1.1.
A Igreja é comunhão e sociedade. Os fiéis: hierarquia, leigos e vida
consagrada.
A Igreja na terra é,
simultaneamente, comunhão e sociedade estruturada pelo Espírito Santo através
da Palavra de Deus, dos sacramentos e dos carismas. Portanto, a sua estrutura
não se pode separar da sua realidade de comunhão, não se pode sobrepor a ela
nem pode entender-se como um modo de se auto-manter e auto-dirigir, depois de
um primeiro período de fervor “carismático”. Os próprios sacramentos que fazem
a Igreja são os que a estruturam para que, na terra, seja o sacramento
universal de salvação. Concretamente, pelos sacramentos do Baptismo,
Confirmação e Ordem, os fiéis participam – de formas diferentes – da missão
sacerdotal de Cristo e, portanto, do seu sacerdócio. Da acção do Espírito Santo
nos sacramentos, e através dos carismas, provêm as três grandes posições
históricas que se encontram na Igreja: os fiéis leigos, os ministros sagrados
(que receberam o sacramento da Ordem e formam a hierarquia da Igreja) e os
religiosos (cf. Compêndio, 178). Todos eles têm em comum a condição
de fiéis, isto é, ao serem «incorporados em Cristo pelo Baptismo, são
constituídos membros do Povo de Deus. Tornados participantes, segundo a sua
condição, da função sacerdotal, profética e real de Cristo, são chamados a
exercer a missão confiada por Deus à Igreja. Entre eles subsiste uma verdadeira
igualdade, na sua dignidade de filhos de Deus» (Compêndio, 177).
Cristo instituiu a
hierarquia eclesiástica com a missão de fazer presente Cristo a todos os fiéis
por meio dos sacramentos e através da pregação da Palavra de Deus com
autoridade, em virtude do mandato d’Ele recebido. Os membros da hierarquia
receberam também a missão de guiar o Povo de Deus (cf. Mt 28, 18-20).
A hierarquia é formada pelos ministros sagrados, bispos, presbíteros e
diáconos. O ministério da Igreja tem uma dimensão colegial, quer dizer, a união
dos membros da hierarquia eclesiástica está ao serviço da comunhão dos fiéis.
Cada bispo exerce o seu ministério como membro do colégio episcopal – que
sucede ao colégio apostólico – e em união com a cabeça, que é o Papa,
tornando-se participante, com ele e os outros bispos, da solicitude pela Igreja
universal. Além disso, se lhe foi confiada uma igreja particular, governa-a em
nome de Cristo com a autoridade que recebeu, com potestade ordinária, própria e
imediata, em comunhão com toda a Igreja e sob o poder do Santo Padre. O ministério
episcopal também tem um carácter pessoal, porque cada um é responsável diante
de Cristo, que o chamou pessoalmente e lhe conferiu a missão ao receber o sacramento
da Ordem em plenitude.
miguel
de salis amaral
Bibliografia básica
Catecismo da Igreja
Católica, 976-987.
Compêndio do Catecismo da
Igreja Católica, 200-201.
(Resumos da Fé cristã: ©
2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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