1 Depois disto, o
Senhor escolheu outros setenta e dois, e mandou-os dois a dois à Sua frente por
todas as cidades e lugares onde havia de ir. 2 Disse-lhes: «Grande é
na verdade a messe, mas os operários poucos. Rogai, pois, ao dono da messe que
mande operários para a Sua messe. 3 Ide; eis que Eu vos envio como
cordeiros entre lobos. 4 Não leveis bolsa, nem alforge, nem calçado,
e não saudeis ninguém pelo caminho. 5 Na casa em que entrardes,
dizei primeiro: A paz seja nesta casa. 6 Se ali houver algum filho da
paz, repousará sobre ele a vossa paz; senão, tornará para vós. 7
Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o operário é
digno da sua recompensa. Não andeis de casa em casa. 8 Em qualquer
cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que vos puserem diante; 9
curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: Está próximo de vós o reino de
Deus.
Comentário:
Não parece muito atractivo o
panorama que Cristo explana aos setenta e dois deixando antever, até, que
haverá perigo verdadeiro: o que fazem os lobos aos cordeiros?
Mas é natural que assim seja
porque os setenta e dois não terá ainda aquela ‘bagagem’ que os ensinamentos de
Jesus e, sobretudo, a inspiração do Espírito Santo, lhes há-de proporcionar e,
os ‘lobos’ estavam melhor ‘equipados’ em teorias e argumentos e, sobretudo, em
poder concreto e real sobre os outros.
Mas, hoje em dia, embora haja
‘lobos’, já não se pode admitir que existam ‘cordeiros’ a fazer o trabalho
apostólico.
Cordeiros apenas no que
respeita à docilidade e inocência, mas sábios e informados para poderem
argumentar e explicar com segurança e verdade.
Obedecer ao mandato de Cristo
é, antes de mais, a obrigação de se preparar convenientemente para a tarefa
gigantesca, exigente e, por vezes, perigosa que se tem pela frente.
(ama,
comentário sobre Lc 10, 1-9, 2013.02.14)
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