1 No princípio
existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Estava no
princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por Ele; e sem Ele nada foi
feito. 4 N'Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens, 5 e a luz
resplandeceu nas trevas, mas as trevas não O receberam. 6 Apareceu um homem
enviado por Deus que se chamava João. 7 Veio como testemunha para dar
testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. 8 Não era a luz,
mas veio para dar testemunho da luz. 9 O Verbo era a luz verdadeira, que vindo
a este mundo ilumina todo o homem. 10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por
Ele, mas o mundo não O conheceu. 11 Veio para o que era Seu, e os Seus não O
receberam. 12 Mas a todos os que O receberam, àqueles que crêem no Seu nome,
deu poder de se tornarem filhos de Deus; 13 eles que não nasceram do sangue,
nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. 14 E o Verbo
fez-Se carne, e habitou entre nós; e nós vimos a Sua glória, glória como de
Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade. 15 João dá testemunho
d'Ele e clama: «Este era Aquele de Quem eu disse: O que há-de vir depois de mim
é mais do que eu, porque existia antes de mim». 16 Todos nós participamos da
Sua plenitude, e recebemos graça sobre graça; 17 porque a Lei foi dada por
Moisés, mas a graça e a verdade foram trazidas por Jesus Cristo.18 Ninguém
jamais viu a Deus; o Unigénito de Deus, que está no seio do Pai, Ele mesmo é
que O deu a conhecer.
Comentários:
Deus Criador conduz o Seu
povo por etapas.
Começa por escolher o “fundador”
desse povo na figura de Abraão a quem submete a várias provas para consolidar a
sua confiança e obediência. Só se pode obedecer em quem se confia.
Dá-lhes uma série de
regras a cumprir – a Lei Natural – a que se chamaram Mandamentos, da sua
observância depende a Sua ‘amizade’ com esse mesmo povo, isto é, a manutenção
do vínculo estabelecido com Abraão.
Finalmente, envia o Seu Filho
para trazer «a
graça e a verdade foram trazidas por Jesus Cristo» que serão indispensáveis
para a salvação do homem.
Assim, se completam os
planos e desígnios do Criador em relação ao homem.
(ama, comentário sobre Jo 1, 1-18, 2012.12.31)
Já publicados:
S. João com o
estilo que lhe e próprio dá-nos as razões e motivos que enformam a nossa fé
Tudo parece
resumir-se a luz e trevas, a luz que tudo ilumina e as trevas que tudo escondem
e ocultam. O Menino hoje nascido é a luz que ilumina e atrai os homens
irresistivelmente para o alto.
Ele afasta
definitivamente as trevas onde tantos se deixam cair como mortos vivos.
Luz de luz, guia
os meus passos para o supremo bem e felicidade eternas.
(ama, comentário sobre Jo 1, 1-18, Carvide, 2012.12.23)
Este capítulo de S. João pode ser – é, de facto –
uma declaração das principais razões para fazer-mos um profundo acto de fé na
Redenção e no Redentor.
Explica-se porque devemos acreditar e, até, as
‘vantagens’ em acreditar no próprio testemunho do Precursor.
Porque acreditar em Jesus Cristo? Porque, Ele, é: «o Unigénito de Deus, que está no seio
do Pai, Ele mesmo é que O deu a conhecer.»
Porque nos convém acreditar? Porque: «a todos os que O receberam, àqueles que
crêm no Seu nome, deu poder de se tornarem filhos de Deus»
(ama, comentário sobre Jo 1, 1-18, 2012.11.27)
Quando deparamos
com esta página do evangelho de S. João, talvez sejamos tentados a ler
apressadamente ou, até, passar adiante.
Mas pode dizer-se
que ela é como que uma síntese da doutrina cristã, já que nela se contêm, os
princípios e fundamentos da Fé.
Talvez o melhor
seja, mesmo, ficar por aqui propondo uma segunda leitura, talvez mais
interiorizada, destas palavras de S. João.
(ama,
comentário sobre Jo 1, 1-18, 2010.12.31)
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