A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
Para ver, clicar SFF.
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Evangelho:
Mc 9, 9-29
9 Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém
contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado
dos mortos. 10 Observaram esta ordem, mas perguntavam-se o que
queria dizer “quando tiver ressuscitado dos mortos”. 11
Interrogaram-n'O dizendo: «Porque dizem os escribas que Elias deve vir
primeiro?». 12 Jesus respondeu-lhes: «Elias efectivamente há-de vir
primeiro e pôr tudo em ordem. Mas como é que está escrito acerca do Filho do
Homem, que terá que sofrer muito e ser desprezado? 13 Pois, Eu
digo-vos que Elias já veio, e fizeram dele quanto quiseram, como está escrito
dele». 14 Chegando junto dos discípulos, viu uma grande multidão em
volta, e os escribas a discutirem com eles. 15 E logo toda aquela
multidão supreendida por ver Jesus, correu para O saudar. 16
Perguntou-lhes: «Que estais a discutir entre vós?». 17 Um de entre a
multidão respondeu-Lhe: «Mestre, eu trouxe-Te meu filho que está possesso de um
espírito mudo, 18 que, onde quer que se apodere dele, o lança por
terra, e o menino espuma, range com os dentes, e fica rígido. Pedi aos Teus
discípulos que o expulsassem e não puderam». 19 Jesus
respondeu-lhes: «Ó geração incrédula! Até quando hei-de estar convosco? Até
quando vos hei-de suportar? Trazei-Mo cá». 20 Trouxeram-Lho. Tendo
visto Jesus, imediatamente o espírito o agitou com violência e, caído por
terra, revolvia-se espumando. 21 Jesus perguntou ao pai dele: «Há
quanto tempo lhe sucede isto?». Ele respondeu: «Desde a infância. 22
O demónio tem-no lançado muitas vezes no fogo e na água, para o matar; porém
Tu, se podes alguma coisa, ajuda-nos, tem compaixão de nós». 23
Jesus disse-lhe: «Se podes...! Tudo é possivel a quem crê».24
Imediatamente o pai do menino exclamou: «Eu creio! Auxilia a minha falta de
fé». 25 Jesus, vendo aumentar a multidão, ameaçou o espírito imundo,
dizendo-lhe: «Espírito mudo e surdo, Eu te mando, sai desse menino e não voltes
a entrar nele!». 26 Então, dando gritos e agitando-se com violência,
saiu dele, e o menino ficou como morto, tanto que muitos diziam: «Está morto». 27
Porém, Jesus, tomando-o pela mão, levantou-o, e ele pôs-se em pé. 28
Depois de ter entrado em casa, Seus discípulos perguntaram-Lhe em particular:
«Porque o não pudemos nós expulsar?». 29 Respondeu-lhes: «Esta casta
de demónios não se pode expulsar senão mediante a oração».
C. I. C. nr. 1091 a 1121
III. O Espírito Santo e a
Igreja na liturgia
1091.
Na liturgia, o Espírito Santo é o pedagogo da fé do povo de Deus, o artífice
das «obras-primas de Deus» que são os sacramentos da Nova Aliança. O desejo e a
obra do Espírito no coração da Igreja é que nós vivamos da vida de Cristo
ressuscitado. Quando Ele encontra em nós a resposta da fé que suscitou,
realiza-se uma verdadeira cooperação. E, por ela, a liturgia torna-se a obra
comum do Espírito Santo e da Igreja.
1092.
Nesta dispensação sacramental do mistério de Cristo, o Espírito Santo age do
mesmo modo que nos outros tempos da economia da salvação: prepara a Igreja para
o encontro com o seu Senhor; lembra e manifesta Cristo à fé da assembleia;
torna presente e actualiza o mistério de Cristo pelo seu poder transformante; e
finalmente, enquanto Espírito de comunhão, une a Igreja à vida e à missão de
Cristo.
O ESPÍRITO SANTO PREPARA
PARA ACOLHER CRISTO
1093.
O Espírito Santo realiza, na economia sacramental, as figuras da Antiga
Aliança. Uma vez que a Igreja de Cristo estava «admiravelmente preparada na
história do povo de Israel e na Antiga Aliança» (9), a liturgia da Igreja
conserva, como parte integrante e insubstituível, fazendo-os seus, elementos do
culto dessa Antiga Aliança:
–
principalmente a leitura do Antigo Testamento;
–
a oração dos Salmos;
–
e sobretudo, o memorial dos acontecimentos salvíficos e das realidades
significativas, que encontraram o seu cumprimento no mistério de Cristo (a
Promessa e a Aliança, o Êxodo e a Páscoa, o Reino e o Templo, o Exílio e o
regresso).
