sin forma se ve claro está allí, como he dicho.
11.
Quiero también decir esto, porque me espantó mucho: estando un día de la
Trinidad en cierto monasterio en el coro y en arrobamiento, vi una gran
contienda de demonios contra ángeles.
Yo
no podía entender qué querría decir aquella visión. Antes de quince días se entendió bien en cierta
contienda que acaeció entre gente de oración y muchos que no lo eran, y vino
harto daño a la casa que era; fue contienda que duró mucho y de harto desasosiego.
Otras
veces veía mucha multitud de ellos en rededor de mí, y parecíame estar una gran
claridad que me cercaba toda, y ésta no les consentía llegar a mí. Entendí que
me guardaba Dios, para que no llegasen a mí de manera que me hiciesen
ofenderle. En lo que he visto en mí algunas veces, entendí que era verdadera
visión.
El
caso es que ya tengo tan entendido su poco poder, si yo no soy contra Dios, que
casi ningún temor los tengo. Porque no son nada sus fuerzas, si no ven almas
rendidas a ellos y cobardes, que aquí muestran ellos su poder.
Algunas
veces, en las tentaciones que ya dije, me parecía que todas las vanidades y
flaquezas de tiempos pasados tornaban a despertar en mí, que tenía bien que
encomendarme a Dios. Luego era el tormento de parecerme que, pues me venían
aquellos pensamientos, que debía de ser todo demonio, hasta que me sosegaba el
confesor. Porque aun primer movimiento de mal
pensamiento me parecía a mí no había de tener quien tantas mercedes
recibía del Señor.
12.
Otras veces me atormentaba mucho y aún ahora me atormenta ver que se hace mucho
caso de mí, en especial personas principales, y de que decían mucho bien. En
esto he pasado y paso mucho. Miro luego a la vida de Cristo y de los santos, y
paréceme que voy al revés, que ellos no iban sino por desprecio e injurias.
Háceme
andar temerosa y como que no oso alzar la cabeza ni querría parecer, lo que no
hago cuando tengo persecuciones. Anda el ánima tan señora, aunque el cuerpo lo
siente, y por otra parte ando afligida, que yo no sé cómo esto puede ser; mas
pasa así, que entonces parece está el alma en su reino y que lo trae todo
debajo de los pies.
Dábame
algunas veces y duróme hartos días, y parecía era virtud y humildad por una
parte, y ahora veo claro que era tentación. Un fraile dominico, gran letrado,
me lo declaró bien. Cuando pensaba que estas mercedes que el Señor me hace se
habían de venir a saber en público, era tan excesivo el tormento, que me
inquietaba mucho el ánima. Vino a términos que, considerándolo, de mejor gana
me parece me determinaba a que me enterraran viva que por esto. Y así, cuando
me comenzaron estos grandes recogimientos o arrobamientos a no poder
resistirlos aun en público, quedaba yo después tan corrida, que no quisiera
parecer adonde nadie me viera.
13.
Estando una vez muy fatigada de esto, me dijo el Señor, que qué temía; que en
esto no podía, sino haber dos cosas: o que murmurasen de mí, o alabarle a El;
dando a entender que los que lo creían, le alabarían, y los que no, era
condenarme sin culpa, y que entrambas cosas eran ganancia para mí; que no me
fatigase.
Mucho
me sosegó esto, y me consuela cuando se me acuerda.
Vino
a términos la tentación, que me quería ir de este lugar y dotar en otro
monasterio muy más encerrado que en el que yo al presente estaba, que había
oído decir muchos extremos de él. Era también de mi Orden, y muy lejos, que eso
es lo que a mí me consolara, estar adonde no me conocieran; y nunca mi confesor
me dejó.
14.
Mucho me quitaban la libertad del espíritu estos temores, que después vine yo a
entender no era buena humildad, pues tanto inquietaba, y me enseñó el Señor
esta verdad: que yo tan determinada y cierta estuviera que no era ninguna cosa
buena mía, sino de Dios, que así como no me pesaba de oír loar a otras personas,
antes me holgaba y consolaba mucho de ver que allí se mostraba Dios, que
tampoco me pesaría mostrase en mí sus obras.
