Nota de AMA:
Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.
Véspera de 13 de Maio.
Já muitos peregrinos estarão neste momento naquele lugar bendito pela tua presença, viva, há 70 anos atrás, Senhora.
Quiseste vir a Portugal, a Fátima, entregar a três simples crianças, uma mensagem urgente, importantíssima: oração e penitência, em desagravo do Sagrado Coração de Jesus tão ofendido pelos homens.
Ah! Senhora, que maravilha operaste nesta terra e neste homem que agora pensa nestas coisas todas.
As recordações da minha infância, os actos de Fé, simples uns, grandiosos outros, mas todos tão esmagadoramente convincentes, que pasmo como pode alguém duvidar da excelência das virtudes que Fátima emana.
E eu, como tenho vivido a mensagem que tão amorosamente entregas-te aos Pastorinhos?
O Terço diário tenho-o rezado, mas, de que forma, Senhora...
Quantas distracções, devaneios, alheamentos.
Em lugar de meditar nos mistérios do Rosário, que retractam momentos importantíssimos da tua vida na terra, fico a pensar em não sei quê, divagando sem nexo e sem rumo.
Perdoa-me minha querida Mãe do Céu, a falta de educação que manifesto com tais atitudes.
Sabes bem que sou um fraco e que não consigo fazer bem feito, como deve ser, uma coisa tão importante como falar contigo, rezar o Terço do Rosário.
Avé Maria cheia de graça. Sim, Avé Maria acima de tudo e todos, logo, logo abaixo de Jesus, tu, Maria, és a primeiríssima pessoa a quem recorro.
Sei bem quanto vale a tua intercessão junto do Teu Santíssimo Filho e, por isso: Recordare Virgo Mater Dei dum steteris in conspectu Domini et loquaris pro me bona.
Não te esqueças, Senhora.
Tenta, como só tu sabes, "compor as coisas" junto do Senhor, e diz-lhe que, vendo bem, eu não passo de um pobre tonto que não faz as coisas melhor porque é mole e fraco.
Mas que tento, tento e hei-de tentar sempre.
Com a tua preciosa ajuda, claro, porque sem ela bem posso eu tentar que não conseguirei absolutamente nada.
Penitência e oração, oração e penitência.
As duas coisas têm forçosamente de estar juntas, de se completar.
E eu penitencio-me pouco, quase nada.
Os pequenos sacrifícios ou mortificações que faço, que são, comparados com os gostos que desfruto, os, prazeres, os comodismos, para não falar já, nos excessos, mormente na comida e bebida que, por vezes, como um animal esfomeado ou sôfrego, cometo.
Ajuda-me Senhora minha, neste dia 12 de Maio, a preparar a minha alma e o meu espírito para atarefa diária que me espera:
Combater a distracção e o alheamento, lutar pela concentração na oração e a disposição permanente para a mortificação nas coisas pequenas de cada dia.
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