A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A.
O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
Para ver, clicar SFF.
O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
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Evangelho: Mt 25, 31-46
31 «Quando,
pois, vier o Filho do Homem na Sua majestade, e todos os anjos com Ele, então
Se sentará sobre o trono de Sua majestade. 32 Todas as nações serão
congregadas diante d'Ele, e separará uns dos outros, como o pastor separa as
ovelhas dos cabritos, 33 e porá as ovelhas à sua direita, e os
cabritos à esquerda. 34 «Dirá então o Rei aos que estiverem à Sua
direita: “Vinde, benditos de Meu Pai, possuí o reino que vos está preparado
desde a criação do mundo,
35 porque
tive fome, e Me destes de comer; tive sede, e Me destes de beber; era
peregrino, e Me recolhestes; 36 nu, e Me vestistes; enfermo, e Me
visitastes; estava na prisão, e fostes ver-Me”. 37 Então, os justos
Lhe responderão: “Senhor, quando é que nós Te vimos faminto, e Te demos de
comer; com sede, e Te demos de beber? 38 Quando Te vimos peregrino,
e Te recolhemos; nu, e Te vestimos? 39 Ou quando Te vimos enfermo,
ou na prisão, e fomos visitar-Te?”. 40 O Rei, respondendo, lhes
dirá: “Em verdade vos digo que todas as vezes que vós fizestes isto a um destes
Meus irmãos mais pequenos, a Mim o fizestes”. 41 Em seguida, dirá
aos que estiverem à esquerda: “Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo
eterno, que foi preparado para o demónio e para os seus anjos; 42
porque tive fome, e não Me destes de comer; tive sede, e não Me destes de
beber; 43 era peregrino, e não Me recolhestes; estava nu, e não Me
vestistes; enfermo e na prisão, e não Me visitastes”. 44 Então, eles
também responderão: “Senhor, quando é que nós Te vimos faminto ou com sede, ou
peregrino, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não Te assistimos?”.
45 E lhes
responderá: “Em verdade vos digo: Todas as vezes que o não fizestes a um destes
mais pequenos, foi a Mim que não o fizestes”.
46 E esses
irão para o suplício eterno; e os justos para a vida eterna».
CARTA ENCÍCLICA
MUSICAE SACRAE
DISCIPLINA
DO SUMO PONTÍFICE
PAPA PIO XII
AOS VENERÁVEIS
IRMÃOS PATRIARCAS, PRIMAZES,
ARCEBISPOS E BISPOS
E OUTROS ORDINÁRIOS DO LUGAR
EM PAZ E COMUNHÃO COM
A SÉ APOSTÓLICA
SOBRE A MÚSICA
SACRA
A finalidade da música sacra
13.
Essas leis da arte religiosa vinculam com ligame ainda mais estreito e mais
santo a música sacra, visto estar esta mais próxima do culto divino do que as
outras belas-artes, como a arquitetura, a pintura e a escritura; estas procuram
preparar uma digna sede para os ritos divinos, ao passo que aquela ocupa lugar
de primeira importância no próprio desenvolvimento das cerimônias e dos ritos
sagrados. Por isso, deve a Igreja, com toda diligência; providenciar para
remover da música sacra, justamente por ser esta a serva da sagrada liturgia,
tudo o que destoa do culto divino ou impede os féis de elevarem sua mente a Deus.
14.
E, de fato, nisto consiste a dignidade e a excelsa finalidade da música sacra,
a saber, em - por meio das suas belíssimas harmonias e da sua magnificência -
trazer decoro e ornamento às vozes quer do sacerdote ofertante, quer do povo
cristão que louva o sumo Deus; em elevar os corações dos fiéis a Deus por uma
intrínseca virtude sua, em tornar mais vivas e fervorosas as orações litúrgicas
da comunidade cristã, para que Deus uno e trino possa ser por todos louvado e
invocado com mais intensidade e eficácia. Portanto, por obra da música sacra é
aumentada a honra que a Igreja dá a Deus em união com Cristo seu chefe; e,
outrossim, é aumentado o fruto que, estimulados pelos sagrados acordes, os
fiéis tiram da sagrada liturgia e costumam manifestar por uma conduta de vida
dignamente cristã, como mostra a experiência cotidiana e como confirmam muitos
testemunhos de escritores antigos e recentes. Falando dos cânticos
"executados com voz límpida e com modulações apropriadas", assim se
exprime santo Agostinho: "Sinto que as nossas almas se elevam na chama da
piedade com um ardor e uma devoção maior por efeito daquelas santas palavras
quando elas são acompanhadas pelo canto, e todos os diversos sentimentos do
nosso espírito acham no canto uma sua modulação própria, que os desperta por
força de não sei que relação oculta e íntima". (18)
O seu papel litúrgico
15.
