por El Reto del amor
Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
30/04/2019
Temas para reflectir e meditar
Evangelho e comentário
TEMPO DE PÁSCOA
Evangelho: Jo 3, 7-15
7 Não te admires por Eu te ter dito:
‘Vós tendes de nascer do Alto.’ 8 O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz,
mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que
nasceu do Espírito.» 9 Nicodemos interveio e disse-lhe: «Como pode ser isso?»
10 Jesus respondeu-lhe: «Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas? 11 Em
verdade, em verdade te digo: nós falamos do que sabemos e damos testemunho do
que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho. 12 Se vos falei das coisas
da terra e não credes, como é que haveis de crer quando vos falar das coisas do
Céu? 13 Pois ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho
do Homem. 14 Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é
necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto, 15 a fim de que todo o
que nele crê tenha a vida eterna.
Comentário:
A
conversa de Jesus com Nicodemos não pode ser mais esclarecedora.
O
fariseu é, sem dúvida, uma pessoa bem-intencionada e com evidente vontade de
conhecer em profundidade a doutrina de Jesus e conhecer a Sua Pessoa.
Por
isso mesmo o Senhor o esclarece num tom e com argumentos que deixam antever uma
especial relação entre os dois.
Nicodemos
é um homem sereno e justo e, para Jesus Cristo, estas são qualidades
absolutamente necessárias a quem quer intimar com Ele.
Podemos
legitimamente presumir que as conversas entre os dois foram inúmeras e que
Jesus se comprazia em atender e acolher aquele homem bem-intencionado que O procurava
com honestidade intelectual e sinceros desejos de compreender para poder
acreditar.
(AMA,
comentário sobre Jo 3, 7-15, 14.01.2019)
Amemos a direcção espiritual!
Abriste sinceramente o teu coração ao teu
Director, falando na presença de Deus... E foi maravilhoso verificar como tu
sozinho ias encontrando resposta adequada às tuas próprias tentativas de
evasão. Amemos a direcção espiritual! (Sulco, 152)
Conhecem muito bem as obrigações do vosso caminho de cristãos, que
os hão-de levar sem parar e com calma à santidade; também estão precavidos
contra as dificuldades, praticamente contra todas, porque já se vislumbram
desde o princípio do caminho. Agora insisto em que se deixem ajudar e guiar por
um director de almas, a quem confiem todos os entusiasmos santos, os problemas
diários que afectarem a vida interior, as derrotas que sofrerem e as vitórias.
Nessa direcção espiritual mostrem-se sempre muito sinceros: não deixem
nada por dizer, abram completamente a alma, sem medo e sem vergonha. Olhem que,
se não, esse caminho tão plano e tão fácil de andar complica-se e o que ao
princípio não era nada acaba por se converter num nó que sufoca.
(...) Lembram-se da história do cigano que se foi confessar? Não
passa de uma história, de uma historieta, porque da confissão nunca se fala e,
além disso, estimo muito os ciganos. Coitadinho! Estava realmente arrependido:
Senhor Padre, acuso-me de ter roubado uma arreata... – pouca coisa, não é? – e
atrás vinha uma burra...; e depois outra arreata...; e outra burra... e assim
até vinte. Meus filhos, o mesmo acontece no nosso comportamento: quando cedemos
na arreata, depois vem o resto, a seguir vem uma série de más inclinações, de misérias
que aviltam e envergonham; e acontece o mesmo na convivência: começa-se com uma
pequena falta de delicadeza e acaba-se a viver de costas uns para os outros, no
meio da indiferença mais gelada. (Amigos de Deus, 15)
Leitura espiritual
1. Podemos adivinhar o
futuro?
- Baseados na experiência
poderemos prever algo que acontecerá. A fidedignidade depende da maior ou menor
ligação entre as causas presente e os efeitos futuros. Assim se fazem as
previsões meteorológicas: estuda-se o presente tendo em conta o passado e
tiram-se conclusões mais ou menos certeiras sobre o futuro.
