Logo, parece, a liberdade humana
não é total mas sim condicionada: Posso fazer mal mas sujeito-me a uma pena;
desejo fazer o bem porque terei um benefício.
Este conhecimento condiciona ou
não a liberdade?
Respondo:
Acho que sim, porque entendo que uma liberdade total não distingue o bem do
mal, isto é, tanto faz fazer uma coisa ou outra porque não haverá
consequências.
Claro que, colocado desta forma, deixamos de estar a falar de seres humanos,
dotados de alma, vontade, querer, conhecimento, razão.
Um cão não tem esta capacidade e por isso o ensinamos a fazer isto ou
aquilo, conforme nos convém e, o cão, passará a fazê-lo porque obedece a um
estímulo de prémio.
No fundo da questão estará, talvez, um dito muito antigo: “A minha liberdade
acaba onde começa a liberdade dos outros!”
Isto resume um magnífico entendimento empírico do bem e do mal na medida em
que, o primeiro é sempre uma manifestação de respeito pelo semelhante e, o
segundo, a ausência dessa preocupação.
Acrescentamos, assim, uma característica fundamental e única do ser humano.
Voltaremos a este assunto.
[1] Nota: Normalmente, estes “Diálogos
apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas
semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase
na íntegra.
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