Parece indiscutível que se nós cristãos fossemos
inteiramente coerentes com nossa fé, o mal do mundo diminuiria muito
consideravelmente. Ao invés, é muito duvidoso que o laicismo e o ateísmo pudessem
conseguir algo semelhante. Só esta ideia bastaria para nos decidir-mos a obrar
pensando que existe um Deus providente. Seria muito mais proveitoso que actuar
«etsi Deus non daretur» ('como se Deus não existisse').
Nenhum tipo de ateísmo tem nada com que afrontar a
guerra de todos contra todos, e mais, existiu e ainda existe, o ateísmo
marxista que, opondo somente a retórica do materialismo dialéctico e do
materialismo histórico, não fez mais que sancionar o domínio do mal e até a
legitimidade do ódio e a vingança.
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