28/03/2021

Reflexão na Quaresma

 


Quinto Domingo da Quaresma

Domingo de Ramos


Impressiona pensar que, talvez, muitos desta multidão que aclama Jesus na Sua entrada em Jerusalém serão os mesmos que, horas depois, hão-de vociferar «Crucifica-o».

Como é volúvel o ser humano sobretudo, quando abdica da vontade própria para por medo, conveniência, o que seja, se deixar conduzir por outros não lhe importando perceber o que está na raíz, qual o verdadeiro objectivo do que lhe sugerem que faça.

Os que se servem destas pobres pessoas têm de facto um objectivo: quantas mais pessoas se juntarem numa "reclamação" do que for, melhor porque será uma forma de pressionar quem tem de decidir. Será como pretender que uma mentira for repetida exaustivamente passe a ser uma verdade.

Só morrendo é que a semente dá origem a uma vida nova, revelando assim a sua maravilhosa fecundidade.

Agora aclamam Jesus invadidos por um ímpeto interior genuíno concluindo d por querem a Sua glorificaçã, coroá-Lo Rei. 

Depois, a morte que pedem aos gritos é uma cedência à pressão dos chefes do povo. Não é genuíno mas cobarde.


Mas, o que ignoram é que para Jesus a morte é semente de uma vida maravilhosamente nova e fecunda. Graças à Sua morte redentora, os benefícios da salvação são, com efeito, comunicados a todos os homens, judeus ou pagãos. A Sua morte é a conclusão da Sua missão é, por isso, a hora da Sua glorificação.

Aceitando voluntariamente a morte, em filial e amorosa obediência ao Pai e aos Seus planos de salvação, Jesus «deu-nos a vida imortal».

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