01/11/2012

Seremos como anjos? 1


Desde logo sim…, como anjos serão aqueles que no fim da prova de amor a que estamos submetidos, aceitando o amor que o Senhor nos oferece constantemente. Ele próprio assim no-lo disse, quando um grupo de saduceus quis estender-lhe uma de suas acostumadas armadilhas. Os saduceus não acreditavam na ressurreição e perguntaram-lhe, que de quem seria a mulher de sete irmãos que tinham estado casados com ela, o Senhor respondeu-lhes: “Quando os mortos ressuscitarem de quem será esposa, já que os sete a tiveram por mulher? Não será que andais equivocados por não compreender as Escrituras nem o poder de Deus? Quando mortos ressuscitarem, nem os homens nem as mulheres se casarão, mas serão como anjos no céu”.

Esta passajem evangélica, levou-me a reflectir sobre uma série de temas, acerca das nossas semelhanças e diferenças com os anjos. Os anjos como sabemos tal como nós, são criaturas criadas por Deus e tão amadas por Deus como nós o somos, mas com uma diferença enquanto ao amor de Deus que é que eles como já passaram a sua prova de amor, não há nenhum que viva ou exista à margem do amor de Deus, porque os que se levantaram ao grito de ‘non serviam’, não serviremos, foram esmagados pelo arcanjo São Miguel e enviados pela eternidade no inferno, ainda que alguns deles tenha uma espécie de suspensão de pena, pois o Senhor serve-se deles para que nós podamos demonstrar nosso amor a Ele. Em troca nós, vivemos em pleno período de prova, como uma lógica da qualidade de reciprocidade que o amor tem, o Senhor, ama más ao que mais O ama, ama com a esperança, de que voltem para Ele os que não vivem na sua graça.

Dito isto noutros termos, e com respeito aos anjos, exactamente não sabemos que é se passou e como se passou pois enquanto ao factor tempo, este não se aplica a eles, só a nós enquanto estivermos neste mundo. Deus criou a os anjos por razão de amor, tal como também todos nós fomos criados por razão de amor. Mas quando esse amor divino é repudiado, coisa que os anjos caídos fizeram ou demónios, Deus retira seu amor, porque a essência de Deus é o amor e esse vazio que se produz, imediatamente é repleto pela antítese do amor que é o ódio e também como Deus é Luz de amor, também se produz outro vazio por falta de luz, que é repleto imediatamente pelas trevas. Daqui que o inferno seja o reino do ódio e das trevas.

Isto é exactamente o que também se passará, com as criaturas humanas, que no decisivo momento final, não aceitem o amor que o Senhor esteve constantemente oferecendo-nos ao longo das nossas vidas.

(juan do carmelo, [i] trad. ama)


[i] Juan do Carmelo não é quien dice ser. O mejor dicho, é quien é, mas prefiere presentarse en su alter ego Juan do Carmelo que não é más que um seglar que, a finales de los años 80, experimentó a llamada de Deus e se vinculó al Carmelo Teresiano. Ha publicado libros de espiritualidad como «Mosaico espiritual», «Santidad no Pontificado», o «En as manos de Deus» Como o cortés não quita o valiente é, además, um empresario de éxito. E nos acompaña, com sencillez e hondura, desde «O blog de Juan do Carmelo».

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