28 O «Vinde a Mim todos os que estais fatigados e
oprimidos, e Eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o Meu jugo, e
aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para
as vossas almas. 30 Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo leve».
Comentários:
Mansidão o que é?
Parece-me que a melhor definição se encontra no próprio Jesus Cristo:
ser como Ele foi em todas as circunstâncias da Sua vida terrena.
Nunca deixou de afirmar e, por vezes com expressa veemência, a verdade, a justiça e, sempre, denunciando o erro, a hipocrisia, os falsos e pusilânimes.
Nunca deixou de afirmar e, por vezes com expressa veemência, a verdade, a justiça e, sempre, denunciando o erro, a hipocrisia, os falsos e pusilânimes.
Ser manso não é fugir á luta quando é preciso lutar, evitar o
confronto quando a verdade está em causa.
Note-se que o Senhor, associa a mansidão à humildade e, se
esta virtude é difícil de alcançar aquela não o será menos de conseguir.
(ama, comentário
sobre Mt 11, 28-30, 2013.07.18)
Já publicados:
A verdadeira paz
depende da paz de espírito e, esta, da tranquilidade da consciência.
Quando esta não
existe surge a fadiga, o sentimento de opressão, o desânimo.
Por nós
próprios, ser-nos-á sempre muito difícil ultrapassar estas situações, porque,
naturalmente, a uma consciência inquieta, falta-lhe a serenidade necessária
para fazer exame e corrigir.
Jesus Cristo
oferece-se a Si mesmo como solução para este mal. Ele que é a autêntica Paz, a
verdadeira Humildade, a completa Mansidão, ajudar-nos-á a encontrar o que nos
falta, a conseguir o que procuramos.
Basta procura-lo
e pedir-lhe.
(AMA,
comentário, Mt 11, 25-30, 2013.07.17)
Quantas
vezes ao longo da história – ainda a mais recente – no meio das maiores
tormentas, dificuldades e carências os homens conheceram palpavelmente esse
alívio ao submeterem-se voluntariamente ao suave jugo de Cristo. Então, foram
capazes de suportar todas essas tormentosas situações e ultrapassar as
aparentemente intransponíveis dificuldades.
No
meio da maior desgraça e do caos provocado pela brutalidade humana – os campos
de extermínio nazis, por exemplo – houve pessoas que tudo ultrapassaram e, até
com um sorriso nos lábios, forma capazes de dar a própria vida em troca de
outro companheiro de infortúnio.
O
jugo de Cristo não é, portanto, sujeição mas libertação autêntica porque Jesus
não oprime mas salva.
(AMA,
comentário, Mt 11, 25-30, 2013.04.28)
A predilecção de Cristo pelos
"pequeninos" manifesta-se com frequência. Estes
"pequeninos" não são apenas as crianças mas todos os que são como
elas, na pureza, na ausência de preconceitos, nos desejos simples, na confiança
no Pai.
E, porque os desejos dos
"pequeninos" são muito simples e concretos, o Senhor, por assim
dizer, tem todo o prazer em satisfazê-los já que como Pai autêntico nada Lhe dá
mais gosto que ver os Seus filhos felizes.
(ama, comentário sobre Mt
11, 25-30, 2011.11.03)
Parece
ser da condição humana dominar ou ser dominado. Há sempre algo ou alguém
superior a nós e que submete a nossa vontade condicionando o nosso querer.
Assim,
o 'jugo' da virtude teologal da Fé, por exemplo, condiciona a nossa vida e a
ela nos 'submetemos' voluntariamente.
Este,
como outros, são jugos que, de certa forma, nos mantêm condicionados mas têm um
bom efeito não dos deixando cair na anarquia.
(ama, comentário sobre Mt 11, 25-30,
2010.07.15)
Duvidar faz parte da
maneira de ser humana. Queremos saber tudo em pormenor e, sobretudo naquilo que
ultrapassa a nossa limitada compreensão humana, a tendência é, quase sempre, duvidar.
Mas, isto, nada tem a ver
com a prudência de que o Senhor fala.
Não poucas vezes
confunde-se esta, que é uma virtude necessária, com o cepticismo, um defeito a
evitar.
Por isso mesmo, Cristo
fala em 'pequeninos' e não menciona 'crianças' como faz em tantas outras vezes.
Estes pequeninos são os simples, os que têm o espírito e, sobretudo, o coração,
abertos e disponíveis para aceitar o que lhes vem dos que têm autoridade reconhecida.
