07/04/2011

Criação, Fé e Ciência 7

Observando
continuação

Saber encaixar os golpes da vida não significa ser insensível. Tem a ver mais com aprender a não pedir à vida mais do que pode dar, ainda que sem cair num conformismo medíocre e cinzento; com aprender a respeitar e estimar o que a outros os diferencia de nós, mas mantendo umas convicções e uns princípios claros; ser pacientes e saber ceder, mas sem abandonar direitos nem abdicar da própria personalidade.
Temos de aprender a ter paciência. A viver sabendo que todo o grande é fruto de um esforço continuado, que sempre custa e necessita de tempo. A ter paciência com nós mesmos, que é decisivo para a própria maturidade, e a ter paciência com todos (sobretudo com os que temos mais próximo).
E poderia falar-se, por último, doutro tipo de paciência, não pouco importante:  a paciência com a grosseria da realidade que nos rodeia. Porque se queremos melhorar o nosso ambiente precisamos de nos armar de paciência, preparar-nos para suportar contratempos sem cair na amargura. Pela paciência o homem torna-se dono de si mesmo, aprende a robustecer-se no meio das adversidades. A paciência outorga paz e serenidade interiores. Torna o homem capaz de ver a realidade com visão de futuro, sem ficar imediatamente enredado. Fá-lo olhar com sobre elevação os acontecimentos, que tomam assim uma nova perspectiva. São valores que quiçá cobrem força no nosso horizonte pessoal à medida que a vida avança: cada vez valorizamos mais a paciência, esse saber encaixar os golpes da vida, manter a esperança e a alegria no meio das dificuldades.

alfonso alguiló 2011.03.28, in conoZe.com, trad ama

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