2. Adivinha-se o futuro
através das cartas/tarot, horóscopos/astrologia, quiromancia, etc.?
- Não, não. Simplesmente
permitem que a imaginação humana se distraia inventando fábulas de acordo com
palavras, os gestos ou desenhos inventados por outros homens quem também não
conhecem o futuro. (E que ganham dinheiro com esta diversão que proporcionam).
O mesmo sucede no
espiritismo, com um perigo adicional da possível intervenção de demónios.
3. Os anjos e os santos
podem adivinhar o futuro?
- As sua previsões podem
sem mais certeiras que as nossas devido à sua maior inteligência e melhores
dados.
No entanto, o futuro só o
conhece Deus nosso Senhor que é eterno.
4. Pode Deus comunicar-nos
o futuro?
- A Bíblia mostra-nos abundantes
profecias onde Deus anuncia algum futuro. Esses vaticinios costumam estar
unidos a um convite ao esforço e à conversão.
O Senhor manifesta-nos o
que necessitamos e quando nos convém.
5. Alguns exemplos de
futuro que já conhecemos?
- Sabemos que vamos a
morrer e que nos apresentaremos ante o juízo de Deus.
Sabemos que aqueles que
praticam o mal serão castigados (inferno), enquanto que se praticarmos o bem
seremos premiados com o céu futuro, além de sermos mais felizes na terra.
6. O que sucederia se
conhecêssemos o futuro por completo?
- Além de tranquilizar a
nossa curiosidade, a consequência principal seria a de deixar de esforçar-se.
Para quê lutar se, faça o que fizer, sei o que me vai acontecer? Por isto, Deus
nosso Senhor prefere não nos anunciar todo o futuro.
7. Se Deus sabe o que
faremos, somos livres?
- Deus conhece o que
livremente decidiremos realizar, mas esta visão não diminui a nossa liberdade.
Por exemplo, quem vê um jogo diferido conhece o resultado e o que farão os
jogadores, mas são eles quem joga.
(No caso de Deus, o jogo
não se jogou, mas está a jogar-se).
Outro exemplo, o Senhor
conhece os números da lotaria, no entanto, o sorteio é real e sem batota.
De qualquer modo, este
tema é algo complicado e é melhor não andar com ele às voltas.
Basta que tomemos decisões
agradáveis a Deus e assim dirigimos a nossa vida ao melhor destino possível: o
céu.
8. Há algum modo humano de
conhecer o futuro?
- Há um modo curioso de
conhecer algo do futuro próprio.
Para tal é necessário ter
e exercitar a virtude da lealdade.
Esta virtude é o hábito de
cumprir a palavra dada, bem como os compromissos adquiridos.
Como consequência, se uma
pessoa leal se compromete a algo, adivinha parte do seu futuro pois sabe que cumprirá
a sua palavra.
Por exemplo, quem se compromete
a cuidar de jardim de 5 a 7 de um mês, conhece bastante bem duas horas diárias
do seu futuro.
Curioso.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.
Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
29/04/2019
Temas para reflectir e meditar.
Estava ali, sentado
naquela cadeira de café.
Não é meu hábito mas,
naquela tarde, estava um pouco cansado de uma caminhada pelas ruas da cidade e
apeteceu-me descansar um pouco.
Ouvi distintamente alguém
que dizia:
- Tu segue-me!
Que estranho! Uma frase
que eu conheço perfeitamente e sobre a qual medito bastante:
Refiro-me ao “chamamento
típico” de Jesus Cristo que os Evangelistas referem por várias vezes.
Fez-me confusão, confesso.
Estarei a ouvir “coisas”? Estou tontinho?
Olhei em volta e as sete
ou oito pessoas que estavam por ali sentadas continuaram a conversar
normalmente.
Enfim… gente comum, uns
três ou quatro homens, duas senhoras e três jovens “agarrados” aos telemóveis.
