A
VOZ DOS PADRES E ESCRITORES ANTIGOS
«Os meses iam-se passando
para a menina. Ao fazer dois anos, disse Joaquim a Ana: “Levemo-la ao templo do
Senhor para cumprir a promessa que Lhe fizemos, para que não a reclame e nossa
oferenda se torne inaceitável a Seus olhos”. Ana respondeu: “Esperamos até que complete três anos, para que a menina
não tenha saudades de nós. Joaquim respondeu: “Esperaremos”».
Ao chegar aos três anos, disse
Joaquim: “Chama as donzelas hebreias que não têm mancha e que cada uma leve uma
lâmpada acesa e a acompanhem, para que a menina não olhe para trás e seu
coração seja cativado por alguma coisa fora do templo de Deus. Assim fizeram,
enquanto iam subindo para o templo de Deus. Lá recebeu-a o sacerdote, que
abraçando-a, abençoou-a e exclamou: “O Senhor glorificou o teu nome diante de
todas as gerações, e no final dos tempos, manifestará em ti sua redenção aos
filhos de Israel”».
Fê-la sentar-se no terceiro
degrau do altar. O Senhor derramou graças sobre a menina, que dançou cativando
toda a casa de Israel.
«Os seus pais saíram do
templo cheios de admiração e louvando a Deus porque a menina não tinha olhado
para trás. Maria permaneceu no templo alimentando-se como uma pomba e recebendo
alimento pelas mãos de um anjo».
Proto-evangelho
de Santiago, VII-VIII (Escrito apócrifo do século II).
***
«Quando ultrapassou a idade
da amamentação e fez três anos, os seus bem-aventurados pais levaram-na ao
templo de Deus e consagraram-na como oferenda, de acordo com a promessa que
tinham feito antes do seu nascimento. Conduziram-na com glória e honra, como
era justo; precediam-na muitas virgens e acompanhavam-na com lâmpadas acesas,
como tinha pre-anunciado um dia o rei profeta [1],
antepassado da Virgem imaculada, dizendo: As suas jovens companheiras
conduziram-na até ao rei, os seus amigos ofereceram-lha [2]. O
profeta tinha dito isto com antecedência, a propósito da apresentação no templo
e das virgens que a precediam e a acompanhavam».
«No entanto, esta profecia
não diz respeito somente àquelas virgens, mas refere-se também às almas virgens
que seguiram os seus passos, almas a que o profeta chamou "seus
amigos". Embora todos sejam inferiores a Ela na amizade e na semelhança,
no entanto, por graça e bondade do seu Filho, o Senhor, as almas dos santos são
chamadas " seus amigos "; por outro lado, o próprio Senhor e Criador
do universo não considerou indigno chamar "irmãos" àqueles que lhe
são gratos e o imitam. Na realidade, todas as almas dos justos que chegaram a
ser "seus amigos" mediante o exercício da santidade, gozarão da sua
ajuda e estarão espiritualmente unidas ao Senhor seu Filho e serão introduzidas
Santo dos Santos celestial».
Vida
de Maria, atribuída a São Máximo o Confessor (século VII)
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