1094.
É com base nesta harmonia dos dois Testamentos (10) que se articula a catequese
pascal do Senhor (11) e, depois, a dos Apóstolos e dos Padres da Igreja. Esta catequese
desvenda o que estava oculto sob a letra do Antigo Testamento: o mistério de
Cristo. É chamada «tipológica», porque revela a novidade de Cristo a partir das
«figuras» (tipos) que a anunciavam nos factos, palavras e símbolos da primeira
Aliança. Por esta releitura no Espírito de verdade a partir de Cristo, as
figuras são desvendadas (12). Assim, o dilúvio e a arca de Noé prefiguravam a
salvação pelo Baptismo (13), tal como a nuvem, a travessia do Mar Vermelho e a
água do rochedo eram figura dos dons espirituais de Cristo (14); e o maná do
deserto prefigurava a Eucaristia, «o verdadeiro Pão do céu» (Jo 6, 48).
1095.
É por isso que a Igreja, especialmente por ocasião dos tempos do Advento, da
Quaresma e sobretudo na noite da Páscoa, relê e revive todos estes grandes
acontecimentos da história da salvação no «hoje» da sua liturgia. Isso, porém,
exige igualmente que a catequese ajude os fiéis a abrirem-se a esta
inteligência «espiritual» da economia da salvação, tal como a liturgia da
Igreja a manifesta e no-la faz viver.
1096.
Liturgia judaica e liturgia cristã. Um melhor conhecimento da fé e da vida
religiosa do povo judeu, tal como ainda agora são professadas e vividas, pode
ajudar a compreender melhor certos aspectos da liturgia cristã. Para os judeus,
tal como para os cristãos, a Sagrada Escritura é uma parte essencial das suas
liturgias: para a proclamação da Palavra de Deus, a resposta a esta Palavra, a
oração de louvor e de intercessão por vivos e mortos, o recurso à misericórdia
divina. A liturgia da Palavra, na sua estrutura própria, encontra a sua origem
na oração judaica. A Oração das Horas e outros textos e formulários litúrgicos
têm nela os seus paralelos, assim como as próprias fórmulas das nossas orações
mais veneráveis, como o Pai Nosso. As orações eucarísticas inspiram-se também
em modelos de tradição judaica. A relação entre a liturgia judaica e a liturgia
cristã, como igualmente a diferença dos respectivos conteúdos, são
particularmente visíveis nas grandes festas do ano litúrgico, como a Páscoa.
Tanto os cristãos como os judeus celebram a Páscoa: a Páscoa da história,
virada para o futuro, entre os judeus: a Páscoa consumada na morte e
ressurreição de Cristo, entre os cristãos – embora sempre na esperança da sua
consumação definitiva.
1097.
Na liturgia da Nova Aliança, toda a acção litúrgica, especialmente a celebração
da Eucaristia e dos sacramentos, é um encontro entre Cristo e a Igreja. A
assembleia litúrgica recebe a sua unidade da «comunhão do Espírito Santo», que
reúne os filhos de Deus no único corpo de Cristo. Ultrapassa todas as
afinidades humanas, raciais, culturais e sociais.
1098.
A assembleia deve preparar-se para o encontro com o seu Senhor, ser «um povo
bem disposto» (15). Esta preparação dos corações é obra comum do Espírito Santo
e da assembleia, particularmente dos seus ministros. A graça do Espírito Santo
procura despertar a fé, a conversão do coração e a adesão à vontade do Pai.
Estas disposições pressupõem-se para receber outras graças oferecidas na
própria celebração, e para os frutos de vida nova que ela é destinada a
produzir em seguida.
O ESPÍRITO SANTO RECORDA O
MISTÉRIO DE CRISTO
1099.
O Espírito e a Igreja cooperam para manifestar Cristo e a sua obra de salvação
na liturgia. Principalmente na Eucaristia, e analogicamente nos outros
sacramentos, a liturgia é o memorial do mistério da salvação. O Espírito Santo
é a memória viva da Igreja (16).
1100.