Pois… não podia ser…
Mas, de facto, tornei a
ouvir talvez com um acento de insistência:
- Tu segue-me!
Bom… desta vez a coisa
pareceu-me séria e tive de fazer um esforço para não me levantar imediatamente
persignando-me.
Mas, sou teimoso, muito
teimoso, e nada dado nem a “visões” nem a “audições” estranhas como vindas “do
Além”.
Por isso resolvi “entrar
no jogo” e perguntei em silêncio:
- Senhor, estás a falar
comigo?
E ouvi:
- Claro que estou a falar
contigo. Vem e segue-me!
Fiquei estarrecido!
O Senhor estava a falar
comigo, sentado a uma mesa de café, numa rua qualquer da cidade onde vivo.
O esforço agora, para me
comportar sem dar nas vistas, era tentar reter a torrente lágrimas que sentia
impetuosa a vir-me aos olhos.
Deixei de ouvir os ruídos
das conversas à minha volta, os barulhos do bulício normal de uma rua de
cidade, dos automóveis, nada. Como se uma espécie de “bolha” invisível me
tivesse encerrado isolando-me do mundo exterior.
Pensei:
‘O que faço agora?’
Ali perto há uma Igreja
aberta ao público. Quase como um zombie levantei-me e fui até lá.
O Templo estava deserto
pelo que me senti muito à vontade e comecei num monólogo íntimo, mas aceso e
confiante.
‘Pronto, Senhor, não sabia
onde ir, ou antes, onde querias que fosse para seguir-Te por isso vim aqui.
Desculpa a minha ousadia e a minha pouca fé mas, se há mais alguma coisa…
E não acabei porque Ele, -
tive então a certeza absoluta que era Ele – disse-me:
- Fizeste exactamente o
que Eu queria.
Sabes: estou aqui neste
Sacrário há mais de quatro horas e não aparece ninguém para me fazer um pouco de
companhia, ou, sequer, para Me cumprimentar!
Que bom! Agora estás aqui
e podemos passar uns bons momentos juntos.
Para mim já não havia
quaisquer “barreiras” ou impedimentos de falsa vergonha e por isso comecei a
falar como se tivesse de repente aberto as portas do meu coração, da minha
alma, e deixasse vir cá para fora quanto guardava cioso da minha Fé e do meu
Amor.
Sentia-me tão contente e
feliz por ter merecido – sem merecimento – o convite do Senhor que nem sei
quanto tempo ali estive, nem o que Lhe disse ou contei.
Nunca me interrompeu e eu
fui falando, falando ininterruptamente até que uma senhora com alguma idade
entrou na Igreja.
Nessa altura disse-me:
- Pronto! Gostei do nosso
convívio, podes ir-te embora.
- Ah! E obrigado por Me
teres seguido!
AMA, reflexões, 13.03.19
Evangelho e comentário
TEMPO DE PÁSCOA
Evangelho: Mt 11, 25-30
25 Naquela ocasião,
Jesus tomou a palavra e disse: «Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra,
porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos
pequeninos. 26Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado. 27 Tudo me foi
entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém
conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.» 28 «Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos,
que Eu hei-de aliviar-vos. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso
espírito. 30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»
Comentário:
Nos dias de
hoje a "pressão" sobre as pessoas é quase insuportável.
Os
"media" encarregam-se de nos fazer chegar em profusão notícias
preocupantes de toda a ordem e, muitos, não sabemos os que fazer e, até, o que
pensar.
São as
sociedades - os países - a desfazer-se nos princípios, nas raízes, nos
costumes.
É a
"sanha" legislativa que atenta contra os mais elementares direitos
das pessoas, das famílias, de sociedades inteiras impondo - ou pelo menos
tentado impor - leis atentatórias da moral mais básica e elementar, os direitos
decorrentes da própria dignidade do ser humano.