15.
También di en otro extremo, que fue suplicar a Dios - y hacía oración
particular - que cuando a alguna persona le pareciese algo bien en mí, que Su
Majestad le declarase mis pecados, para que viese cuán sin mérito mío me hacía
mercedes, que esto deseo yo siempre mucho. Mi confesor me dijo que no lo
hiciese. Mas hasta ahora poco ha, si veía yo que una persona pensaba de mí bien
mucho, por rodeos o como podía le daba a entender mis pecados, y con esto
parece descansaba. También me han puesto mucho escrúpulo en esto.
16.
Procedía esto no de humildad, a mi parecer, sino de una tentación venían
muchas. Parecíame que a todos los traía engañados y, aunque es verdad que andan
engañados en pensar que hay algún bien en mí, no era mi deseo engañarlos, ni
jamás tal pretendí, sino que el Señor por algún fin lo permite; y así, aun con los
confesores, si no viera era necesario, no tratara ninguna cosa, que se me
hiciera gran escrúpulo.
Todos
estos temorcillos y penas y sombra de humildad entiendo yo ahora era harta
imperfección, y de no estar mortificada; porque un alma dejada en las manos de
Dios no se le da más que digan bien que mal, si ella entiende bien bien
entendido -como el Señor quiere hacerle merced que lo entienda- que no tiene
nada de sí. Fíese de quien se lo da, que sabrá por qué lo descubre, y aparéjese
a la persecución, que está cierta en los tiempos de ahora, cuando de alguna
persona quiere el Señor se entienda que la hace semejantes mercedes; porque hay
mil ojos para un alma de éstas, adonde para mil almas de otra hechura no hay
ninguno.
SANTA TERESA DE JESÚS O DE ÁVILA
Evangelho e comentário
Evangelho: Mc 10, 32-45
32 Iam a caminho, subindo para
Jerusalém, e Jesus seguia à frente deles. Estavam espantados, e os que seguiam
estavam cheios de medo. Tomando de novo os Doze consigo, começou a dizer-lhes o
que lhe ia acontecer: 33 «Eis que subimos a Jerusalém e o Filho do Homem vai
ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei, e eles vão condená-lo
à morte e entregá-lo aos gentios. 34 E hão-de escarnecê-lo, cuspir sobre Ele
açoitá-lo e matá-lo. Mas, três dias depois, ressuscitará.» 35 Tiago e João,
filhos de Zebedeu, aproximaram-se dele e disseram: «Me,stre, queremos que nos
faças o que te pedimos.» 36 Disse-lhes: «Que quereis que vos faça?» 37 Eles
disseram: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e
outro à tua esquerda.» 38 Jesus respondeu: «Não sabeis o que pedis. Podeis
beber o cálice que Eu bebo e receber o baptismo com que Eu sou baptizado?» 39
Eles disseram: «Podemos, sim.» Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu bebo
e sereis baptizados com o baptismo com que Eu sou baptizado; 40 mas o sentar-se
à minha direita ou à minha esquerda não pertence a mim concedê-lo: é daqueles para
quem está reservado.» 41 Os outros dez, tendo ouvido isto, começaram a
indignar-se contra Tiago e João. 42 Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis como
aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua
autoridade sobre elas, e como os grandes exercem o seu poder. 43 Não deve ser
assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo 44 e
quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos. 45 Pois também
o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em
resgate por todos.»
Comentário:
Nem sempre é fácil servir quando é o nosso critério
que decide como servir e a quem servir.
Evidentemente que nós cristãos sabemos muito bem como
tornear essa dificuldade, basta-nos cumprir em tudo a Vontade de Deus.
