Noite de Natal Monte Real 1977 |
2013.03.19
Meu
querido Pai:
Escrevo-lhe
esta carta no 'seu dia'.
Lembro-me
quando era estudante jovem, de guardar as ‘notas’ do segundo período de aulas
no colégio para lhas oferecer.
Normalmente
boas notas, muito boas… mesmo.
E,
lembro-me bem do que invariavelmente me dizia:
“Muito
bem, obrigado, mas… aqui tiveste só um ‘dezoito’! Porque não tiraste um ‘vinte’?”
E
eu não percebia muito bem a sua insatisfação (satisfeita), levei tempo a
compreender que queria mais de mim, queria tudo o que eu podia dar: o máximo!
E
foi sempre assim, um homem de ‘máximos’ toda a sua vida e é essa imagem de homem probo, amável, exigente
mas compreensivo que guardo para sempre.
Aí
no Céu, celebra com os manos, o Manel Zé, a Mena, a Belinha e o Zézinho este
dia, aqui, na terra, o João, a Trinda eu, o Pedro e o Joaquim, celebramos
também.
Peço
a São José a quem tinha tanta devoção, seja o portador desta.
Que
melhor ‘carteiro’ poderia escolher!
E,.
como sempre… despeço-me:
Um
beijo do seu filho muito amigo, que lhe pede a bênção,
António
Sem mais palavras, assino por baixo!
ResponderEliminarUm abraço de imensa saudade, mas de enorme alegria pelo pai que Deus nos deu.