A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A.
O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
Para ver, clicar SFF.
O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
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Evangelho:
Mt 26, 1-29
1 Aconteceu que, tendo Jesus acabado todos estes
discursos, disse aos Seus discípulos: 2
«Vós sabeis que daqui a dois dias será celebrada a Páscoa e o Filho do Homem
será entregue para ser crucificado». 3 Foi então que se reuniram os
príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo no palácio do sumo pontífice, que
se chamava Caifás, 4 e tiveram conselho acerca dos meios de
prenderem a Jesus por astúcia, e de O matarem. 5 Mas eles diziam:
«Não se faça isto durante a festa, para que não suceda levantar-se algum
tumulto entre o povo». 6 Estando Jesus em Betânia, em casa de Simão
o leproso, 7 aproximou-se d'Ele uma mulher com um frasco de
alabastro, cheio de um perfume precioso, e o derramou sobre a Sua cabeça, quando
Ele estava à mesa. 8 Vendo isto, os discípulos indignaram-se,
dizendo: «Para quê este desperdício? 9 Porque este perfume podia
vender-se por bom preço, e dar-se aos pobres». 10 Jesus, sabendo
isto, disse-lhes: «Porque molestais esta mulher? Ela fez-Me verdadeiramente uma
obra boa. 11 Porque vós tereis sempre convosco pobres, mas a Mim nem
sempre Me tereis. 12 Derramando ela este perfume sobre o Meu corpo,
fê-lo como para a Minha sepultura. 13 Em verdade vos digo que onde
quer que for pregado este Evangelho, em todo o mundo, publicar-se-á também para
sua memória o que ela fez». 14 Então um dos doze, que se chamava
Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes, 15 e
disse-lhes: «Que me quereis dar e eu vo-l'O entregarei?». Eles prometeram-lhe
trinta moedas de prata. 16 E desde então buscava oportunidade para O
entregar. 17 No primeiro dia dos ázimos, aproximaram-se de Jesus os
discípulos, dizendo: «Onde queres que Te preparemos o que é necessário para
comer a Páscoa?». 18 Jesus disse-lhes: «Ide à cidade, a casa de um
tal, e dizei-lhe: “O Mestre manda dizer: O Meu tempo está próximo, quero
celebrar a Páscoa em tua casa com os Meus discípulos”». 19 Os
discípulos fizeram como Jesus tinha ordenado e prepararam a Páscoa. 20
Ao entardecer, pôs-se Jesus à mesa com os doze. 21 Enquanto comiam,
disse-lhes: «Em verdade vos digo que um de vós Me há-de trair». 22
Eles, muito tristes, cada um começou a dizer: «Porventura sou eu, Senhor?» 23
Ele respondeu: «O que mete comigo a mão no prato, esse é que Me há-de trair. 24
O Filho do Homem vai certamente, como está escrito d'Ele, mas ai daquele homem
por quem será entregue o Filho do Homem! Melhor fora a tal homem não ter
nascido». 25 Judas, o traidor, tomou a palavra e disse: «Porventura,
sou eu, Mestre?». Jesus respondeu-lhe: «Tu o disseste». 26 Enquanto
comiam, tomou Jesus o pão, pronunciou a bênção, e partiu-o, e deu-o aos Seus
discípulos, dizendo: «Tomai e comei, isto é o Meu corpo». 27 Tomando
depois o cálice, deu graças, e deu-lho, dizendo: «Bebei dele todos. 28
Porque isto é o Meu sangue, o sangue da nova aliança, que será derramado por
todos para remissão dos pecados. 29 Digo-vos, porém: desta hora em
diante não beberei mais deste fruto da videira, até àquele dia em que o beberei
de novo convosco no reino de Meu Pai».
CARTA ENCÍCLICA
MUSICAE SACRAE
DISCIPLINA
DO SUMO PONTÍFICE
PAPA PIO XII
AOS VENERÁVEIS
IRMÃOS PATRIARCAS, PRIMAZES,
ARCEBISPOS E BISPOS
E OUTROS ORDINÁRIOS DO LUGAR
EM PAZ E COMUNHÃO COM
A SÉ APOSTÓLICA
SOBRE A MÚSICA SACRA
A música polifónica
26.
