O povo babilónico
estabeleceu a sua base numérica em torno do número doze e não com base no
número dez, que é o nosso sistema numérico actual. O doze era a cifra essencial
do seu sistema, pois o espaço e o tempo tinham sentido em relação com o doze:
doze esferas, doze meses do ano, doze horas diurnas, doze horas nocturnas, doze
signos e doze casas do zodíaco.
Para a Cabala o
número doze é um número carregado de vibrações e o seu simbolismo é
interpretado de várias formas. Por um lado é um número de forte influência
sobre a sensibilidade das pessoas. Em certos casos, associa-se o seu significado
com as paixões e com a renúncia pessoal e também compreende os mundos da
formação, da criação, da emanação e da acção.
Como número da
formação associa-se, segundo a doutrina hermética e cabalística, ao pensamento
e à mente; como número da criação, as mesmas fontes advertem que o doze aparece
imbuído de um simbolismo com referência à saúde, tanto da alma como do corpo;
como número da emanação, o doze é interpretado como centro essência dos objectos
e das coisas; como número da acção o doze é associado à evolução e ao
desenvolvimento, e assim, é considerado como um símbolo ligado a Mãe Terra.
Para a Astrologia o
doze é um número de significado harmónico e é identificado com o signo de
Peixes, que ocupa o décimo lugar do Zodíaco.
Os alquimistas consideram-no
cheio de sentido hermético, já que ao ser múltiplo perfeito de três, contém a
tríade de elementos essenciais para conseguir transformar a matéria bruta com
base das misturas de mercúrio, sal e enxofre, além de conter como divisores os
quatro elementos (água, ar, terra e fogo).
Na tradição judaico-cristã
o número doze é uma cifra sagrada, um símbolo de pleno sentido, já que eram
doze os apóstolos, doze as tribos de Israel, doze as pedras preciosas do
peitoral do sumo-sacerdote, doze as portas da cidade de Jerusalém, a mulher
celestial levava uma coroa com doze estrelas; inclusive a Bíblia diz que o
número dos eleitos era 12 vezes 12.000, uma cifra que representa a totalidade
dos santos.
(helena gerenstadt)
Nota: Revisão da versão
portuguesa por ama.
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