(ama, comentário sobre Mc 10,
32-45, 25.05.2016)
Temas para reflectir e meditar
Filhos
Não tenhais medo aos filhos. São sempre uma bênção de Deus.
No momento da concepção, Deus cria a alma, que é imortal.
Confia-a aos pais, para que eduquem essa pessoa humana de modo que cumpra a sua missão.
E a principal missão dos homens e das mulheres é chegar ao Céu e gozar para sempre, para sempre, da companhia de Deus.
Para que alcancem esse fim, o Senhor confia nos pais; põe nas suas mãos essas almas tenras, esses seres humanos recém nascidos, para que os vão moldando, como o escultor molda o barro ao realizar uma escultura.
Os filhos hão-de ser como a escultura de Deus, têm de parecer-se com Ele.
Não tenhais medo aos filhos. São sempre uma bênção de Deus.
No momento da concepção, Deus cria a alma, que é imortal.
Confia-a aos pais, para que eduquem essa pessoa humana de modo que cumpra a sua missão.
E a principal missão dos homens e das mulheres é chegar ao Céu e gozar para sempre, para sempre, da companhia de Deus.
Para que alcancem esse fim, o Senhor confia nos pais; põe nas suas mãos essas almas tenras, esses seres humanos recém nascidos, para que os vão moldando, como o escultor molda o barro ao realizar uma escultura.
Os filhos hão-de ser como a escultura de Deus, têm de parecer-se com Ele.
(Beato Álvaro del Portillo, Tertúlia em Sidney, 1987)
El reto del amor
VIVE DE CRISTO®Dominicas de Lerma
Publicações em 30 Maio
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Publicações em 30 de Maio 2018:
- Leitura espiritual
- Evangelho e comentário
- Devoción a la Virgen
- Lembrar-se de Deus durante o dia
- Temas para reflectir e meditar
- El reto del amor
- Pequena agenda do cristão
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Simplicidade e modéstia.
Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.
Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.
Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.
Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
29/05/2018
Leitura espiritual
Segundo a edição de 1562
PRÓLOGO
CAPÍTULO 30/31
17.
Pasé también otro gran trabajo: que como todos los libros que leía que tratan
de oración me parecía los entendía todos y que ya me había dado aquello el
Señor, que no los había menester, y así no los leía, sino vidas de Santos, que,
como yo me hallo tan corta en lo que ellos servían a Dios, esto parece me
aprovecha y anima.
Parecíame
muy poca humildad pensar yo había llegado a tener aquella oración; y como no
podía acabar conmigo otra cosa, dábame mucha pena, hasta que letrados y el
bendito Fray Pedro de Alcántara me dijeron que no se me diese nada. Bien veo yo
que en el servir a Dios no he comenzado -aunque en hacerme Su Majestad mercedes
es como a muchos buenos- y que estoy hecha una imperfección, si no es en los
deseos y en amar, que en esto bien veo me ha favorecido el Señor para que le
pueda en algo servir.
Bien
me parece a mí que le amo, mas las obras me desconsuelan y las muchas
imperfecciones que veo en mí.
18.
Otras veces me da una bobería de alma - digo yo que es -, que ni
bien
ni mal me parece que hago, sino andar al hilo de la gente, como dicen: ni con
pena ni con gloria, ni la da vida ni muerte, ni placer ni pesar. No parece se
siente nada. Paréceme a mí que anda el alma como un asnillo que pace, que se
sustenta porque lo dan de comer y come casi sin sentirlo; porque el alma en
este estado no debe estar sin comer algunas grandes mercedes de Dios, pues en vida
tan miserable no le pesa de vivir y lo pasa con igualdad, mas no se sienten
movimientos ni efectos para que se entienda el alma.
19.
Paréceme ahora a mí como un navegar con un aire muy sosegado, que se anda mucho
sin entender cómo; porque en estotras maneras son tan grandes los efectos, que
casi luego ve el alma su mejora. Porque luego bullen los deseos y nunca acaba
de satisfacerse un alma. Esto tienen los grandes ímpetus de amor que he dicho,
a quien Dios los da. Es como unas fontecicas que yo he visto manar, que nunca
cesa de hacer movimiento la arena hacia arriba.
