Um cristão não pode reduzir-se aos
seus problemas pessoais, pois tem de viver face à Igreja universal, pensando na
salvação de todas as almas.
Deste modo, até aquelas facetas que
poderiam considerar-se mais íntimas e privadas – a preocupação pelo progresso
interior – não são, na realidade, individuais, visto que a santificação forma
uma só coisa com o apostolado. Havemos de esforçar-nos, na nossa vida interior
e no desenvolvimento das virtudes cristãs, pensando no bem de toda a Igreja,
dado que não poderíamos fazer o bem e dar a conhecer Cristo, se na nossa vida
não se desse um esforço sincero por realizar os ensinamentos do Evangelho.
Impregnadas deste espírito, as nossas
orações, ainda que comecem por temas e propósitos aparentemente pessoais,
acabam sempre por ir ter ao serviço dos outros. E, se caminharmos pela mão da
Virgem Santíssima, Ela fará com que nos sintamos irmãos de todos os homens,
porque todos somos Filhos desse Deus de que Ela é filha, esposa e mãe.
Os problemas dos outros devem ser os
nossos problemas. A fraternidade cristã deve estar bem no fundo da nossa alma,
de tal modo que nenhuma pessoa nos seja indiferente. Maria, Mãe de Jesus, que O
criou, O educou e O acompanhou durante a sua vida terrena e agora está junto
d'Ele nos Céus, ajudar-nos-á a reconhecer Jesus em quem passa ao nosso lado,
tornado presente para nós nas necessidades dos nossos irmãos, os homens. (Cristo
que passa, 145)
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