Tempo comum I Semana |
29 Logo que saíram da sinagoga, foram a casa de Simão e de André, com Tiago e João.30 A sogra de Simão estava de cama com febre. Falaram-Lhe logo dela. 31 Jesus, aproximando-Se e tomando-a pela mão, levantou-a. Imediatamente a deixou a febre, e ela pôs-se a servi-los. 32 Ao anoitecer, depois do sol-posto, traziam-Lhe todos os enfermos e possessos, 33 e toda a cidade se tinha juntado diante da porta. 34 Curou muitos que se achavam atacados com várias doenças, expulsou muitos demónios, e não permitia que os demónios dissessem quem Ele era. 35 Levantando-Se muito antes de amanhecer, saiu e foi a um lugar solitário e lá fazia oração. 36 Simão e os seus companheiros foram procurá-l'O. 37 Tendo-O encontrado, disseram-Lhe: «Todos Te procuram». 38 Ele respondeu: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de que Eu também lá pregue, pois para isso é que Eu vim». 39 E andava pregando nas sinagogas, por toda a Galileia, e expulsava os demónios.
Comentários:
«Foi
para isso que vim» para que fique bem claro qual é a Sua Missão, Jesus
di-lo assim... Claramente.
Não veio por outra coisa senão para pregar em
todo o Israel e a todos a Boa Nova do Reino de Deus.
Fará milagres, operará prodígios, mas, porque
o Seu Coração Compassivo não resiste aos apelos dos que por Ele clamam, não
pode deixar de atender quem o procura.
Mas a Sua Palavra - palavra de vida eterna, de
verdade e salvação, é o que verdadeiramente importa ouvir e guardar. Foi para
isso que veio para, com a Sua Palavra nos levar até ao Pai e ganhar- os o Céu.
(ama,
comentário sobre Mc 1, 29-39, 2012.02.05)
Já
publicados:
Os
Evangelhos referem várias vezes esta necessidade que Jesus sentia de se afastar
para “um lugar solitário” para orar.
Os
seus dias estão totalmente preenchidos, até à noite, com pregações,
ensinamentos, deslocações constantes de um lugar para outro, atenção aos
doentes, aos possessos, aos que carecem de qualquer tipo de ajuda de auxílio.
Nem tem tempo para comer, e, nem lugar seu, tem, para reclinar a cabeça dir-se-á
noutras passagens.
Constatamos
estes factos e facilmente percebemos que Jesus Se sente urgido por uma missão
esgotante e avassaladora que não contempla nem demora nem intervalos.
E,
embora este trabalho esgotante, contínuo no qual emprega todas as Suas forças e
potências seja, em si mesmo, oração, não deixa de sentir essa premente
necessidade de estar uns momentos a sós com o Seu Pai, para, em conversa íntima,
fazer como que uma reposição dessas mesmas forças e potências que tanto
precisa.
Assim
nós, para recarregar na nossa alma, no nosso espírito, as forças e potências
que esgotamos com tanta facilidade, porque são poucas e débeis, recorremos à
intimidade da oração serena, confiante e esperançada, ao diálogo simples mas
profundo com a Fonte de Todo o Bem, Nosso Senhor Jesus Cristo.
(ama, comentário sobre Mc 1, 29-39,
2012.01.13)
Porque
é que Jesus não deixava que os demónios falassem? Porque, sabiam quem
Ele era.
O
Senhor não consentiria que acreditassem que Ele era o Filho de Deus por
revelação do demónio mas sim pelas suas palavras e actos. A Fé só pode vir de
Deus, nunca dos homens e muito menos de Satanás.
(ama, comentário sobre Mc 1,
29-39)
Nunca
nos cansaremos de ouvir e ler sobre os milagres de Jesus e a Sua preocupação
com os outros, Seus conhecidos ou não, que se cruzam no Seu caminho. Desta vez
é uma pessoa que, muito provavelmente conhece bem. Sabe que é necessária a
presença activa da sogra de Simão já que, deveria ser, a matriarca da família e
sobre ela cairia a responsabilidade de atender as pessoas que ali se encontravam.
Ao
curá-la da sua febre, Jesus concretiza dois objectivos; o primeiro,
evidentemente, a retoma da saúde da senhora, o segundo que, por ter ficado
curada, se afastasse também a preocupação que decerto sentiria pela
impossibilidade de cumprir o seu papel de boa dona de casa, já que febre a
tolhia no leito.
Daqui
se pode ver que o alcance, a profundidade e a dimensão que têm os milagres de
Jesus vão muito além do aparato visível da cura em si mesma.
(ama, comentário sobre Mc 1,
29-39)
O
Evangelho fala frequentemente de “enfermos e possessos” como que associando a
doença física com a doença da alma.
Alguns
contrariam a existência de possessos porque não aceitam nem o demónio nem o seu
poder sobre as criaturas.
Mas,
a verdade, é que o demónio existe e tem algum poder sobre as criaturas,
nomeadamente aquelas que por ele se deixam subjugar.
Não
pode, no entanto ir contra a vontade própria do ser humano, isto é, violentar a
sua integridade nem física nem espiritual porque Deus não lho permite.
Mas,
considerando que o pecado é uma doença – autêntica – da alma, esta reflecte-se
de forma mais ou menos evidente na pessoa física. Não é preciso recorrer a
situações “extremas” como por exemplo o de uma pessoa dominada pelo vício da
bebida em que, em tempo, leva à degradação física, mas o pecado, digamos assim,
comum, aquele que peca com regularidade e não se arrepende e confessa mas, ao
contrário, permanece nessa situação, acaba por se ver sujeitado ao poder do
demónio e por quanto mais tempo… pior.
Sim,
há casos de possessões demoníacas e, a Igreja, estuda-os e acompanha-os com
muito carinho e preocupação, mas, estas, estão muito longe de ser comuns e
numerosas. Realmente, com a Sua Morte na Cruz, acabou o “tempo das trevas” –
onde o demónio domina – e passou a haver o tempo da luz que é – inteiramente –
de Jesus Cristo.
(ama,
comentário sobre Mc 1, 29-39, 2011.12.13)
Não
é por acaso que no início do Evangelho que escreveu, São Marcos fale
repetidamente no demónio e nos possessos; (nada no Evangelho é por acaso), com o início da vida pública de Jesus inicia-se também
a luta com o poder do demónio que, até então, dominava o mundo.
Afastado dos homens, por vontade destes – consequência do pecado
original – Deus não ‘assistia’ imóvel e alheado do que se passava com a
humanidade.
Repetidamente foi enviando profetas que alertaram o povo
escolhido para as consequências do incumprimento da Lei dada a Moisés.
Que se atribuam ao poder do demónio doenças e debilidades
físicas não parece descabido, já que, ele não pode senão causar o mal e é
através do mal que os homens consentem cometer, que consegue impor o seu
domínio.
(ama, comentário sobre Mc 1, 29-39,
2011.12.13)
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