16/09/2011

Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A estrutura do juízo


Ser algo comporta uma identidade consigo mesmo dentro dos limites próprios e por isso uma diferenciação do que está fora dos ditos limites, quer dizer, das outras realidades. A mesma etimologia de algo (aliguid = alud quid) implica um quid (identidade) e um aliud (diferenciação dos outros).
Se diferencia de tudo, incluindo o sujeito preceptor. É portanto uma realidade objectiva (obiectum).
Por o facto de ser algo, uma realidade, não é outras realidades. Outros entes poderão ter a mesma essência, mas ao ser outras realidades já são diferentes. Simplesmente, tudo aquilo que é uma realidade, algo, revela identidade entitativa dentro dos limites próprios e portanto se diferencia de todos os outros seres. Ser algo é uma possessão parcial do ser e portanto se diferencia de todas as outras partes do ser que existem. A limitação e a absolutez que implica são dos aspectos da realidade que conhecemos. Mas não dos co-princípios na composição real.

josé antonio sayés, [i] trad ama,


[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

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