No
meio do júbilo da festa, em Caná, só Maria nota a falta de vinho... Até aos
mais pequenos pormenores de serviço chega a alma quando vive, como Ela,
apaixonadamente atenta ao próximo, por Deus. (Sulco,
631)
O
amor puro e limpo dos esposos é uma realidade santa, que eu, como sacerdote,
abençoo com ambas as mãos. A tradição cristã viu frequentemente na presença de
Jesus nas bodas de Caná uma confirmação do valor divino do matrimónio: O nosso
Salvador foi às bodas – escreve S. Cirilo de Alexandria – para santificar o
princípio da geração humana.
O
matrimónio é um sacramento que faz de dois corpos uma só carne: como diz com
expressão forte a teologia, são os próprios corpos dos contraentes que
constituem a sua matéria. O Senhor santifica e abençoa o amor do marido à
mulher e o da mulher ao marido; e ordenou não só a fusão das suas almas, mas
também a dos seus corpos. Nenhum cristão, esteja ou não chamado à vida
matrimonial, pode deixar de a estimar.
O
Criador deu-nos a inteligência, centelha do entendimento divino, que nos
permite – com vontade livre, outro dom de Deus – conhecer e amar; e deu ao
nosso corpo a possibilidade de gerar, que é como uma participação do seu poder
criador. Deus quis servir-se do amor conjugal para trazer novas criaturas ao
mundo e aumentar o corpo da Igreja. O sexo não é uma realidade vergonhosa; é
uma dádiva divina que se orienta limpamente para a vida, para o amor, para a
fecundidade. (Cristo
que passa, 24)
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