Al
natural me parece este ejemplo o comparación de las almas que aquí llegan:
siempre está bullendo el amor y pensando qué hará.
No
cabe en sí, como en la tierra parece no cabe aquel agua, sino que la echa de
sí. Así está el alma muy ordinario, que no sosiega ni cabe en sí con el amor
que tiene; ya la tiene a ella empapada en sí.
Querría
bebiesen los otros, pues a ella no la hace falta, para que la ayudasen a alabar
a Dios. ¡Oh, qué de veces me acuerdo del agua viva que dijo el Señor a la Samaritana!,
y así soy muy aficionada a aquel Evangelio; y es así, cierto, que sin entender
como ahora este bien, desde muy niña lo era, y suplicaba muchas veces al Señor
me
diese
aquel agua, y la tenía dibujada adonde estaba siempre, con este letrero, cuando
el Señor llegó al pozo. Domine, da mihi aquam.
20.
Parece también como un fuego que es grande y, para que no se aplaque, es
menester haya siempre qué quemar. Así son las almas que digo. Aunque fuese muy
a su costa, querrían traer leña para que no cesase este fuego. Yo soy tal que
aun con pajas que pudiese echar en él me contentaría, y así me acaece algunas y
muchas veces; unas me río y otras me fatigo mucho. El movimiento interior me
incita a que sirva en algo -de que no soy para más- en poner ramitos y flores a
imágenes, en barrer, en poner un oratorio, en unas cositas tan bajas que me
hacía confusión. Si hacía o hago algo de penitencia, todo poco y de manera que,
a no tomar el Señor la voluntad, veía yo era sin ningún tomo, y yo misma burlaba
de mí.
Pues
no tienen poco trabajo a ánimas que da Dios por su bondad este fuego de amor
suyo en abundancia, faltar fuerzas corporales para hacer algo por El. Es una
pena bien grande. Porque, como le faltan fuerzas para echar alguna leña en este
fuego y ella muere porque no se mate, paréceme que ella entre sí se consume y
hace ceniza y se deshace en lágrimas y se quema; y es harto tormento, aunque es
sabroso.
21.
Alabe muy mucho al Señor el alma que ha llegado aquí y le da fuerzas corporales
para hacer penitencia, o le dio letras y talentos y libertad para predicar y
confesar y llegar almas a Dios. Que no sabe
ni
entiende el bien que tiene, si no ha pasado por gustar qué es no poder hacer
nada en servicio del Señor, y recibir siempre mucho.
Sea
bendito por todo y denle gloria los ángeles, amén.
22.
No sé si hago bien de escribir tantas menudencias. Como vuestra merced me tornó
a enviar a mandar que no se me diese nada de alargarme ni dejase nada, voy
tratando con claridad y verdad lo que se me acuerda. Y no puede ser menos de
dejarse mucho, porque sería gastar mucho más tiempo, y tengo tan poco como he
dicho, y por ventura no sacar ningún provecho.
CAPÍTULO 31
1.
Quiero decir, ya que he dicho algunas tentaciones y turbaciones interiores y secretas
que el demonio me causaba, otras que hacía casi públicas en que no se podía
ignorar que era él.
2.
Estaba una vez en un oratorio, y aparecióme hacia el lado izquierdo, de
abominable figura; en especial miré la boca, porque me habló, que la tenía espantable.
Parecía le salía una gran llama del cuerpo, que estaba toda clara, sin sombra.
Díjome espantablemente que bien me había librado de sus manos, mas que él me
tornaría a ellas. Yo tuve gran temor y santigüéme como pude, y desapareció y
tornó luego. Por dos veces me acaeció esto.
Yo
no sabía qué me hacer. Tenía allí agua bendita y echélo hacia aquella parte, y
nunca más tornó.
3.
