Evangelho: Lc 15, 1-10
1 Aproximavam-se d'Ele os publicanos e os pecadores para
O ouvir. 2 Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: «Este
recebe os pecadores e come com eles». 3 Então propôs-lhes esta
parábola: 4 «Qual de vós, tendo cem ovelhas, se perde uma delas, não
deixa as noventa e nove no deserto, para ir procurar a que se tinha perdido,
até que a encontre? 5 E, tendo-a encontrado, a põe sobre os ombros
todo contente 6 e, indo para casa, chama os seus amigos e vizinhos,
dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha que se tinha
perdido. 7 Digo-vos que, do mesmo modo, haverá maior alegria no céu
por um pecador que fizer penitência que por noventa e nove justos que não têm
necessidade de penitência». 8 «Ou qual é a mulher que, tendo dez
dracmas, e perdendo uma, não acende a candeia, não varre a casa, e não procura
diligentemente até que a encontre? 9 E que, depois de a achar, não
convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque encontrei a
dracma que tinha perdido. 10 Assim vos digo Eu que haverá alegria
entre os anjos de Deus por um só pecador que faça penitência».
Comentário:
Deste
muito pequeno guardei a imagem dos emigrantes que regressavam a casa para
passar o Natal com as famílias. Os tempos eram agrestes, as comunicações
difíceis e algo perigosas pelo que, as viagens para os que esperavam os entes
queridos criavam uma expectativa mista de apreensão e alegria.
Com
o que Jesus narra no Evangelho de hoje podemos ver esse emigrante - familiar ou
amigo - perdido num caminho de regresso, talvez num atalho que o desviou da
rota correcta ou, pior, precipitado num barranco para onde o atirou a
imprudência, o cansaço, o excesso de confiança nas próprias capacidades.
A
verdade é que, quando finalmente chega a casa, é recebido com esfusiante
alegria e atenções de todo género parecendo que passou a ser a pessoa mais
importante da família.
De
facto, todos nós somos como emigrantes neste mundo em busca da casa do Pai
comum que estará à nossa espera, expectante, de braços abertos.
Para
nos guiar pelos caminhos mais convenientes enviou-nos pastores dispostos a
ajudar-nos.
Não
desprezemos, nunca, essa ajuda. Ela é preciosa e indispensável para não nos perdermos
ou, caso tal tenha acontecido, a voltar sobre o andado e retomar o rumo certo.
(ama, comentário sobre Lc 15, 1-10, 2012.11.08)
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