De facto, nada
disto é inteiramente novo, - basta-nos ler as Epístolas de São Paulo - mas a
facilidade de comunicação e difusão actuais tornam-nos como que participantes
involuntários e não podemos ignorar ou descartar o perigo - autêntico, real -
para os mais novos, desprotegidos, ignorantes.
Os
"pequeninos" de que Jesus fala!
Ponhamo-nos a
Seu lado e confiemos na Sua protecção e Amor, rezemos sem descanso por todos
esses "que não sabem o que fazem", mas que são nossos irmãos em
Cristo.
(AMA, comentário sobre Mt 11, 25-30, 04.29.2017)
Ide a José e encontrareis Jesus
Ama muito S. José, quer-lhe com toda a tua
alma, porque é a pessoa que, com Jesus, mais amou Santa Maria e quem mais
conviveu com Deus: quem mais o amou, depois da Nossa Mãe. Merece o teu carinho
e convém-te dar-te com ele, porque é Mestre de vida interior e pode muito ante
Nosso Senhor e ante a Mãe de Deus. (Forja, 554)
José foi, no aspecto humano, mestre de Jesus; conviveu com Ele diariamente,
com carinho delicado, e cuidou dele com abnegação alegre. Não será esta uma boa
razão para considerarmos este varão justo, este Santo Patriarca, no qual
culmina a Fé da Antiga Aliança, Mestre de vida interior? A vida interior não é
outra coisa senão o convívio assíduo e intimo com Cristo, para nos
identificarmos com Ele. E José saberá dizer-nos muitas coisas sobre Jesus. Por
isso, não deixeis nunca de conviver com ele; ite ad Joseph, como diz a tradição cristã com uma frase tomada do
Antigo Testamento.
Mestre da vida interior, trabalhador empenhado no seu trabalho,
servidor fiel de Deus em relação contínua com Jesus: este é José. Ite ad Joseph. Com S. José o cristão
aprende o que é ser Deus e estar plenamente entre os homens, santificando o
mundo. Ide a José e encontrareis Jesus. Ide a José e encontrareis Maria, que
encheu sempre de paz a amável oficina de Nazaré. (Cristo que passa, nn. 56)
A Igreja inteira reconhece S. José como seu protector e padroeiro.
Ao longo dos séculos tem-se falado dele, sublinhando diversos aspectos da sua
vida, sempre fiel à missão que Deus lhe confiara. Por isso, desde há muitos
anos, me agrada invocá-lo com um título carinhoso: Nosso Pai e Senhor.
S. José é realmente Pai e Senhor, protegendo e acompanhando no seu
caminho terreno aqueles que o veneram, como protegeu e acompanhou Jesus
enquanto crescia e se fazia homem. (Cristo que passa, nn. 39)
Leitura espiritual
A. O QUÉ É O RELATIVISMO? TIPOS.
1. Há verdades objectivas
e tudo depende de o que cada um pense?
As coisas são como são, e
cada um interpreta-as à sua maneira aproximando-se mais ou menos da realidade.
Ainda que Dumbo seja una boa película, na realidade os elefantes não voam.
2. Tudo é opinável?
Pode opinar-se sobre
qualquer coisa, mas nem todos os pareceres são certos. Pode opinar-se que os
homens não morrem ou que não existe Pekín, mas são ideias erradas.
3. É o mesmo uma opinião
que outra?
Quanto ao seu conteúdo,
serão melhores as opiniões mais próximas da realidade.
Quanto a quem opina, serão
mais valiosos os comentários de pessoas sinceras e entendidas na matéria.
4. O que é O relativismo?
O relativismo é a postura
ou teoria de rejeitar a existência de verdades e defender que tudo é opinável,
que tudo depende do ponto de vista. (Mas se não há verdades tampouco o
relativismo é verdadeiro).
5. Não depende todo do ponto
de vista?
O ponto de vista pode fixar-se
mais num aspecto que outro, e acertar mais ou menos com a realidade. Mas a realidade
é como é, independentemente de quem veja.
