Como sabes sou uma pessoa bem-disposta.
Às vezes temo que possa parecer irreflectido ou
“ligeiro” nas minhas relações com os outros.
Que achas?
Respondo:
Realmente, o bom humor é uma
virtude excelente que torna o convívio ou as relações com aquele que a possui,
muito agradável.
Em qualquer tempo, mas sobretudo
no que decorre, é bastante difícil não ser constantemente assediado com
assuntos, factos ou incidências que nos provocam apreensão,
dúvida, sentimentos contraditórios, e, se em sociedade, discussões e confrontos
que, por vezes, desgastam desnecessariamente a pessoa e podem, de alguma forma,
corromper essas mesmas relações.
Normalmente, o bom humor está
associado à serenidade (de que já falámos) porque também é uma virtude estável
do indivíduo não sujeita a influências alheias, do meio ambiente, etc.
Mas não tem nada a ver com a
inconsciência ou a ligeireza de carácter que levam a encarar o que se lhe
depara com a displicência própria dos néscios.
Pelo contrário, é uma virtude que
dá ao que a possui, um enfoque optimista das coisas, procurando sempre o “lado
bom”, tirando partido das situações que se apresentam como menos boas para lhes
descobrir um bem que não parece evidente.
Sim, tem também muito a ver com a
esperança já que, esta, é fundamental para evitar o derrotismo, a consideração
da inevitabilidade do que se apresenta.
Na luta interior, então, esta
virtude é fundamental para que, associando-a à consciência, se possa ter um
optimismo razoável quanto aos resultados do esforço por
melhoria.
A pessoa bem-humorada faz amizades
com mais facilidade já que, tem um espírito mais aberto e construtivo que,
naturalmente, atrai e arrasta. [i]
[1] Nota: Normalmente, estes “Diálogos
apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas
semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase
na íntegra.
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