Como
imaginas tu o porte de Nosso Senhor? Já pensaste com que dignidade vestiria
aquela túnica inconsútil, que provavelmente terá sido tecida pelas mãos de
Santa Maria? Não te lembras de como em casa de Simão se lamenta por não lhe
haverem oferecido água para se lavar, antes de se sentar à mesa?
Com
certeza que o Senhor trouxe à baila essa falta de urbanidade, para realçar com
tal facto o ensinamento de que é nos pormenores que se mostra o amor. Mas
procura também deixar claro que se atém aos usos sociais do ambiente. Portanto,
tu e eu esforçar-nos-emos por estar desapegados dos bens e das comodidades da
terra, mas sem destoar e sem fazer coisas estranhas.
Para
mim, uma manifestação de que nos sentimos senhores do mundo, administradores
fiéis de Deus, é cuidar das coisas que usamos, com interesse em conservá-las,
em fazê-las durar, em mantê-las impecáveis e em fazê-las servir o mais tempo
possível para o seu fim, de maneira a não haver desperdício. (Amigos
de Deus, 122)
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