Por aqui, facilmente se pode compreender como a dignidade e a importância da
música sacra, seja tanto maior quanto mais de perto a sua acção se relaciona
com o ato supremo do culto cristão, isto é, com o sacrifício eucarístico do
altar. Não pode ela, pois, realizar nada de mais alto e de mais sublime do que
o oficio de acompanhar com a suavidade dos sons a voz do sacerdote que oferece
a vítima divina, do que responder alegremente às suas perguntas juntamente com
o povo que assiste ao sacrifício, e do que tornar mais esplêndido com a sua
arte todo o desenvolvimento do rito sagrado. Da dignidade desse excelso serviço
aproximam-se, pois, os ofícios que a mesma música sacra exerce quando acompanha
e embeleza as outras cerimônias litúrgicas, e em primeiro lugar a recitação do
breviário no coro. Por isso, essa música "litúrgica" merece suma
honra e louvor.
O seu papel extra-litúrgico
16.
Não obstante isso, em grande estima se deve ter também a música que, embora não
sendo destinada principalmente ao serviço da sagrada liturgia, todavia, pelo
seu conteúdo e pelas suas finalidades, importa muitas vantagens à religião, e
por isso com toda razão é chamada música "religiosa". Na verdade,
também este gênero de música sacra - que teve origem no seio da Igreja, e que
sob os auspícios desta pôde felizmente desenvolver-se está, como o demonstra a
experiência, no caso de exercer nas almas dos fiéis uma grande e salutar
influência, quer seja usada nas igrejas durante as funções e as sagradas
cerimônias não-litúrgicas, quer fora de igreja, nas várias solenidades e
celebrações. De facto, as melodias desses cantos, compostos as mais das vezes
em língua vulgar, fixam-se na memória quase sem esforço e sem trabalho, e, ao
mesmo tempo também, as palavras e os conceitos se imprimem na mente, são
frequentemente repetidos e mais profundamente compreendidos. Daí segue que até
mesmo os meninos e as meninas, aprendendo na tenra idade esses cânticos sacros,
são muito ajudados a conhecer, a apreciar e a recordar as verdades da nossa fé,
e assim o apostolado catequético tira deles não leve vantagem. Depois, esses
cânticos religiosos, enquanto recreiam a alma dos adolescentes e dos adultos,
oferecem a estes um casto e puro deleite, emprestam certo tom de majestade
religiosa às assembleias e reuniões mais solenes, e até às próprias famílias
cristãs trazem santa alegria, doce conforto e espiritual proveito. Razão pela
qual, também este género de música religiosa popular constitui uma eficaz ajuda
para o apostolado católico, e, assim, com todo cuidado deve ser cultivado e
desenvolvido.
A música sacra é um meio eficaz de
apostolado
17.
Portanto, quando exaltamos as prendas múltiplas da música sacra e a sua
eficácia em relação ao apostolado, fazemos coisa que pode tornar-se de sumo
prazer e conforto para aqueles que, de qualquer maneira, se hão dedicado a
cultivá-la e a promovê-la. Afinal, todos quantos ou compõem música segundo o
seu próprio talento artístico, ou a dirigem ou a executam vocalmente ou por
meio de instrumentos musicais, todos esses, sem dúvida, exercitam um verdadeiro
e real apostolado, mesmo de modo vário e diverso, e por isso receberão em
abundância, de Cristo nosso Senhor, as recompensas e as honras reservadas aos
apóstolos, à medida que cada um houver desempenhado fielmente o seu cargo. Por
isso estimem eles grandemente essa sua incumbência, em virtude da qual não são
apenas artistas e mestres de arte, mas também ministros de Cristo nosso Senhor
e colaboradores no apostolado, e esforcem-se por manifestar também pela conduta
da vida a dignidade desse seu mister.