Poderemos, às vezes, não
compreender os caminhos por onde segue e se manifesta a vontade de Deus, mas
nem por isso não nos refugiamos nessa dificuldade para rejeitar, duvidando, o
que nos diz o Papa e o Magistério.
Mais... Seguindo estes
mais facilmente estaremos alerta contra os 'falsos profetas' e os 'lobos
disfarçados de cordeiro' que o demónio constantemente nos lança ao caminho.
(AMA, comentário, Mt 11,
25-30, Carvide, 2012.07.18)
Senhor, eu bem sei que
disseste: o Meu jugo é suave, e a Minha
carga é leve, mas às vezes… não parece nem leve nem suave.
Como se houvesse um
desafio que me é feito para ver até quanto “aguento”.
E, na verdade, para minha
surpresa, aguento mesmo!
Então, quando me dou conta
disto, mais se arreiga a minha convicção que, Tu, sabes mais e que tudo é para
bem.
Mas, vê lá, Senhor, não me
largues da Tua mão – nunca – porque me perco e soçobro.
(ama,
meditação sobre Mt 11, 25-30, 2009.07.27)
Falemos então de “jugo”, essa “coleira”
que antigamente os dominadores colocavam em volta do pescoço dos dominados e
com que os sujeitavam e obrigavam a ir por onde não desejavam. Falemos de
“jugo” com que o vício e a sensualidade condicionam o homem. Sim, falemos de
“jugo” porque em toda a nossa vida inúmeros “jugos” nos mantêm presos a tantas
coisas que, se verificar-mos bem, não nos interessam para nada não só porque
elas próprias são passageiras mas também porque o bem que nos pode vir delas é
efémero.
Mas
existe, acaso, um “jugo”, sinónimo de submissão, distintivo do escravo,
aceitável?
Sim,
existe... este que o Senhor nos oferece, o Seu jugo! Compreende-se porquê:
ficamos presos por um laço de amor, que não domina mas sugere, que não compele
mas inspira, que não obriga mas amavelmente indica.
Então...
bem abençoado jugo! A ele me quero submeter com toda a minha vontade e
potências já que, sinto, com este jugo, estarei a salvo dos outros “jugos” que
querem dominar e condicionar a minha vida.
E,
na verdade, esta vida não é minha, é do Senhor deste «jugo suave» que
traz «descanso para as nossas almas».
(ama, meditação sobre Mt 11, 25-30, 2009.12.07)
Como pode alguém submeter-se - assim - aceitando um jugo
mesmo que seja suave?
Eu, posso, mais... Eu quero e desejo ardentemente
submeter-me a ele.
Entregue a mim mesmo, seguindo opções exclusivas,
traçando o meu próprio caminho, estou certo, andarei perdido, sem norte e todo
o bem que eventualmente faça ficará abafado pelo muito bem que deixarei de
fazer.
Portanto, Senhor, aceito, peço o Teu jugo porque ele é,
para mim, garantia de salvação. E, então, poderei exclamar tranquila e propriamente:
Dominus iluminatio mea et salus mea, quem timebo?
(ama,
meditação sobre Mt 11, 25-30, 2010.07.15)
Podemos interpretar estas palavras de Jesus como, de
algum modo, figurativas.
O Senhor certamente que se referia ao estado de espírito
e não à posição social.
Os "pequeninos" que Jesus refere são os
humildes de coração, os que estão disponíveis e, mais, desejosos de conhecer a
Palavra para a poderem pôr em prática.
Os sábios e aos prudentes, serão os que fazem
demasiadas contas a ver se vale a pena, se têm algo a ganhar ou, pelo
contrário, vão encontrar maçadas e enfrentar-se com desafios; têm o seu tempo -
pensam que o tempo lhes pertence - espartilhado entre muitíssimas coisas que
têm como importantes, imprescindíveis e, assim, não encontram o tempo necessário
para ouvir os desafios, as propostas de Jesus.
Não ouvindo, ficam sem saber e, não sabendo, as coisas
de Deus passam-lhes ao lado, não fazem parte das suas vidas.
(ama,
comentário sobre Mt 11, 25-27, 2010.07.14)
Como devemos confiar no Sagrado Coração
de Jesus! O Coração de quem deu a vida por nós, nos redimiu com o Seu Sangue,
nos converteu em filhos de Deus, herdeiros da Vida Eterna.
