Com
quanta insistência o Apóstolo S. João pregava o "mandatum novum"!
"Amai-vos uns aos outros!". Pôr-me-ia de joelhos, sem fazer teatro –
grita-mo o coração –, para vos pedir, por amor de Deus, que vos estimeis, que
vos ajudeis, que vos deis a mão, que vos saibais perdoar. Portanto, vamos banir
a soberba, ser compassivos, ter caridade; prestar-nos mutuamente o auxílio da
oração e da amizade sincera. (Forja, 454)
Jesus
Cristo, Nosso Senhor, encarnou e tomou a nossa natureza, para se mostrar à
humanidade como modelo de todas as virtudes. Aprendei de mim, que sou manso e
humilde de coração, convida-nos Ele.
Mais
tarde, quando explica aos Apóstolos o sinal pelo qual os reconhecerão como
cristãos, não diz: porque sois humildes. Ele é a pureza mais sublime, o
Cordeiro imaculado. Nada podia manchar a sua santidade perfeita, sem mácula.
Mas também não diz: saberão que se encontram diante de discípulos meus, porque
sois castos e limpos.
Passou
por este mundo com o mais completo desprendimento dos bens da terra. Sendo
Criador e Senhor de todo o universo, faltava-lhe até um sítio onde pudesse
reclinar a cabeça. No entanto, não comenta: saberão que sois dos meus porque
não vos apegastes às riquezas. Permanece quarenta dias e quarenta noites no
deserto em jejum rigoroso, antes de se dedicar à pregação do Evangelho. E
também não afirma aos seus: compreenderão que servis a Deus, porque não sois
comilões nem bebedores.
A
característica que distinguirá os apóstolos, os cristãos autênticos de todos os
tempos, já a ouvimos: nisto – precisamente nisto – conhecerão todos que sois
meus discípulos: se vos amardes uns aos outros. (Amigos de Deus,
224)
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