25/06/2017

Fátima: Centenário - Vida de Maria - 6

Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima



Imaculada Conceição


A VOZ DOS PADRES E ESCRITORES ANTIGOS


«Os meses iam-se passando para a menina. Ao fazer dois anos, disse Joaquim a Ana: “Levemo-la ao templo do Senhor para cumprir a promessa que Lhe fizemos, para que não a reclame e nossa oferenda se torne inaceitável a Seus olhos”. Ana respondeu: “Esperamos  até que complete três anos, para que a menina não tenha saudades de nós. Joaquim respondeu: “Esperaremos”».

Ao chegar aos três anos, disse Joaquim: “Chama as donzelas hebreias que não têm mancha e que cada uma leve uma lâmpada acesa e a acompanhem, para que a menina não olhe para trás e seu coração seja cativado por alguma coisa fora do templo de Deus. Assim fizeram, enquanto iam subindo para o templo de Deus. Lá recebeu-a o sacerdote, que abraçando-a, abençoou-a e exclamou: “O Senhor glorificou o teu nome diante de todas as gerações, e no final dos tempos, manifestará em ti sua redenção aos filhos de Israel”».

Fê-la sentar-se no terceiro degrau do altar. O Senhor derramou graças sobre a menina, que dançou cativando toda a casa de Israel.

«Os seus pais saíram do templo cheios de admiração e louvando a Deus porque a menina não tinha olhado para trás. Maria permaneceu no templo alimentando-se como uma pomba e recebendo alimento pelas mãos de um anjo».

Proto-evangelho de Santiago, VII-VIII (Escrito apócrifo do século II).

***

«Quando ultrapassou a idade da amamentação e fez três anos, os seus bem-aventurados pais levaram-na ao templo de Deus e consagraram-na como oferenda, de acordo com a promessa que tinham feito antes do seu nascimento. Conduziram-na com glória e honra, como era justo; precediam-na muitas virgens e acompanhavam-na com lâmpadas acesas, como tinha pre-anunciado um dia o rei profeta [1], antepassado da Virgem imaculada, dizendo: As suas jovens companheiras conduziram-na até ao rei, os seus amigos ofereceram-lha [2]. O profeta tinha dito isto com antecedência, a propósito da apresentação no templo e das virgens que a precediam e a acompanhavam».

«No entanto, esta profecia não diz respeito somente àquelas virgens, mas refere-se também às almas virgens que seguiram os seus passos, almas a que o profeta chamou "seus amigos". Embora todos sejam inferiores a Ela na amizade e na semelhança, no entanto, por graça e bondade do seu Filho, o Senhor, as almas dos santos são chamadas " seus amigos "; por outro lado, o próprio Senhor e Criador do universo não considerou indigno chamar "irmãos" àqueles que lhe são gratos e o imitam. Na realidade, todas as almas dos justos que chegaram a ser "seus amigos" mediante o exercício da santidade, gozarão da sua ajuda e estarão espiritualmente unidas ao Senhor seu Filho e serão introduzidas Santo dos Santos celestial».

Vida de Maria, atribuída a São Máximo o Confessor (século VII)




[1] David
[2] Sal 44 15

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