Otra vez me estuvo cinco horas atormentando, con tan terribles dolores y
desasosiego interior y exterior, que no me parece se podía ya sufrir. Las que
estaban conmigo estaban espantadas y no sabían qué se hacer ni yo cómo valerme.
Tengo por costumbre, cuando los dolores y mal corporal es muy intolerable,
hacer actos como puedo entre mí, suplicando al Señor, si se sirve de aquello, que
me dé Su Majestad paciencia y me esté yo así hasta el fin del mundo.
Pues
como esta vez vi el padecer con tanto rigor, remediábame con estos actos para
poderlo llevar, y determinaciones. Quiso el Señor entendiese cómo era el
demonio, porque vi cabe mí un negrillo muy
abominable,
regañando como desesperado de que adonde pretendía ganar perdía. Yo, como le
vi, reíme, y no hube miedo, porque había allí algunas conmigo que no se podían
valer ni sabían qué remedio poner a tanto tormento, que eran grandes los golpes
que me hacía dar sin poderme resistir, con cuerpo y cabeza y brazos. Y lo peor
era el desasosiego interior, que de ninguna suerte podía tener sosiego. No
osaba pedir agua bendita por no las poner miedo y porque no entendiesen lo que
era.
4.
De muchas veces tengo experiencia que no hay cosa con que huyan más para no
tornar. De la cruz también huyen, mas vuelven.
Debe
ser grande la virtud del agua bendita. Para mí es particular y muy conocida
consolación que siente mi alma cuando lo tomo. Es cierto que lo muy ordinario
es sentir una recreación que no sabría yo darla a entender, como un deleite
interior que toda el alma me conforta. Esto no es antojo, ni cosa que me ha
acaecido sola una vez, sino muy muchas, y mirado con gran advertencia. Digamos como
si uno estuviese con mucha calor y sed y bebiese un jarro de agua fría, que
parece todo él sintió el refrigerio. Considero yo qué gran cosa es todo lo que
está ordenado por la Iglesia, y regálame mucho ver que tengan tanta fuerza
aquellas palabras, que así la pongan en el agua, para que sea tan grande la
diferencia que hace a lo que no es bendito.
5.
Pues como no cesaba el tormento, dije: si no se riesen, pediría agua bendita.
Trajéronmelo y echáronmelo a mí, y no aprovechaba;
echélo
hacia donde estaba, y en un punto se fue y se me quitó todo el mal como si con
la mano me lo quitaran, salvo que quedé cansada como si me hubieran dado muchos
palos. Hízome gran provecho ver que, aun no siendo un alma y cuerpo suyo,
cuando el Señor le da licencia hace tanto mal, ¿qué hará cuando él lo posea por
suyo? Diome de nuevo gana de librarme de tan ruin compañía.
6.
Otra vez poco ha, me acaeció lo mismo, aunque no duró tanto, y yo estaba sola.
Pedí agua bendita, y las que entraron después que ya se habían ido (que eran
dos monjas bien de creer, que por ninguna suerte dijeran mentira), olieron un
olor muy malo, como de piedra azufre. Yo no lo olí. Duró de manera que se pudo
advertir a ello.
Otra
vez estaba en el coro y diome un gran ímpetu de recogimiento.
Fuime
de allí porque no lo entendiesen, aunque cerca oyeron todas dar golpes grandes
adonde yo estaba, y yo cabe mí oí hablar como que concertaban algo, aunque no
entendí qué; habla gruesa; mas estaba tan en oración, que no entendí cosa ni
hube ningún miedo.
Casi
cada vez era cuando el Señor me hacía merced de que por mi persuasión se
aprovechase algún alma.
Y
es cierto que me acaeció lo que ahora diré, y de esto hay muchos testigos, en
especial quien ahora me confiesa, que lo vio por escrito en una carta; sin
decirle yo quién era la persona cuya era la carta, bien sabía él quién era.
SANTA TERESA DE JESÚS O DE ÁVILA
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