Com o que havemos dito para louvar e recomendar o canto gregoriano, não é
intenção nossa remover dos ritos da Igreja à polifonia sacra, a qual, desde que
exornada das devidas qualidades, pode contribuir bastante para a magnificência
do culto divino e para suscitar piedosos afetos na alma dos fiéis. Afinal, bem
sabido é que muitos cantos polifônicos, compostos sobretudo no século XVI,
brilham por tal pureza de arte e tal riqueza de melodias, que são inteiramente
dignos de acompanhar e como que de tornar mais perspícuos os ritos da Igreja.
E, se, no curso dos séculos, a genuína arte da polifonia pouco a pouco decaiu,
e não raramente lhe são entremeadas melodias profanas, nos últimos decênios,
mercê da obra indefesa de insignes mestres, felizmente ela como que se renovou,
mediante um mais acurado estudo das obras dos antigos mestres, propostas à
imitação e emulação dos compositores hodiernos.
27.
Destarte sucede que, nas basílicas, nas catedrais, nas igrejas dos religiosos,
podem executar-se quer as obras-primas dos antigos mestres, quer composições
polifônicas de autores recentes, com decoro do rito sagrado; antes sabemos que,
mesmo nas igrejas menores, não raramente se executam cantos polifônicos mais
simples, porém compostos com dignidade e verdadeiro senso de arte: A Igreja
favorece todos estes esforços; realmente, consoante às palavras do nosso
predecessor de feliz memória são Pio X, ela "sempre favoreceu o progresso
das artes e ajudou-o, acolhendo no uso religioso tudo o que o engenho humano
tem criado de bom e de belo no curso dos séculos, desde que ficassem salvas as
leis litúrgicas", ,(24) Estas leis exigem que, nesta importante matéria,
se use de toda prudência e se tenha todo cuidado a fim de que se não introduzam
na Igreja cantos polifônicos que, pelo modo túrgido e empolado, ou venham a
obscurecer, com a sua prolixidade, as palavras sagradas da liturgia, ou
interrompam a acção do rito sagrado, ou, ainda, aviltem a habilidade dos
cantores com desdouro do culto divino.
O órgão
28.
Devem essas normas aplicar-se, outrossim, ao uso do órgão e dos outros
instrumentos musicais. Entre os instrumentos a que é aberta a porta do templo
vem, de bom direito, em primeiro lugar o órgão, por ser particularmente
adequado aos cânticos sacros e aos sagrados ritos, por conferir às cerimônias
da Igreja notável esplendor e singular magnificência, por comover a alma dos
fiéis com a gravidade e doçura do seu som, por encher a mente de gozo quase
celeste, e por elevar fortemente à Deus e às coisas celestes.
Outros
instrumentos de música que podem ser utilizados
29.
Além do órgão, há outros instrumentos que podem eficazmente vir em auxílio para
se atingir o alto fim da música sacra, desde que nada tenham de profano, de
barulhento, de rumoroso, coisas essas destoantes do rito sagrado e da gravidade
do lugar. Entre eles vêm, em primeiro lugar, o violino e outros instrumentos de
arco, os quais, ou sozinhos ou juntamente com outros instrumentos e com o órgão,
exprimem com indizível eficácia os sentimentos, de tristeza ou de alegria, da
alma. Aliás, acerca das melodias musicais inadmissíveis no culto católico já
falamos claramente na encíclica Mediator Dei. "Quando eles não tiverem
nada de profano ou de destoante da santidade do lugar e da acção litúrgica, e
não forem em busca do extravagante e do extraordinário, tenham também acesso
nas nossas igrejas, podendo contribuir não pouco para o esplendor dos ritos
sagrados, para elevar a alma para o alto, e para afervorar a verdadeira piedade
da alma".,(25) É o caso apenas de advertir que, quando faltarem a
capacidade e os meios para tanto, melhor será abster-se de semelhantes
tentativas, do que fazer coisa menos digna do culto divino e das reuniões
sacras.
Os
cânticos populares e seu uso
30.
