19/03/2016

Reflexões quaresmais

Quaresma de 2016 – 37ª Reflexão

Chego-me a Ti, Senhor, e pergunto-Te:

Senhor, porque é que à medida que me vou aproximando de Ti, o caminho não me parece mais fácil, mas sempre mais exigente?

Dás-me o braço e, caminhando comigo, vais-me dizendo:

Sabes, meu filho, não é uma questão de ser mais fácil ou difícil, de ser mais ou menos exigente.
Repara que Eu nada te exijo, pois dou-te inteira liberdade. És tu mesmo que vais constatando as tuas fraquezas, os teus problemas, os teus vícios, sobretudo aqueles que antes para ti nada significavam e agora incomodam a tua vida, e o caminho que queres fazer.
Se vires uma obra de arte na escuridão ou na penumbra, não consegues perceber se ela tem imperfeições ou defeitos, mas se a aproximares da luz, se a expuseres à luz, vais perceber todas as imperfeições, todos os defeitos que ela contém, até porque a vais conhecendo cada vez melhor.
Assim acontece contigo. À medida que te vais aproximando de Mim, que sou a Luz, vais-te conhecendo cada vez melhor e assim vais descobrindo todas as fraquezas, todos os problemas, todos os vícios, que antes não conseguias ver.
E, por isso mesmo, porque percebes que é em Mim que encontras a vida e a felicidade, vais exigindo de ti cada vez mais, para corrigires, (por Minha graça), por vezes com grande luta e sacrifício, o caminho para a perfeição, para assim praticares a Minha Palavra: «Sede perfeitos, como o vosso Pai Celeste é perfeito».
Porque sabes, meu filho, todos os outros e tu, são as minhas “obras de arte “!

Achego-me ainda mais a Ti e peço-Te:

Dá-me força, Senhor, e discernimento, para encontrar e corrigir todas as minhas fraquezas, todos os meus problemas, todos os meus vícios.
E muda, Senhor, transforma, converte, abate as barreiras, as incertezas, a incredulidade, que existam na vida que me deste e modela-a segundo a Tua vontade.

Eu quero ser, Senhor, uma Tua “obra de arte”, não para meu orgulho ou vaidade, mas para Te servir melhor, sempre para a Tua maior glória.
Obrigado, Senhor, pela “obra de arte” que fizeste de cada um de nós, frutos do Teu infinito amor.

Joaquim Mexia Alves, Monte Real, 18 de Março de 2016


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