30 Tendo os Apóstolos voltado a Jesus, contaram-Lhe tudo o que tinham
feito e ensinado, 31 e Ele disse-lhes: «Vinde à parte, a um lugar
solitário, e descansai um pouco». Porque eram muitos os que iam e vinham e nem
sequer tinham tempo para comer. 32 Entrando, pois, numa barca,
retiraram-se à parte, a um lugar solitário. 33 Porém, viram-nos
partir, e muitos perceberam para onde iam e acorreram lá, a pé, de todas as cidades,
e chegaram primeiro que eles. 34 Ao desembarcar, viu Jesus uma
grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor, e
começou a ensinar-lhes muitas coisas.
Comentários:
A nossa missão como cristãos é levar ao Pastor Divino
todas essas ovelhas que andam pela vida perdidas ou sem norte.
Muitas sabem muito bem o que têm a fazer para se
incorporarem no rebanho ou para regressarem ao redil mas, os respeitos humanos,
a indecisão, a tibieza, o aburguesamento impedem-nos e tolhem-nos.
Outros pura e simplesmente ignoram que existe um Pastor
que anseia por os reunir no Seu rebanho para lhes dar abrigo e ensinar o
caminho para as pastagens mais verdejantes e suculentas.
A uns e a outros temos de ir, com urgência porque o
tempo foge e levar-lhes doutrina segura, simples mas concreta que é fundamental
para se decidirem.
(ama,
comentário sobre Mc 6, 30-34, 2012.02.04)
Já publicados:
Comove esta
solicitude de Jesus para com os Seus enviados.
Deve consolar-nos muito porque, também nós,
todos os baptizados, somos enviados a dar doutrina, a ensinar, a anunciar o
Reino de Deus "a todas as gentes" e, tal como a estes que o Evangelho
refere, também a nós o Senhor não deixará de mostrar a Sua solicitude de
Mestre, sossegando o nosso espírito perante os aparentes fracassos que possamos
ter e animar-nos a prosseguir no trabalho apostólico.
(ama, comentário sobre Mc 6, 30-34, 2011.02.05)
Os frutos do apostolado
fazem-se notar de forma evidente: as pessoas acorrem à fonte a beber a água de
que estão sedentas, obter o alimento necessário para lhes mitigar a fome.
Querem saber, desejam
conhecer, anseiam por compreender o seu papel na vida e, mais, o que têm que
fazer para que essa vida os leve onde desejam, anseiam ir: ao encontro final
com Deus Nosso Senhor.
Por isso correm e não
descansam enquanto não encontram quem lhes dê o que precisam.
O nosso papel – de
qualquer cristão – a nossa missão é exactamente essa: instruir e educar todos
quantos se encontram connosco e, depois, encaminhá-los para Cristo.
Apóstolos, autênticos,
verdadeiros, dedicados, sem perder tempo, que é precioso, com tergiversações e
planos grandiosos de missão.
Os outros, todos os
outros, estão à nossa espera. Não os defraudemos e, sobretudo, não defraudemos
o Senhor que nos confiou essa missão grandiosa de anunciar o Seu Reino.
(ama, comentário sobre Mc 6, 30-34, 2012.06.18)
Tal como nos tempos de
Jesus, também hoje, um dos maiores flagelos da humanidade é a ignorância. A pessoa
ignorante não pode, não consegue ter acesso a tudo aquilo que, por direito, lhe
pertence e do qual o mais importante é a informação.
Sem informação, a pessoa
está sujeita aos desencontros da vida e aos embates dos que procuram, com
enganos e falsas promessas levá-las por caminhos que não lhes convêm.
O cristão – qualquer
cristão - tem a missão de apóstolo que mais não é que levar a palavra de Deus
aos que a não conhecem. A palavra de Deus é a Verdade, assim, ao transmiti-la a
outros estamos a espalhar a Verdade.
Conhecendo a Verdade
transforma de forma radical o ignorante porque olhe dá uma ideia muito concreta
do que deve querer e do que deve desejar e, isto, é exactamente o contrário de
ignorância porque é… sabedoria.
(ama, comentário sobre Mc 6, 30-34,
2012.01.05)
A compaixão do Senhor
pelos homens não tem limites. Nem a fome, nem o cansaço, nem as distâncias,
nada aparta o Senhor dos Seus filhos. Quando parece que Se afasta talvez a Sua
intenção seja provar a nossa diligência em encontrá-lo, a nossa persistência,
no fim, o nosso amor.
Distribui às mãos cheias
os Seus bens, a Sua bênção, a Sua palavra, fluente, clara, Divina, enche os corações
de todos nós, que, como ovelhas sem pastor, procuramos guia, conforto,
segurança.
E ensina-nos tudo quanto
precisamos saber sobre o amor porque, afinal, de amor se trata: amor de Deus
por nós e amor de nós a Deus. E, ‘como amor com amor se paga’, nada mais nos
compete fazer que procura-lo, sem descanso nem tergiversações até O encontrar-mos.
Talvez fiquemos, então, surpreendidos ao verificar quão perto estava de nós.
(ama, Meditação sobre Mc 6, 30-34,
2009.03.25)
O trabalho apostólico
cansa? Sim, o trabalho apostólico, bem feito, com empenho, dedicação, com disponibilidade,
cansa física e intelectualmente.
O apostolado não se
improvisa por mais “calo” ou experiência que se possa ter deve ser objecto de
uma preparação prévia à actividade que se vai desenvolver – uma simples
conversa, catequese, o que for -, feita com criterioso cuidado para não deixar
nada ao acaso.
O apostolado é
disponibilidade, tendo em conta, não a nossa conveniência mas quando é
necessário aos outros no tempo que lhes convém.
O apostolado é entrega
total e completa ao que se faz, empenhando a fundo todo o saber, capacidade e
potências.
Sim, o trabalho
apostólico cansa! Por isso, tal como Jesus aconselha aos Seus discípulos, é preciso
descansar porque um apóstolo esgotado pelo cansaço físico ou intelectual, não
interessa para nada.
(ama, comentário sobre Mc 6, 30-34,
2010.12.30)
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