38 Indo em viagem, entrou numa aldeia, e uma mulher,
chamada Marta, recebeu-O em sua casa. 39 Esta tinha uma irmã,
chamada Maria que, sentada aos pés do Senhor, ouvia a Sua palavra. 40
Marta, porém, afadigava-se muito na contínua lida da casa. Aproximando-se,
disse: «Senhor, não Te importas que a minha irmã me tenha deixado só com o
serviço da casa? Diz-lhe, pois, que me ajude». 41 O Senhor
respondeu-lhe: «Marta, Marta, tu afadigas-te e andas inquieta com muitas coisas
42 quando uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte,
que não lhe será tirada».
Comentário:
Talvez
possa parecer difícil compreender as palavras de Jesus, sobretudo as que se
referem a Marta. Está perante uma mulher entregue a um trabalho, talvez
frenético, mas, sem dúvida nenhuma, natural numa ‘dona de casa’ cheia de brio
em receber o melhor possível um hóspede tão ilustre. E, o Senhor, não aprecia
isto? Evidentemente, sim, aprecia e muito (numa outra ocasião, concretamente em
casa de Simão o leproso, reparou não ter sido tratado com a cortesia que seria
de esperar); donde, portanto esta como que crítica?
Se
reparar-mos bem percebemos, que o Senhor não critica Marta, ou melhor, não
desmerece o seu trabalho, apenas lhe revela o que há de mais importante para
fazer quando se está na presença de Deus: ouvi-lo!
É
que, de facto, se não O ouvir-mos com atenção e detalhe, como poderemos
servi-lo?
(ama, comentário sobre Lc 10, 38-42, 2013.07.16)
Hoje em dia precisamos mesmo harmonizar o ser com o fazer. Talvez seja necessário descobrir a urgência da vida contemplativa harmonizada com a vida ativa.
ResponderEliminarHá anos foi publicado um livro cujo título era: 'O deserto na cidade'.
Talvez precisemos do deserto para saber mergulhar, com sentido, na cidade,