A esses aspectos que têm mais estreita ligação com a liturgia da Igreja
juntam-se, como dissemos, os cantos religiosos populares, escritos as mais das
vezes em língua vulgar, os quais se originam do próprio canto litúrgico, mas, sendo
mais adaptados à índole e aos sentimentos de cada povo em particular, diferem
não pouco entre si, conforme o caráter dos povos e a índole particular das
nações. A fim de que semelhantes cânticos religiosos proporcionem fruto
espiritual e vantagem ao povo cristão, devem ser plenamente conformes ao
ensinamento da fé cristã, expô-la e explicá-la retamente, usar linguagem fácil
e melodia simples, fugir da profusão de palavras empoladas e vazias, e,
finalmente, mesmo sendo breves e fáceis, ter uma certa dignidade e gravidade
religiosa. Quando esses cânticos sacros possuem tais dotes, brotando como que
do mais profundo da alma do povo, comovem fortemente os sentimentos e a alma, e
excitam piedosos afetos; quando se cantam como uma só voz nas funções religiosas
da multidão reunida, elevam com grande eficácia a alma dos fiéis às coisas
celestes. Por isso, embora, como dissemos, nas missas cantadas solenes não
possam eles ser usados sem especial permissão da Santa Sé, todavia nas missas
celebradas em forma não-solene podem eles admiravelmente contribuir para que os
fiéis assistam ao santo sacrifício não tanto como espectadores mudos e quase
inertes, mas de forma que, acompanhando com a mente e com a voz a acção sacra,
unam a própria devoção às preces do sacerdote, e isso desde que tais cantos
sejam bem adaptados às várias partes do sacrifício, como sabemos que já se faz
em muitas partes do mundo católico, com grande júbilo espiritual.
31.
Quanto às cerimônias não estritamente litúrgicas, tais cânticos religiosos, uma
vez que correspondam às condições supraditas, podem contribuir de modo notável
para atrair salutarmente o povo cristão, para amestrá-lo, para formá-lo numa
sincera piedade, e para enchê-lo de santo regozijo; e isso tanto nas Igrejas
como externamente, especialmente nas procissões e nas peregrinações aos
santuários, e do mesmo modo nos congressos religiosos nacionais e
internacionais. De modo especial serão eles úteis quando se tratar de instruir
na verdade católica os meninos e as meninas, como também nas associações
juvenis e nas reuniões dos pios sodalícios, tal como muitas vezes o demonstra
claramente a experiência.
32.
Por isso, não podemos deixar de exortar-vos vivamente, veneráveis irmãos, a vos
dignardes, com todo cuidado e por todos os meios, de favorecer e promover nas
vossas dioceses esse canto popular religioso. Não vos faltarão homens
experientes para recolher e reunir juntos esses cânticos onde não se haja
feito, a fim de que por todos os fiéis possam eles ser mais facilmente
aprendidos, cantados com desembaraço e bem gravados na memória. Aqueles a quem
está confiada a formação religiosa dos meninos e das meninas não deixem de
valer-se, pelo modo devido, desses eficazes auxílios, e os assistentes da
juventude católica usem deles retamente na grave tarefa que lhes foi confiada.
Desse modo pode-se esperar obter mais outra vantagem, que está no desejo de
todos, a saber: a de que sejam eliminadas essas canções profanas que, ou pela
moleza do ritmo, ou pelas palavras não raro voluptuosas e lascivas que o
acompanham, costumam ser perigosas para os cristãos, especialmente para os
jovens, e sejam substituídas por essas outras que proporcionam um prazer casto
e puro, e que, ao mesmo tempo, alimentam a fé e a piedade; de modo que já aqui
na terra o povo cristão comece a cantar aquele cântico de louvor que cantará
eternamente no céu: "Aquele que se senta no trono e ao Cordeiro seja
bênção, honra, glória e poder pelos séculos dos séculos" (Ap 5, 13).
Condições
especiais em países de missão
33.
