Tempo comum II Semana |
Evangelho:
Jo 1, 29-34
29 No dia seguinte
João viu Jesus, que vinha ter com ele, e disse: «Eis o Cordeiro de Deus, eis O
que tira o pecado do mundo. 30 Este é Aquele de Quem eu disse: Depois de mim
vem um homem que é superior a mim, porque era antes de mim, 31 eu não O
conhecia, mas vim baptizar em água, para Ele ser reconhecido em Israel». 32
João deu este testemunho: «Vi o Espírito descer do céu em forma de pomba e
repousou sobre Ele. 33 Eu não O conhecia, mas O que me mandou baptizar em água,
disse-me: Aquele sobre quem vires descer e repousar o Espírito, esse é O que
baptiza no Espírito Santo. 34 Eu O vi, e dei testemunho de que Ele é o Filho de
Deus».
Comentários:
A partir deste
momento o Baptismo fica como que ‘institucionalizado’ como o Sacramento de
início da vida cristã.
É a "chave" que abre as portas do Reino de Deus a todos os homens seja qual for a sua
condição e origem porque, a partir desse momento, a sua categoria conhece uma
dimensão extraordinária: Tornam-se Filhos de Deus.
Como dizia
São Paulo, «se somos filhos somos também herdeiros» e havemos de convir que não
é pouca coisa ser herdeiro de tal Senhor!
(ama, comentário sobre Jo 1, 29-34,
2013.01.03)
Já publicados:
Há, neste
trecho do Evangelho de S. João, uma passagem que envolve algum mistério. «O que me mandou
baptizar em água, disse-me». Quem é este que
deu a João o encargo de baptizar e anunciar o Reino de Deus?
Só pode ser alguém que Deus enviou
directamente a João com as instruções do que tinha a fazer, como, onde e quando
e uma clara indicação de como reconheceria o Messias que iria anunciar.
Por aqui se vê a singularidade da
história da salvação humana, se por um lado, João, “dá um pouco nas vistas”
devido ao seu comportamento de asceta, à forma como se vestia e vivia, sobre
Jesus é o silêncio mais absoluto e, isto, durante trinta longos anos.
Ou seja, percebemos que os primos –
Jesus e João – não se conheciam pessoalmente e que, se por um lado se compreende
que João deveria ter ficado órfão bastante novo – não esqueçamos que os seus
pais eram de idade avançada quando do seu nascimento – logo, entregue a si
mesmo e responsável pela sua própria vida de eremita o que não deixaria de
chamar a atenção e, como costume, conquistar prosélitos, Jesus viveu no seio de
uma família normalíssima, com a maior descrição e anonimato, nada fazendo que
chamasse a atenção de quem quer que fosse.
Porque será que o Evangelho não fala
nesse “emissário” de Deus a João?
De facto
não é importante que o faça porque, embora a figura do Baptista seja fulcral na
história da salvação humana, o Salvador é Jesus Cristo que, a partir do momento
do Seu baptismo, assume definitivamente a missão para a qual veio ao mundo.
(ama,
comentário sobre Jo 1, 29-34, 2011.12.05)
O presente Evangelho explica de forma clara quem é
Jesus Cristo e porquê deseja o baptismo de João. Na verdade, ao ser baptizado
segundo o rito de João, Jesus quer dar uma indicação clara que este baptismo é
necessário para se ingressar no Reino que Ele vem anunciar. Com uma humildade
sem limites, dispõe-se a que seja outro a fazer o que Ele próprio deseja que
todos façam. Mais tarde dirá aos Seus discípulos como fazer: «Baptizai em nome
do Pai, do Filho e do Espírito Santo», consagrando assim a “fórmula” do ritual.
Não há outro título para os que aderem ao seu reino: Baptizados!
Este Baptismo, tal como o de João, limpa dos pecados
que o baptizado possa ter cometido e, principalmente, restabelece a relação de
Deus com a criatura que é baptizada.
(ama,
comentário sobre Jo 1, 29-34, 2010.12.22)
João é o precursor e, por isso mesmo tem como
missão ir à frente avisar a vinda eminente do que se esperava há longuíssimo
tempo. Aquele que o próprio Criador prometera enviar para salvar a humanidade
reatando os laços quebrados com o pecado de Adão e Eva.
E é isto mesmo que João faz, com a sua
palavras e o seu exemplo que atrai todos os que, como se dirá depois, «andam
perdidos como ovelhas sem pastor»
E, João, sem mais, identifica esse Salvador
como a figura prometida do Messias, o Cordeiro de Deus e, a sua revelação é
confirmada pela própria presença do Espírito Santo não deixando qualquer margem
a dúvidas a a outras interpretações.
(ama, comentário sobre Jo 1, 29-34, 2012.01.03)
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