A Palavra de Deus. O Espírito Santo lembra à assembleia litúrgica, em primeiro
lugar, o sentido do acontecimento salvífico, dando vida à Palavra de Deus, que
é anunciada para ser recebida e vivida:
«É
enorme a importância da Sagrada Escritura na celebração da liturgia. Porque é a
ela que se vão buscar as leituras que se explicam na homilia e os salmos para
cantar; com o seu espírito e da sua inspiração nasceram as preces, as orações e
os hinos litúrgicos: dela tiram a sua capacidade de significação as acções e os
sinais» (17).
1101.
É o Espírito Santo que dá aos leitores e ouvintes, segundo a disposição dos
seus corações, a inteligência espiritual da Palavra de Deus. Através das
palavras, acções e símbolos, que formam a trama duma celebração, o Espírito
Santo põe os fiéis e os ministros em relação viva com Cristo, Palavra e Imagem
do Pai, de modo a poderem fazer passar para a sua vida o sentido daquilo que
ouvem, vêem e fazem na celebração.
1102.
«É pela Palavra da salvação [...] que a fé é alimentada no coração dos fiéis; e
é mercê da fé que tem início e se desenvolve a reunião dos fiéis» (18). O
anúncio da Palavra de Deus não se fica por um ensinamento: faz apelo à resposta
da fé, enquanto assentimento e compromisso, em vista da aliança entre Deus e o
seu povo. É ainda o Espírito Santo que dá a graça da fé, a fortifica e a faz
crescer na comunidade. A assembleia litúrgica é, antes de mais, comunhão na fé.
1103.
A anamnese. A celebração litúrgica refere-se sempre às intervenções salvíficas
de Deus na história. «A economia da revelação realiza-se por meio de acções e
palavras intimamente relacionadas entre si [...]; as palavras [...] declaram as
obras e esclarecem o mistério nelas contido» (19). Na liturgia da Palavra, o
Espírito Santo «lembra» à assembleia tudo quanto Cristo fez por nós. Segundo a
natureza das acções litúrgicas e as tradições rituais das Igrejas, uma
celebração «faz memória» das maravilhas de Deus numa anamnese mais ou menos
desenvolvida. O Espírito Santo, que assim desperta a memória da Igreja, suscita
então a acção de graças e o louvor (doxologia).
O ESPÍRITO SANTO ACTUALIZA
O MISTÉRIO DE CRISTO
1104.
A liturgia cristã não se limita a recordar os acontecimentos que nos salvaram:
actualiza-os, torna-os presentes. O mistério pascal de Cristo celebra-se, não
se repete; as celebrações é que se repetem. Mas em cada uma delas sobrevém a
efusão do Espírito Santo, que actualiza o único mistério.
1105.
A epiclese («invocação sobre») é a intercessão mediante a qual o sacerdote
suplica ao Pai que envie o Espírito santificador para que as oferendas se
tornem o corpo e o sangue de Cristo e para que, recebendo-as, os fiéis se
tornem eles próprios uma oferenda viva para Deus.
1106
Juntamente com a anamnese, a epiclese é o coração de qualquer celebração
sacramental, e mais particularmente da Eucaristia:
«Tu
perguntas como é que o pão se torna corpo de Cristo, e o vinho [..] sangue de
Cristo? Por mim, digo-te: o Espírito Santo irrompe e realiza isso que
ultrapassa toda a palavra e todo o pensamento. [...] Baste-te ouvir que é pelo
Espírito Santo, do mesmo modo que é da Santíssima Virgem e pelo Espírito Santo
que o Senhor, por Si mesmo e em Si mesmo, assumiu a carne» (20).
1107.
O poder transformante do Espírito Santo na liturgia apressa a vinda do Reino e
a consumação do mistério da salvação. Na expectativa e na esperança. Ele
faz-nos realmente antecipar a comunhão plena da Santíssima Trindade. Enviado
pelo Pai, que atende a epiclese da Igreja, o Espírito dá a vida aos que O
acolhem e constitui para eles, desde já, as «arras» da sua herança (21).
A COMUNHÃO DO ESPÍRITO
SANTO
1108.
A finalidade da missão do Espírito Santo em toda a acção litúrgica é pôr-nos em
comunhão com Cristo, para formarmos o seu corpo. O Espírito Santo é como que a
seiva da Videira do Pai, que dá fruto nos sarmentos (22). Na liturgia,
realiza-se a mais íntima cooperação do Espírito Santo com a Igreja. Ele,
Espírito de comunhão, permanece indefectivelmente na Igreja, e é por isso que a
Igreja é o grande sacramento da comunhão divina que reúne os filhos de Deus
dispersos. O fruto do Espírito na liturgia é, inseparavelmente, comunhão com a
Santíssima Trindade e comunhão fraterna (23).