O que até aqui escrevemos vigora sobretudo para as nações pertencentes à Igreja
nas quais a religião católica já está solidamente estabelecida. Nos países de
missão, certamente não será possível pôr tudo isso em prática antes de haver
crescido suficientemente o número dos cristãos, antes de se haverem construído
igrejas espaçosas, antes de serem convenientemente freqüentadas pelos filhos
dos cristãos as escolas fundadas pela Igreja, e, finalmente, antes de haver lá
um número de sacerdotes igual à necessidade. Todavia, vivamente exortamos os
obreiros apostólicos que lidam nessas vastas extensões da vinha do Senhor,
entre os graves cuidados do seu ofício, se dignarem de ocupar-se seriamente
também dessa incumbência. É maravilhoso ver o quanto se deleitam com as melodias
musicais os povos confiados aos cuidados dos missionários, e quão grande parte
tem o canto nas cerimônias dedicadas ao culto dos ídolos. Improvidente seria,
portanto, que esse eficaz subsídio para o apostolado fosse tido em pouca conta,
ou completamente descurado, pelos arautos de Cristo verdadeiro Deus. Por isso,
no desempenho do seu ministério, os mensageiros do evangelho nas regiões pagãs,
deverão fomentar largamente este amor do canto religioso que é cultivado pelos
homens confiados aos seus cuidados, de modo que, aos cânticos religiosos
nacionais, não raro admirados até mesmo pelas nações civilizadas, esses povos
contraponham análogos cânticos sacros cristãos, nos quais se exaltam as
verdades da fé, a vida de nosso Senhor Jesus Cristo, da Beata Virgem e dos
santos na língua e nas melodias peculiares dos mesmos povos.
34.
Lembrem-se, outrossim, os missionários de que, desde os antigos tempos a Igreja
católica, enviando os arautos do evangelho à regiões ainda não iluminadas pela
luz da fé, juntamente com os ritos sagrados, quis que eles levassem também os
cantos litúrgicos, entre os quais as melodias gregorianas, e isto no intuito de
que, atraídos pela doçura do canto, os povos a chamar a fé fossem mais
facilmente movidos a abraçar as verdades da religião cristã.
IV. RECOMENDAÇÕES AOS ORDINÁRIOS
35.
Para que obtenha o desejado efeito tudo quanto, seguindo as pegadas dos nossos
predecessores, nós nesta carta encíclica recomendamos ou prescrevemos, vós, ó
veneráveis irmãos, com solícito empenho adotareis todas as disposições que vos
impõe o alto encargo a vós confiado por Cristo e pela Igreja, e que, como
resulta da experiência, com grande fruto são, em muitas igrejas do mundo
cristão, postas em prática.
Os
coros dos fiéis
36.
Antes de tudo tende o cuidado de que na igreja catedral e, na medida em que as
circunstâncias o permitirem, nas maiores igrejas da vossa jurisdição, haja uma
distinta "Scholae cantorum", que sirva aos outros de exemplo e de
estímulo para cultivar e executar com diligência o cântico sacro. Onde,
contudo, não se puderem ter as "Scholae cantorum" nem se puder reunir
número conveniente de "Pueri cantores", concede-se que "um grupo
de homens e de mulheres ou meninas, em lugar a isso destinado e localizado fora
do balaústre, possa cantar os textos litúrgicos na missa solene, contanto que
os homens fiquem inteiramente separados das mulheres e meninas, e todo
inconveniente seja evitado, onerada nisso a consciência dos
Ordinários".(26)
Nos
seminários e colégios religiosos
37.
Com grande solicitude é de providenciar-se, para que todos os que nos
seminários e nos institutos missionários religiosos se preparam para as
sagradas ordens sejam retamente instruídos, segundo as diretrizes da Igreja, na
música sacra e no conhecimento teórico e prático do canto gregoriano, por
mestres experimentados em tais disciplinas, que estimem tradições, usos e
obedeçam em tudo às normas preceptivas da Santa Sé.
38.
E, se entre os alunos dos seminários e dos colégios religiosos houver algum
dotado de particular tendência e paixão por essa arte, disso não deixem de vos
informar os reitores dos seminários ou dos colégios, a fim de que possais
oferecer a esse tal ensejo de cultivar melhor tais dotes, e possais enviá-lo ao
Pontifício Instituto de música sacra nesta cidade, ou a algum outro ateneu do
gênero, contanto que ele se distinga por bons costumes e virtudes, e com isso
dê motivo a se esperar venha a ser um ótimo sacerdote.
Um
perito em música sacra no
seio do conselho diocesano de arte sacra
39.
Além disso, convirá providenciar, para que os ordinários e os superiores
maiores dos institutos religiosos escolham alguém, de cujo auxílio se sirvam em
coisa de tanta importância a que, entre outras tantas e tão graves ocupações,
por força de circunstâncias eles não possam facilmente atender. Coisa ótima
para esse fim é que no conselho diocesano de arte sacra haja alguém perito em
música sacra e em canto, o qual possa habilmente vigiar na diocese em tal
terreno e informar o ordinário de tudo o que se tem feito e se deva fazer,
acolhendo-se e fazendo-se executar as prescrições e disposições dele. E, se em
qualquer diocese existir alguma dessas associações que sabiamente têm sido
fundadas para cultivar a música sacra, e que têm sido louvadas e recomendadas
pelos sumos pontífices, na sua prudência poderá o ordinário ajudar-se dela para
satisfazer as responsabilidades desse seu encargo.