Confiar
no Seu Coração amantíssimo, meditar nas inexcedíveis qualidades do mesmo
Coração: Simplicidade, Amor, Doação, Desprendimento…
Sagrado
Coração de Jesus, eu tenho confiança em Vós: Esta jaculatória, antiquíssima,
ajudar-nos-á a tranquilizar o nosso espírito, a encontrar a calma e a paz que
precisamos para a nossa vida de todos os dias.
(AMA,
comentário, Mt 11, 25-30, Porto, Maio 2008)
De facto, só é possível conhecer Cristo e acreditar nele com a humildade e a simplicidade dos humildes. Quem pensa que, a sua sabedoria, inteligência e ilustração são suficientes para compreender a mensagem do Evangelho engana-se redondamente. Os olhos dos simples lêem com facilidade as palavras da Vida. O espírito aberto e solícito apreende com facilidade as verdades que Jesus quer revelar. A inteligência serena e sem preconceitos apreende a doutrina de Cristo. O resto… é fruto da Fé que Deus dá aos que lha pedem com humildade e confiança.
(ama, comentário sobre Mt 11, 25-27,
2009.04.02)
Todas as dificuldades, desgostos,
dúvidas e interrogações que nos surgem no dia-a-dia e que, não poucas vezes,
nos deixam surpreendidos e atónitos, sem compreender e sem saber o que fazer
encontram resposta neste trecho do Evangelho de São Mateus. De facto, Nosso
Senhor, padeceu e morreu exactamente para nos libertar desse jugo duro e por
vezes difícil de levar que todos, de uma forma ou outra, vamos encontrando.
Jugo que nos condiciona a vontade, nos coarcta nos nossos desejos de melhoria,
parece, por vezes, que nos impede de crescer, de subir. Jugo, que é, como jugo,
uma prisão, um impedimento à nossa liberdade que tanto prezamos e que nos é
indispensável para viver como sabemos que devemos viver.
Ele
promete-nos que o Seu jugo é suave e, pode fazê-lo não só porque é Deus
Todo-poderoso mas, também, porque o jugo do pecado – das consequências do
pecado – humano, o levou Ele a caminho da Cruz.
Isto
deveria bastar-nos para alcançar-mos a tranquilidade que por vezes perdemos.
Não tenhamos medo de colocar sobre os Seus ombros, chagados pelo peso do
madeiro da Cruz tudo quanto nos aflige porque, Ele próprio Se ofereceu para
tal. Aceitemos a Sua oferta de digamos-lhe com fé: Senhor: ajuda-me que, eu,
não posso.
(AMA,
comentário Mt 11, 25-30, Julho 2008)
Nesta tarde de Sábado, dei por mim num
diálogo aceso, impulsivo. Um diálogo comigo mesmo! Estranha coisa! Parece-me
uma perda de tempo, porque, na verdade, não se trata de um diálogo no
verdadeiro sentido do termo mas de um monólogo. Desta ‘discussão’ será difícil
surgir um vencedor. Que um prevaleça sobre o outro parece-me quase impossível
já que conheço em detalhe os argumentos de cada uma das partes. Pensando um
pouco melhor… resolvi continuar. Perda de tempo? Não… talvez conseguisse
arranjar algo que justificasse este envolvimento em coisa tão singular.
Argumentei muito com a vida, as incidências
do dia-a-dia, daquilo que acontece contra todas as previsões, as dificuldades,
os problemas, os entusiasmos e sonhos caídos por terra, a conclusão, por vezes
triste, de uma condição humana nada agradável.
Não entendo como é possível este
‘encarniçamento’ divino contra mim. O que é que Deus pretende? Levar-me ao
limite das minhas forças, da minha compreensão, da minha capacidade de aceitar?
Porque, na verdade, parece-me que é isto que tem acontecido e, pior, parece-me
que é isto que vai continuar a acontecer só que, piorando e muito as coisas.
É possível Deus ter-se enganado a meu
respeito, achar que eu sou capaz, que aguento, que ‘convenho’ realmente aos
Seus planos, sejam eles quais forem? Que qualidades terá encontrado –
qualidades que eu não descubro – para Se ‘arriscar’ em tal aventura?
Dei comigo a pensar na vida e na morte e,
chego à conclusão que tenho mais medo da vida que da morte. Aliás, da morte não
tenho medo nenhum e, até, penso nela com frequência, não a desejando mas…
quase. Seria coisa cómoda, como disse S. Josemaria e, isso, é o suficiente para
que Deus a não queira, ainda, para mim.