III. QUALIDADE DA MÚSICA SACRA E REGRAS QUE PRESIDEM SUA EXECUÇÃO NA
LITURGIA
18.
Tal sendo, como já dissemos, a dignidade e a eficácia da música sacra e do
canto religioso, grandemente necessário é cuidar-lhes diligentemente da
estrutura em toda parte, para tirar deles utilmente os frutos salutares.
Santidade,
carácter artístico e universalidade da música litúrgica
19.
Necessário é, antes de tudo, que o canto e a música sacra, mais intimamente
unidos com o culto litúrgico da Igreja, atinjam o alto fim a eles consignado.
Por isso - como já sabiamente advertia o nosso predecessor são Pio X - essa
música "deve possuir as qualidades próprias da liturgia, e em primeiro
lugar a santidade e a beleza da forma; por onde de per si se chega a outra
característica sua, a universalidade". (19)
20.
Deve ser "santa"; não admita ela em si o que soa de profano, nem
permita se insinue nas melodias com que é apresentada. A essa santidade se
presta sobretudo o canto gregoriano, que desde tantos séculos se usa na Igreja,
a ponto de poder considerá-lo património seu. Pela íntima aderência das
melodias às palavras do texto sagrado, esse canto não só quadra a este
plenamente, mas parece quase interpretar-lhe a força e a eficácia, instilando
doçura na alma de quem o escuta; e isso por meios musicais simples e fáceis,
mas permeados de tão sublime e santa arte, que em todos suscitam sentimentos de
sincera admiração, e se tornam para os próprios entendedores e mestres de
música sacra uma fonte inexaurível de novas melodias. Conservar cuidadosamente
esse precioso tesouro do canto gregoriano e fazer o povo amplamente
participante dele, compete a todos aqueles a quem Jesus Cristo confiou a guarda
e a dispensação das riquezas da Igreja. Por isso, aquilo que os nossos
predecessores são Pio X, com toda a razão chamado restaurador do canto
gregoriano, (20) e Pio XI, (21) sabiamente ordenaram e
inculcaram, também nós queremos e prescrevemos que se faça, prestando-se
atenção às características que são próprias do genuíno canto gregoriano; isto
é, que na celebração dos rictos litúrgicos se faça largo uso desse canto, e se
providencie com todo cuidado para que ele seja executado com exactidão,
dignidade e piedade. E, se para as festas recém-introduzidas se deverem compor
novas melodias, seja isso feito por mestres verdadeiramente competentes, de
modo que se observem fielmente as leis próprias do verdadeiro canto gregoriano,
e as novas composições porfiem, em valor e pureza, com as antigas.
21.
Se em tudo essas normas forem realmente observadas, vir-se-á outrossim a
satisfazer pelo modo devido uma outra propriedade da música sacra, isto é, que
ela seja "verdadeira arte"; e, se em todas as Igrejas católicas do
mundo ressoar incorrupto e íntegro o canto gregoriano, também ele, como a
liturgia romana, terá a nota de "universalidade", de modo que os féis
em qualquer parte do mundo ouçam essas harmonias como familiares e como coisa
de casa, experimentando assim, com espiritual conforto, a admirável unidade da
Igreja. É esse um dos motivos principais por que a Igreja mostra tão vivo
desejo de que o canto gregoriano esteja intimamente ligado às palavras latinas
da sagrada liturgia.
Somente a Santa Sé pode dispensar o
uso do latim e do canto gregoriano nas missas solenes
22.
Bem sabemos que, por graves motivos, a própria Sé Apostólica tem concedido, a
esse respeito, algumas excepções bem determinadas, as quais, entretanto, não
queremos sejam estendidas e aplicadas a outros casos sem a devida licença da
mesma Santa Sé. Antes, lá mesmo onde se possam utilizar tais concessões, cuidem
atentamente os ordinários e os outros sagrados pastores, que desde a infância
os fiéis aprendam ao menos as melodias gregorianas mais fáceis e mais em uso, e
saibam valer-se delas nos sagrados rictos litúrgicos, de modo que também nisso
brilhe sempre mais a unidade e a universalidade da Igreja.