Os
pios sodalícios consagrados à música sacra
40.
Os pios sodalícios, constituídos para a instrução do povo na música sacra ou
para aprofundar a cultura desta última, os quais, com a difusão das idéias e
com o exemplo, muito podem contribuir para dar incremento ao canto sacro,
amparai-os, veneráveis irmãos, e promovei-os com o vosso favor, para que eles
floresçam de vigorosa vida e obtenham ótimos mestres idôneos, e em toda a
diocese diligentemente dêem desenvolvimento à música sacra e ao amor e ao
costume dos cânticos religiosos, com a devida obediência às leis da Igreja e às
nossas prescrições.
CONCLUSÃO
41. Tudo isso, movido por uma solicitude todo
paternal, quisemos tratar com certa amplitude; e nutrimos plena confiança de
que vós, veneráveis irmãos, dedicareis todo o vosso cuidado pastoral a tal
questão de interesse religioso muito importante para a celebração mais digna e
mais esplêndida do culto divino. Aqueles, pois, que na Igreja, sob a vossa direcção,
têm em suas mãos a direcção do que concerne a música, esperamos achem nesta
nossa carta encíclica incitamento para promover com novo e apaixonado ardor e
com generosidade operosamente hábil esse importante apostolado. Assim, conforme
auguramos, sucederá que essa arte tão nobre, muito apreciada em todas as épocas
pela Igreja, também nos nossos dias será cultivada de modo a ver-se reconduzida
aos lídimos esplendores de santidade e de beleza, e conseguirá perfeição sempre
mais alta, e com o seu contributo produzirá este feliz efeito: que, com fé mais
firme, com esperança mais viva, com caridade mais ardente, os filhos da Igreja
prestem nos templos a devida homenagem de louvores a Deus uno e trino, e que,
mesmo fora dos edifícios sagrados, no seio das famílias e nas reuniões cristãs,
verifique-se aquilo que são Cipriano fazia objeto de uma famosa exortação a
Donato: "Ressoe de salmos o sóbrio banquete: e, como tens memória tenaz e
voz canora, assume esse ofício segundo o costume em moda: a pessoas a ti
caríssimas ofereces maior nutrimento se da nossa parte houver uma audição
espiritual, e se a doçura religiosa deleitar o nosso ouvido".,(27)
42.
Enquanto isso, na expectativa dos resultados sempre mais ricos e felizes que
esperamos tenham origem desta nossa exortação, em atestado do nosso paternal
afeto e em penhor de dons celestes, com efusão de alma concedemos a bênção
apostólica a vós, veneráveis irmãos, a quantos, tomados singular e coletivamente,
pertençam ao rebanho a vós confiado, e em modo particular àqueles que,
secundando os nossos votos, se preocupam de dar incremento à música sacra.
Dado
em Roma, junto a São Pedro, no dia 25 de Dezembro, festa do Natal de nosso
Senhor Jesus Cristo, do ano de 1955, XVII do nosso pontificado.
PIO
PP. XII.
(Nota:
Revisão da tradução portuguesa por ama)
___________________________________________________
Notas:
(18)
S. Agostinho, Confess., 1. X, c. 33, PL 32, 799ss.
(19)
Acta Pii X, 1, p.78.
(20)
Carta ao Card. Respighi, Acta Pii X,1, pp. 68-74; v pp. 73ss; AAS 36(1903-04), pp. 325-329;
395-398; v. 398.
(21)
Pio XI, Const. apost. Divini
cultus; AAS 21(1929}, pp. 33 ss.
(22) CIC, cân. 5.
(23) Conc. Trid., Sess. XXII, De sacrificio
Missae, c. VIII.
(24)
Acta Pii X,1, p. 80.
(25)
AAS 39(1947), p. 590.
(26)
Decr. S.C. Rituum, nn. 3964; 4201; 4231.
(27)
S. Cipriano, Epist. ad Donatum (Epistola 1, n. XVI); PL 4, 227.
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