Imperfeições
Muitas almas piedosas
estão numa infidelidade quase contínua em "pequenas coisas"; são
impacientes, pouco caritativas nos seus pensamentos, juízos e palavras, falsas
na sua conversa e nas suas atitudes, lentas e relaxadas na sua piedade, não se
dominam a si mesmas e são demasiado frívolas na sua linguagem, tratam com
ligeireza a boa fama do próximo.
Conhecem os seus
defeitos e infidelidades e acusam-nos, talvez, em confissão, mas não se arrependem
deles com seriedade nem empregam os meios com que poderiam preveni-los.
Não pensam que cada uma
destas imperfeições é como um peso de chumbo que as arrasta para baixo, não se
dão conta que vão começando a pensar de forma puramente humana e a obrar unicamente
por motivos naturais, nem de que resistem habitualmente às inspirações da graça
e abusam dela.
A alma perde assim o
esplendor da sua beleza, e Deus vai-Se retirando dela cada vez mais.
Pouco a pouco a alma
perde os seus pontos de contacto com Deus: n'Ele não vê o Pai amoroso e amado a
quem se entregava com filial ternura; algo se interpôs entre os dois.
(benedickt baur, En la intimidad con Dios,
Herder, Madrid 1975, 10ª ed., nr. 74, trad ama)
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