1109.
A epiclese é também oração pelo pleno efeito da comunhão da assembleia no
mistério de Cristo. «A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a
comunhão do Espírito Santo» (2 Cor 13, 13) devem estar sempre connosco e dar
frutos, para além da celebração eucarística. Por isso, a Igreja pede ao Pai que
envie o Espírito Santo, para que faça da vida dos fiéis uma oferenda viva para
Deus pela transformação espiritual à imagem de Cristo, pela preocupação com a
unidade da Igreja e pela participação na sua missão, mediante o testemunho e o
serviço da caridade.
Resumindo:
1110.
Na liturgia da Igreja, Deus Pai é bendito
e adorado como fonte de todas as bênçãos da criação e da salvação, com que nos
abençoou no seu Filho, para nos dar o Espírito da adopção filial.
1111.
A obra de Cristo na liturgia é
sacramental, porque o seu mistério de salvação torna-se ali presente pelo poder
do seu Espírito Santo; porque o seu corpo, que é a Igreja, é como que o
sacramento (sinal e instrumento) no qual o Espírito Santo dispensa o mistério
da salvação; e porque, através das suas acções litúrgicas, a Igreja peregrina
participa já, por antecipação, na liturgia do céu.
1112.
A missão do Espírito Santo na liturgia da
Igreja é preparar a assembleia para o encontro com Cristo, lembrar e manifestar
Cristo à fé da assembleia, tornar presente e actualizar a obra salvífica de
Cristo pelo seu poder transformante e fazer frutificar o dom da comunhão na
Igreja.
O MISTÉRIO PASCAL NOS
SACRAMENTOS DA IGREJA
1113.
Toda a vida litúrgica da Igreja gravita em torno do sacrifício eucarístico e
dos sacramentos (24). Há na Igreja sete sacramentos: Baptismo, Confirmação ou
Crisma, Eucaristia, Penitência, Unção dos enfermos, Ordem e Matrimónio (25). Neste
artigo, trata-se do que é comum aos sete sacramentos da Igreja, do ponto de
vista doutrinal; o que lhes é comum sob o aspecto da celebração será exposto no
capítulo II; e o que é próprio de cada um constituirá o objecto da secção II.
I. Os sacramentos de
Cristo
1114.
«Aderindo à doutrina da Sagrada Escritura, às tradições apostólicas [...] e ao
sentir unânime dos santos Padres» (26), nós professamos que «os sacramentos da
nova Lei [...] foram todos instituídos por nosso Senhor Jesus Cristo» (27).
1115.
As palavras e as acções de Jesus durante a sua vida oculta e o seu ministério
público já eram salvíficas. Antecipavam o poder do seu mistério pascal.
Anunciavam e preparavam o que Ele ia dar à Igreja quando tudo estivesse
cumprido. Os mistérios da vida de Cristo são os fundamentos do que, de ora em
diante, pelos ministros da sua Igreja, Cristo dispensa nos sacramentos, porque
«o que no nosso Salvador era visível, passou para os seus mistérios» (28).
1116.
«Forças que saem» do corpo de Cristo (29), sempre vivo e vivificante: acções do
Espírito Santo que opera no seu corpo que é a Igreja, os sacramentos são «as
obras-primas de Deus», na nova e eterna Aliança.
II. Os sacramentos da
Igreja
1117.
Pelo Espírito que a conduz «para a verdade total» (Jo 16, 13), a Igreja
reconheceu, a pouco e pouco, este tesouro recebido de Cristo e foi-lhe
precisando a « dispensação» , tal como o fez relativamente ao cânon das
Sagradas Escrituras e à doutrina da fé, enquanto fiel despenseira dos mistérios
de Deus (30). Assim, a Igreja discerniu, no decorrer dos séculos, que, entre as
suas celebrações litúrgicas, há sete que são, no sentido próprio da palavra,
sacramentos instituídos pelo Senhor.
1118.
Os sacramentos são «da Igreja», no duplo sentido de que são «por ela» e «para
ela». São «pela Igreja», porque ela é o sacramento da acção de Cristo que nela
opera, graças à missão do Espírito Santo. E são «para a Igreja», são estes
«sacramentos que fazem a Igreja» (31), porque manifestam e comunicam aos
homens, sobretudo na Eucaristia, o mistério da comunhão do Deus-Amor, um em
três pessoas.
1119.
