Nota: Normalmente, estes “Diálogos
apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas
semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase
na íntegra.
Hoje apareceste visivelmente perturbado e perguntei-te o
que se passava.
De um jacto, confessaste:
‘Tens razão, Estou preocupado… preocupadíssimo! Um meu
irmão – que, julgo, não conheces – tem tido inúmeros problemas, quase todos
consequência de algum desregramento na sua vida. Tenho feito alguns esforços
para lhe chamar a atenção mas ele nem quer ouvir falar nem de Deus, nem Igreja…
nada que respeite à religião. Já lá vão umas semanas que está internado num
hospital e a doença não o larga, antes parece agravar-se e, ele, está
desesperado, sem conseguir manter-se lúcido e com esperança. Que está
abandonado! Que é um Castigo! Que se sente irremediavelmente perdido! E, eu não
sei o que fazer… Será que podes ir visitá-lo e falar um pouco com ele?’
Imediatamente, sem pensar um segundo, respondi-te: ‘Mas
claro que sim! Conta comigo’
E acertámos as coisas.
Depois que nos despedimos, fiquei a pensar e resolvi
escrever-te: «Meu caro amigo:
Fiquei a pensar na nossa a última conversa e o problema
que se te depara com a situação do teu irmão doente.
Para começar, chego à conclusão que talvez não seja
conveniente, para já, uma conversa directa dele comigo. Se se encontra nessa
disposição como iria aceitar - e reagir - à aproximação de um estranho falando
sobre esses temas que, tal como me contaste, se recusa a falar?
Ao contrário, tu estás numa posição diferente: és seu
irmão, e existe uma intimidade entre os dois que te permite abordar o assunto
sem que, ele te rejeite liminarmente.»
Fiquei a aguardar a tua reacção…
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