3. Sacramentos da fé e da salvação
Cristo
enviou os Apóstolos para que, «em seu nome, pregassem a todas as nações a
conversão para o perdão dos pecados» (Lc 24, 47). «Fazei
discípulos de todas as nações, batizai-os em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo» (Mt 28, 19). A missão de batizar, portanto a
missão sacramental, está implicada na missão de evangelizar; porque o
sacramento é preparado pela Palavra de Deus e pela fé, que é assentimento a
esta Palavra.
Os
sacramentos estão ordenados à santificação dos homens, à edificação do corpo de
Cristo e, por fim, a prestar culto a Deus; como sinais, têm também a função de
instruir. Não só supõem a fé, mas também a alimentam, fortificam e exprimem por
meio de palavras e coisas, razão pela qual se chamam “sacramentos da fé”.
A fé
da Igreja é anterior à fé do fiel, que é chamado a aderir a ela. Quando a
Igreja celebra os sacramentos, confessa a fé recebida dos Apóstolos. Celebrados
dignamente na fé, os sacramentos conferem a graça que significam. Eles são
eficazes, porque neles é o próprio Cristo que opera: é Ele que batiza, é Ele
que age nos sacramentos para comunicar a graça que o sacramento significa.
Os
sacramentos actuam ex opere operato (segundo o Concílio de Trento: “pelo
próprio facto de a ação ser executada”), quer dizer, em virtude da obra
salvífica de Cristo, realizada uma vez por todas. Segue-se daí que “o
sacramento não é realizado pela justiça do homem que o dá ou que o recebe, mas
pelo poder de Deus”.[1] Por
conseguinte, desde que um sacramento seja celebrado conforme a intenção da
Igreja, o poder de Cristo e do Seu Espírito age nele e por ele,
independentemente da santidade pessoal do ministro. No entanto, os frutos dos
sacramentos dependem também das disposições de quem os recebe.
A
Igreja afirma que, para os crentes, os sacramentos da Nova Aliança são
necessários para a salvação. A «graça sacramental» é a graça do Espírito Santo
dada por Cristo e própria de cada sacramento. O Espírito cura e transforma
aqueles que O recebem, conformando-os com o Filho de Deus. O fruto da vida
sacramental é que o Espírito de adoção deifique os fiéis, unindo-os vitalmente
ao Filho único, o Salvador.
O
fruto da vida sacramental é, ao mesmo tempo, pessoal e eclesial. Por um lado,
este fruto é, para todo o fiel, viver para Deus em Cristo Jesus; por outro, é
para a Igreja crescimento na caridade e na sua missão de testemunho.[2]
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