Formando com Cristo-Cabeça «como que uma única pessoa mística» (32), a Igreja
age nos sacramentos como «comunidade sacerdotal», «organicamente estruturada»
(33): pelo Baptismo e pela Confirmação, o povo sacerdotal torna-se apto a
celebrar a liturgia; e por outro lado, certos fiéis, «assinalados com a sagrada
Ordem, ficam constituídos em nome de Cristo para apascentar a Igreja com a
Palavra e a graça de Deus» (34).
1120.
O ministério ordenado ou sacerdócio ministerial (35) está ao serviço do
sacerdócio baptismal. Ele garante que, nos sacramentos, é de certeza Cristo que
age pelo Espírito Santo em favor da Igreja. A missão de salvação, confiada pelo
Pai ao seu Filho encarnado, é confiada aos Apóstolos e, por eles, aos seus
sucessores; eles recebem o Espírito de Jesus para agirem em seu nome e na sua
pessoa (36). Assim, o ministro ordenado é o laço sacramental que une a acção
litúrgica àquilo que disseram e fizeram os Apóstolos e, por eles, ao que disse
e fez o próprio Cristo, fonte e fundamento dos sacramentos.
1121.
Os três sacramentos do Baptismo, Confirmação e Ordem conferem, além da graça,
um carácter sacramental ou «selo», pelo qual o cristão participa no sacerdócio
de Cristo e faz parte da Igreja segundo estados e funções diversas. Esta
configuração a Cristo e à Igreja, realizada pelo Espírito, é indelével (37),
fica para sempre no cristão como disposição positiva para a graça, como
promessa e garantia da protecção divina e como vocação para o culto divino e
para o serviço da Igreja. Por isso, estes sacramentos nunca podem ser
repetidos.
______________________________
Notas:
9.
II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 2: AAS 57 (1965) 6.
10.
Cf. II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Dei Verbum, 14-16: AAS 58 (1966)
824-625.
11.
Cf. Lc 24, 13-49.
12. Cf. 2 Cor 3, 14-16.
13. Cf. 1 Pe 3, 21.
14. Cf. 1 Cor 10, 1-6.
15.
Cf. Lc 1, 17.
16.
Cf. Jo 14, 26.
17.
II Concílio do Vaticano, Const. Sacrosactum Concilium, 24: AAS 56 (1964)
106-107.
18.
II Concílio do Vaticano, Decr. Presbiterorum ordinis, 4: AAS 58 (1966) 996.
19.
II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Dei Verbum, 2: AAS 58 (1966) 818.
20.
São João Damasceno, Expositio fidei, 86 [De fide orthodoxa, 4, 13]: PTS 12,
194-195 (PG 94, 1141.1145).
21. Cf. Ef 1, 14; 2 Cor 1, 22.
22. Cf. Jo 15, 1-17; Gl 5, 22.
23.
Cf. 1 Jo 1, 3-7.
24.
Cf. II Concílio do Vaticano, Const. Sacrosactum Concilium, 6: AAS 56 (1964)
100.
25.
Cf. II Concílio de Lião, Professio fidei. Michaelis Palaeologi imperatoris: DS
860; Concílio de Florença, Decretum pro Armenis: DS 1310; Concílio de Trento,
Sess. 7ª, Canones de sacramentis in genere, can 1: DS 1601.
26.
Concílio de Trento, Sess. 7ª, Decretum
de sacramentis, Prooemium: DS 1600.
27.
Concílio de Trento, Sess. 7ª, Canones de sacramentis in genere, can 1: DS 1601.
28.
São Leão Magno, Sermão 74. 2:
CCL 138A, 457 (PL 54, 398).
29. Cf. Lc 5, 17; 6, 19; 8, 46.
30. Cf. Mt 13, 52; 1 Col- 4, I.
31.
Santo Agostinho, De civitate Dei 22, 17: CSEL 40/2, 625 (PL 41. 779); cf. São
Tomás de Aquino, Summa theologiae, 3. q. 64, a. 2. ad 3; Ed. Leon. 12, 43.
32.
Pio XII, Enc. Mystici corporis: AAS 35 (1943) 226.
33.
II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 11: AAS 57 (1965) 15.
34.
II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 11: AAS 57 (1965) 15.
35.
II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 14: AAS 57 (1965) 14.
36. Cf. Jo 20. 21-23;
Lc 24. 47; Mt 28, 18-20.
37.
Concílio de Trento, Sess. 7ª, Canones de sacramentis in genere, can 9: DS 1609.
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