7 Chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder
sobre os espíritos imundos. 8 Ordenou-lhes que não levassem nada
para o caminho, a não ser um bastão; nem alforge, nem pão, nem dinheiro na
cintura; 9 mas que fossem calçados de sandálias, e não levassem duas túnicas. 10
E dizia-lhes: «Em qualquer casa onde entrardes, ficai nela até sairdes desse
lugar. 11 Onde vos não receberem nem ouvirem, retirando-vos de lá,
sacudi o pó dos vossos pés em testemunho contra eles». 12 Tendo
partido, pregavam que fizessem penitência. 13 Expulsavam muitos
demónios, ungiam com óleo muitos enfermos e curavam-nos.
Comentários:
É
interessante constatar nas recomendações que Jesus faz aos 'enviados' uma
evidente nota de desprendimento - não levar duas túnicas, por ex - recomenda
que calcem sandálias.
Parece
algo despropositado nos dias de hoje mas, naquele tempo e ainda hoje, era comum
andar-se descalço.
O
calçado conferia, ao que o usava, um certo estatuto ou então, que ia ou vinha
de uma reunião ou festa.
As
duas coisas são válidas, o Mestre não quer que os Seus 'enviados' se apresentem
de qualquer maneira e, por outro lado, a missão que lhes comete tem a maior
relevância.
Damo-nos
conta que, o Senhor, não deseja a pobreza miserável, mas sim o comportamento
digno e de acordo com a tarefa a desempenhar
Assim
no apostolado a nossa postura há-de primar pela forma como nos apresentamos,
sinal que damos aos outros da seriedade e importância que damos ao que fazemos
em nome de Cristo.
(ama, comentário sobre Mc 6, 7-13,
2012.07.15)
Já publicados:
Ninguém,
absolutamente, deve dedicar-se ao apostolado por motu próprio, quer dizer, por
seu livre arbítrio. Porquê? Porque o apostolado é trabalho de Deus e não nosso,
ou melhor, trabalhamos por e para Deus e não por ou para nós.
Deste
modo o apóstolo, seja quem for, deve procurar quem o possa instruir como fazer
e dirigir as suas acções e, quem melhor para tal, que aquele que dirige a nossa
alma no aconselhamento espiritual? Conhecendo as nossas capacidades e competências
saberá, com são critério, orientar-nos devidamente para que o trabalho seja
efectivamente aquele que mais convém nas circunstâncias concretas em que se
apresenta.
Se, de facto, o apóstolo se considerar, como deve, apenas um instrumento,
não precisará de nada mais senão isto mesmo: direcção e conselho.
O resto, e com o seu empenho e dedicação, lhe
será dado por acréscimo e na medida em que o Senhor considerar útil.
(ama,
comentário sobre Mc 6, 7-13, 2010.12.30)
A utilidade das coisas, dos bens não deve ser confundida com a sua
posse indiscriminada.
Ninguém consegue vestir duas túnicas ao mesmo tempo sendo que, possuir
uma segunda para usar enquanto a primeira está a ser lavada é uma comodidade e
não uma necessidade.
Este é o grande problema do desprendimento: ter o que se precisa, de
facto, e não o que è dispensável.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.