Começo a desenhar o percurso de há mais ou
menos doze anos para cá e descubro, atónito, como que um plano muito bem
delineado para me levar onde estou agora. As promessas que não foram cumpridas
por parte de pessoas em quem acreditei cegamente, as expectativas goradas dia
após dia, mês após mês, os enganos, embustes, adiamentos o fazer de conta.
E…
eu? O que fiz? Sou uma vítima pura e simples?
Claro
que sou uma vítima mas de mim próprio. Não ter visto a realidade da vida,
querer ser alguém que nunca poderia ser, a vaidade, o orgulho, o protagonismo
sempre desejado, o ‘atordoamento’ com fortunas passageiras, o malbaratar a
vida, as oportunidades, os ensejos.
‘Atiro’
sempre para os lados quando o alvo está aqui, neste metro e oitenta e tal de
carne e ossos que por vezes se esquece que é bastante mais que isso: Uma
imagem, concreta, real, verdadeira do Deus Criador e Senhor de todas as coisas!
Fui
e sou, ‘o carpinteiro da minha cruz’ (cf. s.
filipe de néri, Máximas).
De
facto, não precisei de ajuda de ninguém, fiz tudo sozinho com aplicação e
esmero tais que, agora, nada mais me resta que pedir a Deus que a leve por mim
que, eu, não posso!
(ama, meditação sobre o “jugo”,
2008.01.18)
A falsa prudência
de muitos leva-os, infelizmente, a desprezar as verdades mais elementares da
fé.
Precisam de “provas”, testemunhos, garantias
e, com esta atitude põem em risco a sua salvação.
Porquê?
Porque ninguém ama o que não conhece e como
conhecerão Deus os que constantemente levantam entraves à Sua doutrina aos Seus
ensinamentos?
Pelo contrário, as pessoas simples estão,
assim, de coração aberto e disponível para ouvir e, ouvindo, entenderem
imediatamente o bem que o Senhor quer dos homens e para os homens: que
compreendam e aceitem a Sua doutrina e a Sua palavra.
(ama,
meditação sobre Mt 11, 25-27, 2011.06.16)
São bem conhecidos os que
aceitaram esse Teu suave jugo: são os santos que veneramos, que queremos
imitar. É bem verdade: a Tua carga é leve porque dás a força necessária para a
suportar e o Teu jugo é suave porque não sujeita nem obriga, é antes guia e
segurança para o caminho.
(ama, comentário sobre Mt 11, 25-27, 2010.11.02)
Um
jugo suave e uma carga leve!
Sim, é bem verdade, sobretudo se o comparamos
com os jugos deste mundo, as prisões, os condicionamentos, as sujeições aos
hábitos, vícios e pecados... o jugo que temos de suportar nesta vida tão cheia
de problemas, dificuldades, obstáculos.
Sim, comparados com este, o jugo e a carga de
Cristo são bem mais suaves e levadeiros.
Cumprir a Sua Vontade não pode ser nunca um
sacrifício, um peso é, bem ao contrário, contentamento e vitória.
(Comentário sobre Mt 11, 25-27, 20011.06.04)
Quem são estes "prudentes" que o Senhor
menciona?
A prudência não é uma virtude e um Dom do Espírito
Santo?
Jesus refere-se à falsa prudência que se
caracteriza por um excessivo cuidado na aceitação das verdades da Fé.
Os que vão pela vida interrogando constantemente,
levantando dúvidas, pedindo confirmações acabam por ficar no desconhecimento
das verdades mais elementares.
Uma coisa é ser prudente nas atitudes e
disposições, outra é o zelo excessivo ou obcecado pela minúcia e o detalhe.
(AMA, comentário, Mt 11, 25-30, 2011.07.01)
Pode parecer-nos que , nós, somos
destes ‘pequeninos’ que o Senhor refere, dada a quantidade enorme de
conhecimentos que , de facto, possuímos sobre as coisas de Deus.
Sim, é verdade, sabemos muito,
muitíssimo mas, o que ignoramos é infinitamente mais.
O que sabemos, é fruto da nossa
disponibilidade e humildade para escutar o que, outros, em nome de Cristo, nos
vêm transmitindo por escrito ou de viva voz, ao longo da vida.
E, evidentemente, se mais
disponíveis e humildes fôramos, muito mais conheceríamos.
Mas porque é tão importante saber?
Em primeiro lugar para conhecer
melhor Deus e, depois, transmitir a outros esse conhecimento levando-os, assim,
até Deus Nosso Senhor, a estreitar as relações com Ele.
(ama,
Comentário sobre Mt 11, 25-27, 20011.12.07)
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