Repara bem: há muitos homens e mulheres
no mundo, e nem a um só deles o Mestre deixa de chamar. Chama-os a uma vida
cristã, a uma vida de santidade, a uma vida de eleição, a uma vida eterna. (Forja,
13)
Permiti-me que volte de novo à
naturalidade, à simplicidade da vida de Jesus, que já vos tenho feito
considerar tantas vezes. Esses anos ocultos do Senhor não são coisa sem
significado, nem uma simples preparação dos anos que viriam depois, os da sua
vida púbica. Desde 1928 compreendi claramente que Deus deseja que os cristãos
tomem exemplo de toda a vida do Senhor. Entendi especialmente a sua vida
escondida, a sua vida de trabalho corrente no meio dos homens: o Senhor quer
que muitas almas encontrem o seu caminho nos anos de vida calada e sem brilho.
Obedecer à vontade de Deus, portanto, é sempre sair do nosso egoísmo; mas não
tem por que se traduzir no afastamento das circunstâncias ordinárias da vida
dos homens, iguais a nós pelo seu estado, pela sua profissão, pela sua situação
na sociedade.
Sonho – e o sonho já se tornou realidade
– com multidões de filhos de Deus santificando-se na sua vida de cidadãos
correntes, compartilhando ideais, anseios e esforços com as outras pessoas.
Preciso de lhes gritar esta verdade divina: se permaneceis no meio do mundo,
não é porque Deus se tenha esquecido de vós; não é porque o Senhor vos não
tenha chamado; convidou-vos a permanecer nas actividades e nas ansiedades da
Terra, porque vos fez saber que a vossa vocação humana, a vossa profissão, as
vossas qualidades não só não são alheias aos seus desígnios divinos, mas que
Ele as santificou como oferenda gratíssima ao Pai! (Cristo
que passa, 20)
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