Milagres |
claramente dito nosso Senhor, na parábola de Lázaro e o rico Epulón, quando este já condenado desde o inferno e ante a impossibilidade de que ao menos, o mendigo Lázaro, refrescasse a sua língua com o seu dedo molhado em água, o rico Epulón peça a Abraão “Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à minha casa paterna, pois tenho cinco irmãos, para que os advirta disto, e não suceda virem também eles parar a este lugar de tormentos. Abraão disse-lhe: Têm Moisés e os profetas; oiçam-nos. Ele, porém, disse: Não basta isso, pai Abraão, mas, se alguém do reino dos mortos for ter com eles, farão penitência. Ele disse-lhe: Se não ouvem Moisés e os profetas, também não acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” (Lc 16,28-31).
A dureza do coração do homem vai aumentando quando este caminha afastando-se de Deus, e chega um momento, em que o milagre não o converte. O demónio já se encarregará de dar argumentos à sua mente para que repudie a evidência do milagre. É em o homem que caminha para Deus, onde o milagre surte maior efeito, pois aumenta a fé deste. Nisto de ver os milagres, podemos ter em conta o que diz um provérbio chinês: “O sábio mostra o céu, mas o tonto mira o dedo”. Se bem que os sinais possam atrair as multidões interessadas, estes não desembocam automaticamente num processo pessoal de fé.
juan del carmelo, trad ama
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