Observando |
A 8 de Março celebrou-se com aparato o Dia Internacional da Mulher, efeméride de origem socialista, iniciada em 1911 na Alemanha, até com influência na revolução bolchevique de 1917. Lenine foi o primeiro líder a torná-la oficial. Perto dessa data, outra comemoração, mais antiga, passa sempre despercebida.
O Dia Mundial da Oração, na primeira sexta-feira de Março, começou em 1884 por iniciativa de mulheres dos EUA. Espalhou-se por múltiplas denominações cristãs em 170 países, sempre através de movimentos femininos. Não deixa de ser curioso o desinteresse mediático pela celebração, que é também um movimento de mulheres, espontâneo e muito divulgado. O silêncio jornalístico leva múltiplos cristãos, mesmo devotos, a celebrar o Dia da Mulher, ignorando a existência do Dia da Oração.
Isto mostra o interesse dos «dias mundiais». Eles só fazem sentido quando defendem valores essenciais da humanidade que alguns atacam. O 8 de Março tinha esse sentido para as mulheres em 1911. A 4 de Março, mulheres de todo o mundo mostraram a importância da oração, valor central de todas as culturas que este tempo insiste em agredir. Mas mostraram também, pela obscuridade a que foram remetidas, a justificação da sua iniciativa
João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt
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