6. Não depende tudo da
cultura? (relativismo cultural).
Cada cultura pode acertar
mais o menos com a realidade. Mas a realidade não depende de las culturas. Por exemplo,
o teorema de Pitágoras é uma verdade universal e não só para os triângulos do seu
povo.
7. Que problemas provoca o
relativismo?
O relativismo origina sérias
dificuldades:
Trava a procura da
verdade: Sendo igual uma teoria ou outra, deixa-se de investigar.
Com o relativismo surgem as
mais fortes ditaduras: se tudo é opinável, nada é mais conveniente, e se executará
o que decida o mais forte.
Se tudo é o mesmo,
despreza-se a experiencia e o conselho de outros, e o homem fica só.
Levado ao máximo, o
relativismo conduz a uma forma de loucura ou desvario mental onde nada é real,
o imaginário mistura-se e confunde-se com o real.
8. Relativismo religioso:
é a mesma coisa uma religião que outra?
Não, não. Todas as religiões
têm aspectos bons e correctos, mas só uma é completamente verdadeira, pois só
há um único Deus.
9. Relativismo moral: Tanto
faz obrar de uma forma ou outra?
Obviamente não é igual assassinar
e roubar que consolar e servir. Tira a carteira a um relativista e comprovarás
que neste ponto não é o mesmo qualquer opinião.
10. Como encontrar a
verdade?
Este é o problema. A
verdade encontra-se mediante a inteligência. Mas o nosso entendimento julga por
vezes erroneamente - por exemplo, deixando-se influenciar pelas paixões (sentimentos)
-. Então a melhor maneira de buscar a verdade segue três passos:
O estudo sério das coisas,
empregando bem a própria inteligência.
Pedir conselho a pessoas
de vida exemplar, aproveitando s sua sabedoria.
Rogar humildemente a Deus
a sua ajuda. Ele é a Verdade.
11. Algum remédio face ao
relativismo?
- A formação e o interesse
pela verdade. Uma pessoa pode ser relativista para com o que desconhece ou não
estima, mas não é fácil sê-lo se se sabe o valor de algo e aprecia. Por exemplo,
ninguém costuma ser relativista com respeito ao dinheiro da sua carteira, e prefere
que ali continue. Não lhe é indiferente que as suas notas passem para o bolso de
um ladrão. Conhece e aprecia o dinheiro e não lhe é indiferente que lho tirem. De
qualquer forma, quem sabe somar assegura que 2+2=4, e afirma-o com segurança, mas
quem desconhece os números e a operação de somar não se importa que sejam 4, 5
ou 7; qualquer opinião lhe parece válida.
Por isto, o remédio face ao
relativismo é a formação nesse terreno. Quem é relativista em matemáticas basta
que as estude e deixará de lhe ser indiferente um resultado ou outro. Quem é
relativista em assuntos religiosos basta que aprenda mais sobre religião... O remédio
é buscar a verdade. Ao ir encontrando-a desaparecem as trevas da in diferença.
B.
RELATIVISMO e DEMOCRACIA. RELATIVISMO e DIÁLOGO
1. É melhor aceitar
firmemente ou duvidar?
- O correcto é aceitar com
segurança as verdades que são razoavelmente certas, e duvidar em algum grau das
opiniões menos claras. A dificuldade aparece ao distinguir umas das outras.
2. Aceitar verdades com
firmeza é pouco democrático?
- A democracia é um bom
sistema político, mas mau método científico, desaconselhável para a investigação.
Na procura da verdade escutam-se opiniões, mas aceita-se o mais razoável, independentemente
de se muitas vozes o apoiam.
3. O relativismo evita posturas fanáticas?
- Quem aceita verdades apoia-se
no razoável, e mudará a sua postura se encontra algo mais razoável. Em troca se
tudo é relativo, não se decide nada ou tomam-se decisões sem pensar, e isto é menos
humano. Em ambos os casos evita-se o fanatismo se há humildade para reconhecer
os erros.
