Desde logo sim…,
como anjos serão aqueles que no fim da prova de amor a que estamos submetidos, aceitando
o amor que o Senhor nos oferece constantemente. Ele próprio assim no-lo disse, quando
um grupo de saduceus quis estender-lhe uma de suas acostumadas armadilhas. Os
saduceus não acreditavam na ressurreição e perguntaram-lhe, que de quem seria a
mulher de sete irmãos que tinham estado casados com ela, o Senhor respondeu-lhes:
“Quando os mortos ressuscitarem de quem será esposa, já que os sete a tiveram
por mulher? Não será que andais equivocados por não compreender as Escrituras nem
o poder de Deus? Quando mortos ressuscitarem, nem os homens nem as mulheres se
casarão, mas serão como anjos no céu”.
Esta passajem
evangélica, levou-me a reflectir sobre uma série de temas, acerca das nossas semelhanças
e diferenças com os anjos. Os anjos como sabemos tal como nós, são criaturas
criadas por Deus e tão amadas por Deus como nós o somos, mas com uma diferença
enquanto ao amor de Deus que é que eles como já passaram a sua prova de amor, não
há nenhum que viva ou exista à margem do amor de Deus, porque os que se
levantaram ao grito de ‘non serviam’, não serviremos, foram esmagados pelo
arcanjo São Miguel e enviados pela eternidade no inferno, ainda que alguns deles
tenha uma espécie de suspensão de pena, pois o Senhor serve-se deles para que nós
podamos demonstrar nosso amor a Ele. Em troca nós, vivemos em pleno período de
prova, como uma lógica da qualidade de reciprocidade que o amor tem, o Senhor,
ama más ao que mais O ama, ama com a esperança, de que voltem para Ele os que não
vivem na sua graça.
Dito isto noutros
termos, e com respeito aos anjos, exactamente não sabemos que é se passou e
como se passou pois enquanto ao factor tempo, este não se aplica a eles, só a nós
enquanto estivermos neste mundo. Deus criou a os anjos por razão de amor, tal
como também todos nós fomos criados por razão de amor. Mas quando esse amor
divino é repudiado, coisa que os anjos caídos fizeram ou demónios, Deus retira
seu amor, porque a essência de Deus é o amor e esse vazio que se produz,
imediatamente é repleto pela antítese do amor que é o ódio e também como Deus é
Luz de amor, também se produz outro vazio por falta de luz, que é repleto imediatamente
pelas trevas. Daqui que o inferno seja o reino do ódio e das trevas.
Isto é exactamente
o que também se passará, com as criaturas humanas, que no decisivo momento
final, não aceitem o amor que o Senhor esteve constantemente oferecendo-nos ao longo
das nossas vidas.
[i] Juan do Carmelo não é
quien dice ser. O mejor dicho, é quien é, mas prefiere presentarse en su alter
ego Juan do Carmelo que não é más que um seglar que, a finales de los años 80,
experimentó a llamada de Deus e se vinculó al Carmelo Teresiano. Ha publicado
libros de espiritualidad como «Mosaico espiritual», «Santidad no Pontificado»,
o «En as manos de Deus» Como o cortés não quita o valiente é, además, um
empresario de éxito. E nos acompaña, com sencillez e hondura, desde «O blog de
Juan do Carmelo».
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