30/03/2011

Voz dos que não têm voz

Duc in altum

Por esta causa, desde este lugar, desde esta capital do Alto Volta, dirijo um chamamento solene ao mundo inteiro. Eu, João Paulo II, Bispo de Roma e sucessor de Pedro, levanto a minha voz suplicante, porque não posso calar-me quando os meus irmãos e irmãs estão ameaçados. 
Constituo-me em voz dos que não têm voz, a voz dos inocentes os quais morreram por que lhes faltaram a água e o pão; a voz dos pais e das mães que viram morrer os seus filhos sem o compreender, e verão sempre nos seus filhos as consequências da fome padecida; a voz das gerações futuras, que não devem viver com esta terrível ameaça projectando-se sobre as suas vidas. Dirijo um chamamento a todos!
Se Cristo conhecedor do interior do homem, sublinha esta comoção, quer dizer que é importante para toda a nossa atitude face ao sofrimento alheio. Portanto, é necessário cultivar em si mesmo esta sensibilidade do coração para com o que sofre. Por vezes esta compaixão é a única e a principal manifestação do nosso amor e da nossa solidariedade para o homem que sofre.

(joão Paulo II, discurso no Alto Volta, 1984.02.28, nr. 28)

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