4. O relativismo melhora a
compreensão e tolerância entre as pessoas?
- São coisas independentes:
a compreensão e tolerância são facetas ligadas à caridade, e esta virtude pode
praticar-se sendo-se relativista ou não, pois dependerá de se a caridade se inclui
entre os valores apreciados. Um relativista pode dizer: cada qual deve viver segundo
a sua moral e a minha reclama ser violento e intolerante.
5. A firmeza na verdade é
pouco dialogante?
- Ambos aspectos actuam em
campos diferentes. a segurança nas afirmações é consequência da certeza de um facto.
Enquanto a atitude dialogante opera no trato pessoal e vai unida à caridade. Portanto,
é possível manter a verdade com caridade. É igualmente possível duvidar de tudo
tiranicamente, pretendendo obrigar todos a duvidar.
6. O relativismo favorece o
diálogo?
- Depende de o que se
pretenda alcanzar con O diálogo:
Se se busca encontrar una
verdade, então o relativismo é um grande obstáculo pois assegura que não há
verdades.
Se se deseja aprender o partilhar
conhecimentos, também o relativismo é uma dificuldade, já que os conhecimentos
são verdades adquiridas.
Se com o diálogo se tenta
só um pacto, ainda que se oponha ao verdadeiro e correcto, então é melhor o
relativismo, pois como nada interessa, pode ceder-se em tudo.
28/04/2019
Temas para reflectir e meditar.
Tantas vezes Te faço esta
pergunta que me aperta o coração!
Para que Te sirvo eu?
Que préstimo tenho?
O que esperas de mim?
E, Tu, num silêncio
ensurdecedor vais-me dizendo: VIVE!
Como?, pergunto com a
desfaçatez de quem não sabe a resposta.
Como sabes e podes,
vencendo-te cada segundo do teu dia-a-dia, entregando-te nas minhas mãos que te
amparam e guiam:
´Vive!`
E, eu, pobre de mim, faço
o possível por… viver como queres…
Mas… sem Ti… como poderei?
AMA,
reflexão, 27.02.2019)
Evangelho e comentário
TEMPO DE PÁSCOA
Domingo
da Divina Misericórdia
Evangelho: Jo 20, 19-31
19 Ao anoitecer daquele dia, o
primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se
encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio
deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» 20 Dito isto, mostrou-lhes as mãos
e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor. 21 E Ele
voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também
Eu vos envio a vós.» 22 Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o
Espírito Santo. 23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados;
àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.» 24 Tomé, um dos Doze, a quem
chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio. 25 Diziam-lhe os outros
discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal
dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a
minha mão no seu peito, não acredito.» 26 Oito dias depois, estavam os discípulos
outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus
veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!» 27 Depois, disse a
Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no
meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.» 28 Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor
e meu Deus!» 29 Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que
crêem sem terem visto!» 30 Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda
Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. 31 Estes,
porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus,
e, acreditando, terdes a vida nele.
Comentário:
O
Evangelista São João termina o “seu” Evangelho com a descrição de uma cena
entranhável: a confissão do Apóstolo Tomé:
«Meu Senhor e meu Deus!»
Não
é uma confissão “qualquer” mas um “grito” que vem do fundo da alma do Apóstolo
incrédulo.
Perante
a evidência, o seu coração não pode mais que confessar a verdade que intimamente
reconhece e podemos sem esforço adivinhar a reacção dos outros Apóstolos que
estavam presentes: a necessidade concreta de repetirem cada um, a declaração de
Tomé.
A
partir deste momento, cessam todas as dúvidas, ficam liminarmente transparentes
todas as questões.
Também
nós, quando o Sacerdote eleva sobre o Altar a Hóstia Consagrada, repetimos com
convicção e com toda a nossa alma:
«Meu Senhor e meu Deus!»
(AMA,
comentário sobre Jo 20, 1-9, 14.01.2019)
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