Não receio afirmar que sim.
Se o conceito de imortalidade se pode definir como total
ausência de temporalidade – algo que não teve um início nem terá um fim –
então, de facto, o amor é imortal.
Sob o prisma da espiritualidade pura enraizada no
Cristianismo, consideramos que a pessoa humana tem como que à sua disposição
três virtudes que lhe são – sempre – conferidas pelo Criador:
A Fé, a Esperança e a Caridade. [1]
O
Apóstolo da Gentes afirmou sem nenhuma hesitação que das três só a Caridade
permanece para sempre.
As
Fé e a Esperança tiveram um princípio no tempo e terminam com a morte física
o que é perfeitamente lógico uma vez que só terão “utilidade” enquanto a pessoa
viver.
Quanto
à Caridade como afirmar que não teve início?
Porque
O Criador é por essência o próprio Amor e a Sua criatura é, assim, como que uma
emanação desse mesmo Amor.
Mas,
o Amor, sendo divino é também eminentemente humano. Só o ser humano tem essa
capacidade, essa virtude o que, a meu ver, também é perfeitamente lógico
exactamente pelo que disse imediatamente antes.
Donde
que concluir que o Amor humano é imortal não parece ser uma afirmação
descabida.
Na
eternidade a alma continua a amar quem amou em vida, como quem vive continuará
a amar quem amou e a morte levou do seu convívio.
Pessoalmente
considero esta conclusão a que chego, extremamente consoladora e digo sem
qualquer hesitação (em lugar de ‘amei-te’): amo-te, amor da minha vida!
E
sinto-me muito feliz por me saber amado e por poder continuar a amar.
(ama, reflexões, Cascais, 21.09.2016)
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