23.
Todavia, onde quer que um costume secular ou imemorial permita que no solene
sacrifício eucarístico, depois das palavras litúrgicas cantadas em latim, se
insiram alguns cânticos populares em língua vulgar, permiti-lo-ão os ordinários
"quando julgarem que pelas circunstâncias de lugar e de pessoas tal
(costume) não possa ser prudentemente removido", (22) firme
permanecendo a norma de que não se cantem em língua vulgar as próprias palavras
da liturgia, como acima já foi dito.
Para que os féis compreendam melhor os
textos latinos, sejam eles explicados
24.
Depois, a fim de que os cantores e o povo cristão entendam bem o significado
das palavras litúrgicas ligadas à melodia musical, fazemos nossa a exortação
dirigida pelos padres do concílio de Trento, especialmente "aos pastores e
aos que têm simples cura de almas, no sentido de, com frequência, durante a
celebração da missa, explicarem, diretamente ou por intermédio de outros,
alguma parte daquilo que se lê na missa, e, entre outras coisas, esclarecerem
algum mistério deste santo sacrifício, especialmente nos domingos e nos dias de
festa", (23) fazendo isso sobretudo no tempo em que se explica
o catecismo ao povo cristão. Isso mais fácil e mais factível se torna hoje em
dia do que nos séculos passados, visto se terem as palavras da liturgia
traduzidas em vulgar, e a sua explicação em manuais e livrinhos que, preparados
por pessoas competentes em quase todas as nações, podem eficazmente ajudar e
iluminar os fiéis, a fim de que também eles compreendam e como que compartilhem
a dicção dos ministros sagrados em língua latina.
A Santa Sé vigia para conservar e
promover os cantos litúrgicos de outros ritos não-romanos
25.
Óbvio é que o quanto aqui expusemos acerca do canto gregoriano diz respeito
sobretudo ao ricto latino romano da Igreja; mas pode respectivamente aplicar-se
aos cantos litúrgicos de outros ritos, quer do ocidente, como o Ambrosiano, o
Galicano, o Moçarábico, quer aos vários rictos orientais. De facto, todos esses
rictos, ao mesmo passo que mostram a admirável riqueza da Igreja na acção
litúrgica e nas fórmulas de oração, por outra parte, pelos diversos cantos
litúrgicos, conservam tesouros preciosos, que cumpre guardar e impedir não só
de desaparecerem, como também de sofrerem qualquer atenuação ou deturpação.
Entre os mais antigos e importantes documentos da música sacra, têm, sem
dúvida, lugar considerável os cantos litúrgicos dos vários rictos orientais,
cujas melodias tiveram muita influência na formação das da Igreja ocidental,
com as devidas adaptações à índole própria da liturgia latina. É nosso desejo
que uma seleção de cantos dos ritos sagrados orientais - na qual está
prazeirosamente trabalhando o Pontifício Instituto para os estudos orientais,
com o auxílio do Pontifício Instituto para a música sacra - seja felizmente
levada a termo tanto na parte doutrinal como na parte prática; de modo que os
seminaristas do rito oriental, bem preparados também no canto sacro, feitos um
dia sacerdotes possam, também nisso, eficazmente contribuir para aumentar o
decoro da casa de Deus.
(cont.)
___________________________________________________
Notas:
(18)
S. Agostinho, Confess., 1. X, c. 33, PL 32, 799ss.
(19)
Acta Pii X, 1, p.78.
(20)
Carta ao Card. Respighi, Acta Pii X,1, pp. 68-74; v pp. 73ss; AAS 36(1903-04), pp. 325-329;
395-398; v. 398.
(21)
Pio XI, Const. apost. Divini
cultus; AAS 21(1929}, pp. 33 ss.
(22) CIC, cân. 5.
(23) Conc. Trid., Sess. XXII, De sacrificio
Missae, c. VIII.
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