14/11/2012

ANO DA FÉ COM S. JOSEMARIA 6


... e de Nossa Mãe, Santa Maria, neste Ano da fé

Quando algum desportista está a dar tudo por tudo, há normalmente um espectador muito especial, na bancada ou diante da TV: a sua mãe!

«Falta-nos fé. No dia em que vivamos esta virtude - confiando em Deus e na sua Mãe - , seremos valentes e leais. Deus, que é o Deus de sempre, fará milagres pelas nossas mãos.
- Dá-me, ó Jesus, essa fé que de verdade desejo! Minha Mãe e Senhora minha, Maria Santíssima, faz com que eu creia! (Forja, 235)»

Santo Agostinho afirma que não se deve pensar que a graça da evangelização se expandiu até aos Apóstolos e que, com eles, aquela fonte de graça esgotou, mas «esta nascente manifesta-se quando flui, não quando deixa de derramar. E foi desta forma que a graça através dos Apóstolos alcançou também outros, que foram enviados a anunciar o Evangelho... aliás, continuou a chamar até estes últimos dias todo o corpo do seu Filho Unigénito, ou seja, a sua Igreja difundida em toda a terra» (Sermo 239). A graça da missão precisa sempre de novos evangelizadores capazes de a acolher, para que o anúncio salvífico da Palavra de Deus nunca venha a faltar, nas condições mutáveis da história.
Por isso, a nova evangelização deverá procurar encontrar caminhos para tornar ainda mais eficaz o anúncio da salvação, sem o qual a existência pessoal permanece na sua contraditoriedade e desprovida do essencial. Também a quem permanece ligado às raízes cristãs, mas vive a difícil relação com a modernidade, é importante fazer compreender que o ser cristão não é uma espécie de hábito para vestir em privado ou em ocasiões particulares, mas algo vivo e global, capaz de assumir tudo o que existe de bom na modernidade. Faço votos por que no trabalho destes dias possais traçar um projecto capaz de ajudar toda a Igreja e as diferentes Igrejas particulares, no compromisso da nova evangelização; um projecto no qual a urgência por um renovado anúncio se torne cheio da formação, sobretudo para as novas gerações, e seja conjugado com a proposta de sinais concretos, capazes de tornar evidente a resposta que a Igreja pretende oferecer neste momento particular. Se, por um lado, toda a comunidade está chamada a fortalecer o espírito missionário para dar o anúncio novo que os homens do nosso tempo esperam, não se poderá esquecer que o estilo de vida dos crentes tem necessidade de uma credibilidade genuína, tanto mais convincente quanto mais dramática é a condição daqueles aos quais se dirige. É por isto que desejamos fazer nossas as palavras do Servo de Deus Papa Paulo vi, quando disse em relação à evangelização: «É através do seu comportamento, da sua vida, que a Igreja evangelizará antes de tudo o mundo, ou seja, através do seu testemunho vivo de fidelidade ao Senhor Jesus, de pobreza e de desapego, de liberdade perante os poderes deste mundo, numa palavra, de santidade» (Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 41).
(Bento XVI, Discurso ao Conselho Pontificio para a Nova Evangelização, 31 de Maio de 2011)

Sé de Viseu, 26 de Junho de 2012

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