Olho
para trás e quero perceber aquilo que mais me marcou neste ano que passou.
E
a primeira coisa que me vem à memória e ao coração, é a humildade.
A
humildade de Bento XVI, (o tal “pastor alemão” irredutível), que resigna ao seu
pontificado, por reconhecer a “fraqueza” das suas forças, motivada pelos seus
muitos anos de vida.
A
humildade de Francisco que no seu primeiro acto público pede aos fiéis que
rezem por ele, humildade demonstrada depois nos muitos gestos que vão
preenchendo o dia-a-dia do seu pontificado.
A
humildade de tantos cristãos perseguidos por esse mundo fora, e que
humildemente baixam a cabeça em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A
humildade de tantos Bispos e Sacerdotes que apontam Jesus Cristo, que mostram o
Caminho, sem querer ser reconhecidos, fazendo-se “pequenos” perante o Senhor e
os homens, sendo trabalhadores da Messe, sem esperar outra recompensa que não
seja a graça de Deus.
A
humildade de tantos fiéis anónimos que servem a Deus em Igreja, ensinando,
catequizando, secretariando, limpando e embelezando as igrejas, sem querer um
momento de “glória” ou de elogio, mas apenas para servir a Deus, servindo a
Igreja.
A
humildade daqueles casais que se amam em doação, procurando o bem e a
felicidade do outro, sabendo reconhecer os seus erros, para todos os dias
renovarem com ou sem palavras o seu Matrimónio cristão.
A
humildade daqueles pais e daqueles filhos, que se dedicam uns aos outros,
reconhecendo exageros e irritações, perdoando-se mutuamente, para todos os dias
construírem a igreja doméstica que é a família cristã.
A
humildade daqueles que, “feridos” por uma qualquer situação irregular nas suas
vidas conjugais, aceitam em amor a Doutrina da Igreja, e procuram na obediência
o caminho em Igreja, ao encontro do Senhor que sempre se faz presente.
A
humildade dos que foram capazes de se aproximar daqueles que ofenderam, ou por
eles foram ofendidos, e pediram perdão ou perdoaram.
A
humildade que o Senhor coloca no meu coração, (por mim tal humildade não
aconteceria), cada vez que se deixa tocar por mim, para que O possa dar como
alimento divino, àqueles que O procuram e O reconhecem como Deus e Senhor.
Como
Deus faz as coisas bem feitas!
Naquilo
que supostamente me poderia humanamente orgulhar, (ah, e eu sei bem o que é o
orgulho!), ser Ministro Extraordinário da Comunhão, (a graça maior que Ele
entendeu dar-me este ano), é quando me sinto mais fraco, mais pecador, mais
servidor.
É
então que reconheço que só com Ele, a humildade é graça e caminho para Deus,
com Deus e em Deus.
Um
Feliz Ano Novo para todos, cheio das graças e das bênçãos de Deus Pai, Filho e
Espírito Santo!
Monte
Real, 30 de Dezembro de 2013
Joaquim
Mexia Alves
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